Pirataria digital #nasdaq100
Esta
semana o Oleoduto Colonial foi surpreendido por um ataque de hackers que
bloqueou todas as suas operações de distribuição de combustíveis.
Um
artigo de William Turton e outros na Bloomberg revela o desfecho deste caso.
A Colonial
Pipeline Co.
pagou quase US$ 5 milhões a hackers do Leste Europeu na sexta-feira,
contradizendo relatos no início desta semana de que a empresa não tinha
intenção de pagar uma taxa de extorsão para ajudar a restaurar o maior gasoduto
de combustível do país, de acordo com duas pessoas familiarizadas com a
transação.
Segundo essas pessoas, poucas horas após o ataque, a empresa pagou o vultoso resgate
em criptomoedas difíceis de rastrear, ressaltando a imensa pressão enfrentada
pelo operador da Geórgia para que a gasolina e o combustível de aviação fluíssem
novamente para as principais cidades ao longo da costa leste. Uma terceira
pessoa familiarizada com a situação disse que funcionários do governo dos EUA
estão cientes de que a Colonial fez o pagamento.
Uma
vez que receberam o pagamento, os hackers forneceram ao operador uma ferramenta
de decodificação para restaurar sua rede de computadores desativada. Uma das
pessoas familiarizadas com os esforços da empresa disse que a ferramenta foi
tão lenta que a empresa continuou usando seus próprios backups para ajudar a
restaurar o sistema.
Um
representante da Colonial se recusou a comentar. A Colonial disse que começou a
retomar os embarques de combustível por volta das 17 horas locais na
quarta-feira.
Quando
a Bloomberg News perguntou ao presidente Joe Biden se ele foi informado sobre o
pagamento do resgate da empresa, o presidente fez uma pausa e disse: "Não
tenho comentários a respeito".
Ransomware
(“software de resgate”) é um tipo de malware que bloqueia os arquivos da
vítima, que os atacantes prometem desbloquear em troca de pagamento. Mais
recentemente, alguns grupos de ransomware também roubaram os dados das vítimas
e ameaçaram liberá-los a menos que pagassem — uma espécie de extorsão dupla.
O
FBI desencoraja organizações a pagar
resgate a hackers, dizendo que não há garantia de que eles seguirão em frente
com suas promessas de desbloquear arquivos. Pagar também fornece incentivo a
outros hackers, diz a agência.
No
entanto, Anne Neuberger, a principal autoridade de segurança cibernética da
Casa Branca, recusou-se a dizer, em uma reunião no início desta semana, se as
empresas devem pagar resgates cibernéticos. "Reconhecemos, no entanto, que
as empresas estão muitas vezes em uma posição difícil se seus dados são
criptografados e eles não têm backups não podendo recuperar os dados",
disse ela a repórteres na segunda-feira.
Tal
orientação proporciona um dilema para as vítimas, que têm que pesar os riscos
de não pagar com os custos dos registros perdidos ou expostos. A realidade é
que muitos optam por pagar, em parte porque os custos podem ser cobertos se
tiverem apólices de seguro cibernético.
"Eles
tinham que pagar", disse Ondrej Krehel, diretor executivo e fundador da
empresa de perícia digital LIFARS. "Isso é um câncer cibernético. Você
quer morrer ou você quer viver? Não é uma situação em que você pode esperar”.
Krehel
disse que um resgate de 5 milhões de dólares por um oleoduto era "muito
baixo". "O resgate geralmente é de cerca de US$ 25 milhões a US$ 35
milhões para uma empresa dessas. Acho que o autor das ameaças percebeu que
pisou na empresa errada e desencadeou uma resposta maciça do governo",
disse ele.
Um relatório divulgado no mês
passado por uma força-tarefa de ransomware disse que o valor pago pelas vítimas
aumentou 311% em 2020, atingindo cerca de US$ 350 milhões em criptomoedas. O
resgate médio pago pelas organizações em 2020 foi de US$ 312.493, de acordo com
o relatório.
A
Colonial, que opera o maior gasoduto de combustível dos EUA, tomou conhecimento
do hackeamento por volta de 7 de maio e suspendeu suas operações, o que levou à
escassez de combustível e filas em postos de gasolina ao longo da Costa Leste.
É
fácil de imaginar o vasto campo onde os hackers poderão agir, com a existência
de milhares de empresas ao redor do mundo, cujo fornecimento de serviço ou
produto envolve milhares de pessoas ou atividades. O Presidente do Fed, Jerome
Powell, em entrevista à CBS no mês passado, quando arguido qual o principal
risco que corre a economia americana, respondeu serem os ataques cibernéticos a
instituições financeiras.
Por
enquanto os hackers estão agindo no atacado, empresas grandes, mas se isso se
proliferar dentro em breve irão ao varejo, onde as empresas menores são muito
mais vulneráveis por razões óbvias — sua defesa exige investimentos expressivos
para seu porte.
Como
o pagamento é feito através de criptomoedas, seu rastreamento se torna
impossível, pelo fato de não se saber os destinatários desses recursos, que
podem por sua vez também usá-los sem ser descobertos. Talvez seja por esse
caminho que provavelmente as autoridades irão seguir, criando restrições às
negociações com esses instrumentos.
Ontem
comentei sobre a desculpa esfarrapada que Elon Musk usou para cancelar a
autorização de vendas de veículos Tesla com a liquidação através de Bitcoin.
Entretanto, seu argumento é válido: o consumo de energia para processar essas
operações é maior que o consumo de diversos países. A maior parte é feita na
China, que não tem a menor intenção no curto prazo de trocar a geração de
energia fóssil por energia limpa.
Ao
pensar nessa atitude e imaginando sua repercussão nos principais executivos das
empresas globais, acredito que poucos irão se aventurar na compra de
criptomoedas para suas empresas, pois caso o façam, serão vistos como não
“politicamente corretos”. Sem falar nos jovens, que têm se mostrado totalmente
avessos a tudo que pode afetar o meio ambiente. Caso isso acabe acontecendo, o
Bitcoin poderá ser taxado de poluidor do meio ambiente, sendo mais uma pedra em
seu caminho.
No post vivendo-na-folga, fiz os seguintes comentários sobre o nasdaq100: ...” Eu estava propenso a acrescentar o índice aos nossos trades em aberto sugerindo uma compra hoje na abertura, mas resolvi agir mais prudentemente” ... ...” O objetivo para o nasdaq100 está contido na elipse em azul – 13.366/14.574” ...
A
performance desse índice está bem aquém do que ocorre no SP500, por conta dos
argumentos acima. Se for somente isso a preocupação é menor. Ou seja, por
exemplo, caso o SP500 volte a atingir novas máximas, é uma questão de tempo
para que o nasdaq100 volte a atingir novas máximas também. Porém, pode ser que
uma correção maior possa estar se desenrolando, conforme aventei nos
comentários sobre o SP500 no post a-inflacao-viralizou: ...” se o SP500 cair abaixo de 3.978, provavelmente a onda de alta foi “encurtada” e entraremos numa
correção mais demorada e que teria novas quedas à frente” ...
No
gráfico a seguir, aponto os principais níveis onde se deve ficar atento.
Parece
que como brasileiro estamos fadados a sempre esperar dias melhores no próximo
governo, agora estamos fadados a esperar dois à frente! Mas, em meu ponto de
vista, como a eleição é um espelho da sociedade, vocês podem tirar suas
próprias conclusões de onde está o problema.
O SP500 fechou a 4.173, com alta de 1,49%; o USDBRL a R$ 5,2728, com queda de 0,68%; o EURUSD a € 1.2140, com alta de 0,51%; e o ouro a U$ 1.842, com alta de 0,68%.
Fique
ligado!
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