Bolhas racionais #USDBRL

 


Encontrei um artigo elaborado por Ben Carlson que traz uma definição interessante sobre bolhas, bem como sua avaliação da bolsa americana. O título: A bolsa de valores nos EUA deveria estar numa bolha.

Baseado estritamente em avaliações, o mercado de ações nos EUA está numa bolha

Há razões para isso.



As taxas de juros estão em mínimas históricas há mais de uma década. O mercado imobiliário está pegando fogo. Os balanços das famílias são os mais fortes que já saíram de uma recessão. O mercado de ações subiu em onze dos últimos doze anos. O maior ano de baixa foi uma perda de 4%. E nove desses doze anos tiveram ganhos de dois dígitos.

E eu nem mencionei a política fiscal e monetária mais complacente da história. A economia está pronta para disparar.

O mercado de ações dos EUA deveria estar em uma bolha.

Se alguma vez houve uma cenário para uma euforia no mercado de ações, é o que temos agora.

Ainda assim... isso não parece o tipo de mania que está separada da realidade. Em muitos aspectos, o atual estado de coisas no mercado de ações faz sentido.

Em um episódio recente do podcast Infinite Loops de Jim O'Shaughnessey, Jesse Livermore fez uma distinção entre dois tipos de bolhas — racionais e irracionais:

Há bolhas racionais, e há bolhas irracionais. Vou falar da bolha irracional. Suponha que você tem algo como o Bitcoin, vamos pegar um exemplo de algo assim, negociado a um múltiplo absurdo e exorbitante de seu valor intrínseco e com oferta que se pode aumentar. O vendedor pode fazer a oferta aumentar. Isso seria uma bolha irracional porque agora você tem um mecanismo para trazer o preço de volta ao valor intrínseco, ou trazê-lo de volta nessa direção, e essa vai ser a diluição que você vai sofrer.

Outro exemplo seria uma bolha construída em torno de alguma falsa concepção ou alguma falsa previsão ou antecipação de um novo mundo. Como se fôssemos entrar em uma nova era, e se você sabe que isso está errado, a bolha pode ser irracional porque está baseada nessas expectativas que não são verdadeiras, que não se tornarão realidade.

Então, eu diria que, os criptoativos são uma bolha racional porque não há mecanismo para forçá-los de volta ao seu valor intrínseco. Todo o risco agora está no preço, e é por isso que estou tão desconfortável, já que não tenho ideia de como precificar. Não há como saber.

Livermore usa o bitcoin como um exemplo de uma bolha racional agora porque não há um final lógico para o aumento de preços.

Na verdade, é um experimento de pensamento interessante considerar o quanto o mercado de ações estaria mais louco agora se os criptoativos não existissem. Você poderia sustentar que os criptoativos abafaram uma alta maciça nas ações simplesmente porque muita demanda especulativa se dirigiu a eles nos últimos anos.

Eu acho que o mercado de ações está em uma bolha racional também e é isso que torna o uso das avaliações mais ou menos impossível agora.

Levando-se em conta o nível atual de gastos do governo, o nível atual das taxas de juros, o estado atual da economia e a postura atual do Fed, faz sentido que o mercado de ações esteja tão alto.

Qual é a opção?

Quem supõe que o valor "intrínseco" ou "justo" do mercado de ações é 50% ou 60% menor está usando alguma avaliação como catalisador e provavelmente está muito enganado, e como tem estado por anos.

Considere a avaliação CAPE de Robert Shiller, que é o gráfico que usei no início deste post como uma ilustração da bolha. A relação preço-lucro ajustada ciclicamente analisa o preço atual do mercado em relação ao valor dos últimos 10 anos de ganhos, ajustados pela inflação.

Shira Ovide no New York Times publicou esta semana que a receita anual combinada para Apple, Microsoft, Amazon, Google e Facebook agora é de US$ 1,2 trilhão.

Quando o Facebook se tornou público em 2012, as vendas combinadas para os 5 gigantes da tecnologia eram de US$ 290 bilhões. Assim, em pouco mais de 9 anos, as 5 maiores empresas do mercado de ações dos EUA aumentaram suas vendas em mais de 310% ou cerca de 17% ao ano.

Essas 5 empresas agora compõem cerca de 22% do S&P 500.

É por isso que a medida CAPE é uma medida de avaliação imperfeita. Sim, ela suaviza os ciclos de negócios olhando para os ganhos médios dos últimos 10 anos. Mas que ganhos com os gigantes da tecnologia importam mais para o mercado agora - os US$ 290 bilhões de 10 anos atrás ou os atuais US$ 1,2 trilhão?

Certamente os ganhos de hoje.

Não estou dizendo de jeito nenhum que ações estão baratas. Elas estão claramente caras. Só estou tentando dizer que isso pode não importar, pelo menos por um tempo.

O maior risco aqui é obviamente o aumento da inflação e as taxas de juros mais altas. Historicamente, o mercado de ações tem se saído muito bem na fase inicial de aumento de taxas de juros, mas os retornos tendem a desacelerar muito quando a inflação está subindo e acima de 3% por um período prolongado.

Essas regras não são pétreas, é claro. Os investidores podem facilmente se assustar com o aumento das taxas e/ou da inflação muito mais cedo desta vez. A verdade é que nunca lidamos antes com taxas tão baixas combinadas com tantos gastos do governo.

O paralelo mais próximo seria o período seguinte à Segunda Guerra Mundial, mas há diferenças suficientes para tornar essa comparação nula e sem efeito.

Assim, permanecemos em uma posição difícil como investidores. Ações são caras, mas deveriam ser. As avaliações estão em nível típico de bolhas, mas deveriam estar.

A pergunta mais irrespondível de todas é a seguinte: O que os investidores estarão dispostos a pagar por ações no futuro?

Não faço ideia.

O artigo busca argumentos para entender os parâmetros implícitos nas ações americanas. Cria um conceito de bolha racional e irracional, onde no primeiro caso, o ativo em questão não pode aumentar sua oferta através da emissão de novas ações o que o traria a seu valor intrínseco.

No caso do Bitcoin, como não é possível atribuir um valor intrínseco, fica difícil externar alguma opinião.

Todos esses conceitos estão baseados em fundamentos. Como a análise do Mosca é calcada em análise técnica, é possível estabelecer parâmetros de preços sem levar em consideração seu valor intrínseco. Ou seja, podemos surfar uma onda em qualquer ativo, seja ou não classificado como uma bolha racional ou irracional.

No post os-resultados-positivos, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” O gráfico acima com janela semanal permite uma visualização mais clara do que estou esperando. A linha laranja deveria ser seguida nessa minha hipótese, atingindo o objetivo ao redor de R$ 4,90 a ser mais bem calculado no tempo” ...



Por enquanto o dólar está seguindo bem os movimentos de acordo com o esperado, uma pequena correção deveria levar a moeda ao intervalo de R$ 5,48 / R$ 5,53, para em seguida voltar a cair. Vou sugerir um trade de venda de dólar com um stop loss bem curto a seguir



Minha proposta é de venda de dólar ao nível de R$ 5,51 com um stoploss a R$ 5,60. Caso haja alguma alteração nesses níveis, peço para acompanharem o post.

Existe uma frase muito comum usada no mercado acionário americano que diz “venda as ações em maio e recompre em outubro”. O gráfico a seguir que segrega o retorno mensal do SP500 segundo alguns critérios, parece ser nítido que existe uma diferença entre esse período citado acima e o restante do ano.



- David parece funcionar razoavelmente bem. Vai tirar umas férias? Hahaha ...

É verdade, se a estatística funciona, poderia tirar férias e viajar para o Guarujá no máximo, afinal, as vacinas aplicadas aqui, principalmente a que eu tomei, só devem valer na China e olhe lá, isso quando tiver voo! O problema de toda estatística desse tipo é que ela vale na média, mas pode não valer exatamente no ano que vai aplicar. Desta forma, só servem como curiosidade.

O SP500 fechou a 4.194, com alta de 0,27%; o USDBRL a R$ 5,4345, sem alteração; o EURUSD a 1,2062, com alta de 0,35%; e o ouro a U$ 1.792, com alta de 1,36%.

Fique ligado!

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