PSDB rebaixado para a série B



A disputa eleitoral entra em sua reta final sem que haja uma ideia muito clara de quem poderá ser o próximo presidente. Ao que tudo indica, teremos uma disputa entre Bolsonaro x Haddad no segundo turno. Noto em minha rede social um certo desespero do pessoal de centro-direita. Com uma rejeição ainda grande pelos votantes de Alkmin, em assumir uma posição para o Bolsonaro, “imploram” para votar no tucano.

Noto esse movimento e concluo que, essas pessoas não estão observando a realidade política. Gostaria de dar o meu recado: Nós somos minorias, de nada adianta pedir votos nesses grupos. Como diz meu amigo, é como enxugar gelo.

Cabe um parêntese ao PSDB, que derrocada! Esse partido está pagando por todos seus erros feitos nos últimos anos. Nunca conseguiu recuperar-se em âmbito nacional depois que Fernando Henrique deixou a presidência há 12 anos. Pior, nos últimos anos não tomou uma posição clara, pois também tem o seu rabo preso na corrupção.

Hoje a pesquisa do BTG aponta Alkmin com 6% de intenção de votos. Em conversas com amigos, alguns ainda tinham esperança de uma virada nas últimas semanas, desejavam um milagre. Sim, está acontecendo uma virada, só que para baixo! Acredito que alguns eleitores preocupados com uma possível vitória do PT estão abandonando Alkmin e se juntando a Bolsonaro, o candidato que cresce para os sem opção, mesmo com todas as questões que se possam levantar sobre ele. Quanto ao PSBD, resta a mesma situação que acontece nos campeonatos de futebol. Quem fica nos últimos lugares é rebaixado para a Série B. O PSDB foi rebaixado nessa eleição, sugiro trocar de técnico e contratar novos jogadores.

Já no Hemisfério Norte, começam a aparecer os resultados de uma política externa descoordenada e desastrosa do Presidente Trump. Não é à toa que sua própria equipe de governo se organiza internamente para boicotar em parte suas ações, como foi revelado no livro recentemente publicado Fear, escrito por Bob Woodward, o mesmo que escreveu sobre o caso Watergate. Nele, o autor define a Casa Branca como caótica e desleal a Trump.

Mensagens mistas vindas dos EUA sobre a guerra comercial com a China poderiam minar negociações prospectivas, antes de começar prejudicando as esperanças de uma solução para a crescente disputa.


Com o presidente Donald Trump dizendo aos assessores para continuar com as tarifas adicionais sobre os produtos chineses, o governo chinês está considerando recusar a oferta de negociações, de acordo com um relatório do Wall Street Journal, que citou funcionários com conhecimento das discussões. Pequim recebeu na semana passada o convite para se encontrar com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, uma oferta que foi minada por um tweet do presidente.


A falta de unidade dentro da administração dos EUA sobre o comércio não é nova - as autoridades chinesas e americanas realizaram uma série de discussões sobre a disputa e chegaram a pelo menos um acordo que foi posteriormente abandonado pelo presidente. A falta de progresso e o colapso desse acordo tornaram as negociações futuras mais difíceis, já que não está claro quem fala pela administração dos EUA, além de uma falta de confiança que qualquer acordo será honrado.

Autoridades de ambos os países se reuniram quatro vezes para conversas formais, mais recentemente em agosto, quando o subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, David Malpass, conduziu discussões em Washington com o vice-ministro chinês Wang Shouwen. O colapso das negociações de maio entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He e Mnuchin, deixou Mnuchin desacreditado com Pequim como interlocutor.

"Dadas as preferências divididas em política comercial dentro do governo, e o contínuo fluxo de notícias que sugere a preferência do presidente Trump por tarifas, ainda não está claro se conversações potenciais de alto nível produzirão resultados significativos", segundo uma nota da Nomura. "Nós vemos cada vez menos razões para a administração Trump se desviar da trajetória gradual em direção a mais protecionismo, especialmente na China".

Pequim não está preparada para negociar com uma "arma apontada para a cabeça", segundo o relatório do Wall Street Journal, acrescentando que as autoridades também estão considerando possíveis medidas de retaliação, disse o relatório. A China já detalhou milhares de itens dos EUA de que cobraria tarifas extras se a ameaça de US $ 200 bilhões fosse executada.

Algumas autoridades chinesas que assessoram a liderança estão propondo aumentar a briga comercial ao restringir as vendas de materiais, equipamentos e outras peças importantes para as cadeias de fornecimento dos fabricantes dos EUA, segundo o relatório do Wall Street Journal. Tais restrições podem até se aplicar aos Iphone da Apple, que são montados no continente, segundo o relatório.

Um anúncio da nova rodada de tarifas foi adiado porque a administração considera revisões baseadas em preocupações levantadas em comentários públicos, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com o assunto. Trump pode estar ficando com poucos produtos que poderá atingir sem repercussão significativa das principais empresas e consumidores dos EUA.

A nova rodada de tarifas seria, além disso, sobre os US $ 50 bilhões de mercadorias chinesas que já enfrentam um imposto de 25%. Os chineses retaliaram com tarifas sobre uma quantidade equivalente de exportações dos EUA, e prometeram retaliar contra futuras rodadas de impostos dos EUA.

Trump ameaçou uma terceira parcela de tarifas sobre outros US $ 267 bilhões em importações chinesas, o que significaria cobrança de quase tudo o que a China exporta para os EUA. Trump disse na época que essas tarifas estavam "prontas para serem executadas a curto prazo.

Parece que Trump está puxando a corda demais e pode arrebentar. Com uma postura de isolamento e muito parcial, Trump coloca os EUA em choque com praticamente seus principais parceiros, baseado em argumento mercantilista, dado seu poder ocasionado pelo elevado déficit americano com esses países. De uma maneira isolada, talvez pudesse ter sucesso, acontece que, esses países começaram conversações bilaterais para enfraquecer a posição americana.

Tenho dificuldades de imaginar uma política feita dessa maneira isolada, unilateral. O tempo nos dirá aonde tudo isso pode chegar. A verdade é que, deve ter batido o stoploss dos chineses, se for assim, a honra vai contar mais que a lógica.

No post a-realidade-do-mercado, fiz as seguintes observações sobre o dólar: ...” Acima de R$ 4,22 é provável que, o dólar atingiria R$ 4,38, ou mais acima à R$ 4,60. Por outro lado, uma queda abaixo de R$ 4,00, abre a possibilidade de um recuo até R$ 3,80 ou R$ 3,70” ...


Como o próximo gráfico mostra na última semana, com a ascensão nas pesquisas do candidato Haddad, o dólar voltou a subir. Agora está muito próximo do nível superior de R$ 4,22. Diria que a chance maior é de continuidade da alta.


Fiz alguns cálculos para verificar se valeria apena uma operação de compra de dólar, caso a cotação tenha um fechamento acima de R$ 4,22. De imediato não parece um grande risco retorno, pois trabalhando com o primeiro intervalo de alta (R$ 4,38) o potencial de ganho seria de 3,8%, o stoploss seria colocado a R$ 4,14, um prejuízo possível de 1,93%. Ainda é bom, mas não me anima.

- David, porque você não compra agora a R$ 4,17?
Por que, pode ser que as cotações recuem até R$ 4,05, e você seria estopado. Talvez o mais prudente deveria aguardar e acompanhar se o dólar recua a esse nível, e aí sim, comprar. Mas fique à vontade se quiser.

O SP500 fechou a 2.888, com queda de 0,56%; o USDBRL a R$ 4,1275, com queda de 1,11%; o EURUSD a 1,1682, com alta de 0,48%; e o ouro a U$ 1.200, com alta de 0,64%.

Fique ligado!

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