Know how valioso

Acabei achando um tempo para atualizar os leitores, haja visto que o dólar sofreu uma queda importante hoje. Serei breve.

Antes de entrar no que interessa ao bolso, não podia deixar de comentar a publicação do IPCA de março. Novo recorde dos últimos 12 anos, um know-how valioso. A Presidente Dilma poderia usar como bandeira de marketing de seu governo, pois qual é o país do mundo que está conseguindo recordes de alta na inflação? Nenhum, ao contrário estão fazendo de tudo para ter um pouquinho.

Assim, esse feito merece destaque, imaginem a seguinte chamada: "Ao contrário do que vem acontecendo nas economias mundias, onde existe um risco enorme de deflação, nós debelemos esse risco através de políticas que vêm gerando recordes de inflação, afastando por total essa ameaça!" Não fica bonito? Hahahaha ....

A taxa mensal foi de 1,32% e a acumulada em 12 meses 8,13%. O sistema de metas de inflação já nem existe mais, afinal o teto foi para o espaço e estamos à céu aberto.  Até o momento, a taxa dos preços livres não foi contaminada, como pode-se verificar no gráfico a seguir. Agora, os preços administrados, sai de baixo, ou melhor, de cima! Hahahaha ....
Enquanto a pressão for localizada nos preços administrados, o problema é menos sério, pois assim que cessarem os aumentos da energia elétrica, combustíveis e água, existirá uma tendência da inflação voltar a níveis mais civilizados. Entretanto, o índice de difusão elevou-se, e se encontra em  73,5%, um indicador não muito positivo, para a premissa acima.

Na opinião da Rosenberg, os significativos reajustes no primeiro semestre do ano, deverão ser carregados ao longo de todo ano, fazendo com que a taxa de 12 meses atinja 8,5% no meio do ano, retrocedendo daí em diante.

Como todo mundo já aceitou que o ano de 2015 está perdido, os analistas irão focar na inflação marginal dos próximos meses. Será importante, em termos de política monetária, uma desaceleração dos índices mensais, e logo. Nós e a torcida do São Paulo - que já estão rezando para encontrar um novo técnico, para não saírem da Libertadores e etc ... Podemos torcer também pela queda da inflação. Os São Paulinos não vão nem sentir.

No post usa-recessão!, fiz os seguintes comentários sobre o real: ...ou como eu havia comentado, algo mais profundo, que levaria o dólar para R$ 2,90 - R$ 2,75. Para que este último cenário tenha mais chance, é necessário o rompimento dos R$ 3,07... E foi o que aconteceu hoje.


Daqui em diante, se o dólar cair abaixo de R$ 3,02, acredito que R$ 2,98 será um grande teste. Além do fator psicológico, que abaixo de R$ 3,00 parece uma barganha, tecnicamente é um preço de várias convergências. Olhando de hoje, pode valer uma compra de dólar nesse nível. Mas até lá, vamos observar o movimento do DXY. 

Caso, o dólar continue caindo abaixo desse preço (R$ 2,98), muitas possibilidades se abrirão, que prefiro não detalhar agora, uma vez que, ainda é meu cenário alternativo. 

O SP500 fechou a 2.081, com alta de 0,27%; o USDBRL a R$ 3,0528, com baixa de 2,39%; o EURUSD a 1,0779, com queda de 0,31%; e o ouro a US$ 1.202, com queda de 0,51%.
Fique ligado!

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