Temporário ou definitivo? #eurusd
O
índice de inflação americana foi publicado em 0,8% no mês de abril, muito acima
das expectativas dos analistas de 0,2%. Em bases anuais o CPI foi f 4,2% a.a.,
o maior desde 2008, embora influenciado pelo efeito base, distorcido pela
comparação com o índice muito baixo da pandemia em abril 2020.
Excluindo
os componentes voláteis de alimentos e energia, o chamado NÚCLEO DO CPI subiu
0,9% em relação a março, segundo dados do Departamento do Trabalho na
quarta-feira. O aumento da medida central foi o maior desde 1982.
Embora funcionários e economistas do Federal Reserve reconheçam o impulso temporário, não está claro se uma retomada mais duradoura das pressões inflacionárias está em andamento em um cenário de aumento dos custos das commodities, trilhões de dólares em estímulos econômicos do governo e sinais incipientes de custos de trabalho mais altos.
Os dados do Departamento do Trabalho mostraram um aumento de 10% no custo dos veículos usados, que representou mais de um terço do aumento do CPI global. Os preços dos veículos novos também aumentaram.
Os
custos de moradia, que compõem um terço do CPI global, saltaram para o máximo
em dois anos à medida que os aluguéis e estadias de hotéis avançavam. Os preços
em hotéis e motéis aumentaram mais no registro, enquanto as passagens aéreas
também registraram o maior ganho registrado — um reflexo de uma reabertura mais
ampla da economia.
Os
serviços de transporte, que incluem aluguel de automóveis, seguro de carro e
transporte público, apresentaram o maior aumento desde 1975.
O
que se pode notar nesse relatório é que diversos preços, que estavam reprimidos
há algum tempo, recuperaram o atraso de uma vez. Por exemplo, o preço de carros
usados, que vinha caindo durante os últimos anos, subiu em abril 10%. Será que
em maio vai subir mais 10%, agora que o acumulado em 12 meses está em 20% a.a.?
Da mesma forma, hotéis e estadias que caíram vertiginosamente na época do
lockdown estão se recuperando.
No caso de carros usados podemos notar bem o efeito que comentei acima. Em 2009 houve uma alta similar à atual e nos anos seguintes a variação permaneceu abaixo de 0% por 10 anos!
Por sinal, por um tempo nem vale a pena olhar para a inflação excluindo os itens considerados voláteis, como alimentos e combustíveis, o chamado NÚCLEO DO CPI. Todos os outros também são voláteis, o que deixaria esse indicador com nada a medir!
Os
mercados reagiram inicialmente com cautela, com quedas modestas nas bolsas e
pequeno aumento nos juros de 10 anos, embora durante o dia a queda se acentuou.
A anomalia
no resultado do emprego na última sexta-feira, que deixou as explicações dos
economistas e analistas na área do achismo, só teria uma conclusão que me
parece óbvia: os cheques enviados aos consumidores não eram necessários!
Durante
alguns meses, é provável que os índices de inflação sejam elevados, o que por
um lado vai levar a média de inflação dentro da nova política monetária menos
“abaixo da média” considerando os dados passados. Sendo assim, o Fed não tem
tanta folga como imaginava.
Se
a inflação for temporária, o Fed deveria aguentar firme e não alterar sua
política monetária. Se for mais duradoura, aí seu discurso tem que mudar,
principalmente se o mercado de trabalho ficar mais apertado.
Ninguém
consegue responder a essa pergunta agora!
No post o-único-motivo, fiz os seguintes comentários sobre o euro: ...” A moeda única deveria apresentar essa oportunidade num nível entre € 1,1880 e € 1,1810, sendo o mais provável algo no meio desse intervalo a € 1,1850. Recomendo que o leitor acompanhe o Mosca para se posicionar” ...
Ao invés de a correção partir do nível que eu imaginei acima, o euro ainda subiu um pouco mais atingindo € 1,2180. Em função disso, abriu duas possibilidades para a correção que imagino. Vou trabalhar com a que considero mais provável, e a outra comento na sequência.
Conforme marquei no gráfico acima, essa correção deveria atingir €1,1977/1,1925. Por outro lado, na outra possibilidade os níveis poderiam atingir € 1,1955/1,1939/1,1883. Com exceção do último intervalo, não são muito distintas. Quero enfatizar que nessa última, os níveis poderiam ir abaixo sem que comprometessem a análise, diferentemente do caso base que está sujeito a outros limites.
Sugiro
que os leitores acompanhem o Mosca para entrada nesse trade.
O
SP500 fechou a 4.062, com queda de 2,15%; o USDBRL a R$ 5,3107, com alta de
1,67%; o EURUSD a € 1,2077, com queda de 0,58%; e o
ouro a U$ 1.819, com queda de 0,92%.
Fique
ligado!
Acompanhando, valeu AnM!
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