Perguntas que não querem calar #usdbrl

 


Depois das confusões criadas por Elon Musk neste final de semana, ao insinuar que teria vendido os Bitcoins da Tesla e depois negando, ocasionou uma queda de 15% nessa moeda. Ficou a impressão de que os motivos que elenquei no post da última semana profeta-ou-manipulador, se mostraram corretos, e que minhas previsões colocadas no post o-único-motivo parecem estar se materializando. É importante frisar que meu acompanhamento da cripto moeda é de forma discreta, ficando sujeito a alterações nos níveis apontados. Nesse caso, sugiro que atentem mais para a direção do que os pontos determinados.

Nos países desenvolvidos, a vida começa a ficar mais normal, com a retirada das restrições definidas pelos governos para viagens e refeições em restaurantes. Mas será que tudo retornará ao habitual?

Bem Carlson, elaborou uma lista de 12 dúvidas das quais selecionei as que considero mais relevantes para nós:

1. As férias de verão mudaram para sempre? Na apresentação dos resultados do Airbnb esta semana, o CEO Brian Chesky disse que as reservas por 28 dias ou mais representam agora quase um quarto de todos os aluguéis na plataforma.

E enquanto na pré-pandemia a maioria das pessoas usava o Airbnb nas grandes cidades, agora mais pessoas estão alugando lugares fora das áreas urbanas.

Para dar um exemplo, conheço vários amigos cujos aluguéis de longo prazo no ano passado foram uma mistura de trabalho e refúgio. Não estar amarrado ao escritório não significa apenas trabalhar em casa, mas trabalhar de qualquer lugar.

E se as novas férias de verão não envolverem arrumar o carro e tirar uma ou duas semanas longe do trabalho? E se os funcionários remotos decidirem agora fazer alguma combinação de trabalho e diversão por mais tempo?

Agora que funcionários e empresas sabem que isso é viável, vai ser difícil voltar a ser como as coisas eram antes.

2. Quais hábitos da pandemia vão ficar? Acabaram os apertos de mão? Algumas pessoas continuarão usando máscaras durante a temporada de gripe? Ou em aviões? As pessoas vão melhorar no quesito lavar as mãos?

Será que o uso de bicicleta ergométrica vai substituir a academia para quem comprou uma?

Ou as reuniões do Zoom? E viagens de negócios?

3. O que vai acontecer com as viagens de negócios? Eu não viajava muito a trabalho antes do Covid mas eu pegava a estrada uma ou duas vezes por mês, às vezes mais.

É impressionante quantas coisas eu posso fazer a partir do conforto do meu escritório que antes me obrigavam a ir para o aeroporto, pegar um voo, pegar um Uber do aeroporto e ficar em um hotel.

Tenho certeza de que não estou sozinho agora que todos estão acostumados com reuniões no Zoom e outros mais.

Viagens de negócios não vão desaparecer completamente. Tenho certeza de que há muitas pessoas em empregos de vendas e coisas assim que estão loucas para voltar para a estrada.

Mas mesmo que seja 20-30% menor do que antes, muitas empresas serão impactadas — de companhias aéreas a restaurantes, passando por empresas de transporte, bares e entretenimento.

5. As taxas de juros ficarão acima de 4% a minha vida inteira? As taxas de juros diminuem a cada crise econômica. E quando eventualmente sobem, o fazem a níveis cada vez mais baixos.

Há, obviamente, cenários que exigiriam taxas mais altas no futuro, mas eu me pergunto se poderíamos mesmo lidar com taxas indo muito acima de 3-4% com a quantidade de dívida no sistema.

E se os gastos do governo serão mais altos daqui para frente, o Fed pode precisar manter as taxas relativamente baixas por um longo, longo tempo.

6. A pandemia inaugurou uma era de renda básica universal? Eu acho que nós poderíamos nos lembrar da pandemia como o início de pagamentos diretos do governo para as famílias cada vez que há uma crise.

Agora que as pessoas experimentaram isso, é um caminho sem volta.

As pessoas vão contar com esses cheques no futuro e é possível que o governo os use fora das recessões como forma de conter a maré de desigualdade de renda.

7. O boom do trade de bolsa por pessoas físicas está aqui para ficar? Uma explicação simples para a explosão da especulação e do trade no último ano é que as pessoas estavam entediadas.

Ou elas não tinham mais nada para fazer e o governo enviou cheques, ou gastaram menos em outras categorias, então se aventuraram no mercado acionário, ou de objetos de coleção, ou cripto ou outra coisa.

Provavelmente há alguma verdade nisso.

Mas eu me pergunto se este é um desses comportamentos da pandemia cuja adoção foi simplesmente antecipada.

Por exemplo, Charles Schwab adicionou 3,2 milhões de novos clientes no primeiro trimestre deste ano. Isso foi mais do que as 2,4 milhões de novas contas adicionadas em todo o ano de 2020, que foi um ano insano para especulação.

Parte disso certamente vai diminuir. Mas é possível que a natureza social e interconectada do nosso mundo tecnológico signifique que as pessoas simplesmente acharão mais fácil investir ou especular.

8. O que vai acontecer com os cinemas? Algumas semanas atrás, a escola primária da minha filha alugou o cinema para um drive-in.

Foi divertido porque parecia um evento.

Parece-me que os cinemas vão ter que fazer disso um evento para conseguir que mais pessoas voltem. É possível que 2020 marque o início do fim para os cinemas, para uma grande faixa da população, com as pessoas ficando muito mais confortáveis com filmes sob demanda no aconchego de seu sofá.

(Eu não posso me ver voltando ao cinema tão cedo. Ok, talvez A Quiet Place II ou Top Gun II, mas eu teria pagado praticamente qualquer preço que eles cobrassem se esses filmes tivessem sido lançados sob demanda em 2020 como deveriam ter sido.)

Ainda é difícil acreditar que basicamente entramos em depressão por um mês e então imobilizamos completamente essa calamidade.

As coisas estão longe de ser perfeitas no momento, mas se você fez milhares de simulações para uma pandemia desta magnitude, a maneira como as coisas aconteceram provavelmente está no melhor 1% em termos de resultado econômico.

Também é difícil acreditar que uma pandemia terrível pudesse levar a uma economia ainda mais forte.

Eu me pergunto diversas vezes como será a vida daqui em diante. Aqui no Brasil ainda tem muito chão até a situação se tornar normal, mas segundo um relatório publicado pela Goldman Sachs, parece que essa situação deve ocorrer até o final do ano — estamos todos na torcida. Em todo caso, meu exercício é válido.

Os leitores provavelmente já pensaram nesse assunto, e se eu fizesse uma pesquisa as opiniões iriam variar muito — cada um iria externar suas preferências, que não serão iguais, pois dependem de uma série de fatores particulares.

Mas como investidores, é importante que façam uma projeção do todo. Eu acredito que algumas mudanças chegarão para ficar. Por exemplo, hoje compro quase tudo pelo Mercado Livre — outro dia experimentei comprar vinhos, e agora só utilizo esse canal. Experimentem e verão que os preços são muito inferiores. Na academia ainda não voltei; no ano passado compramos uma Bike de spinning, e não pretendemos voltar a aulas presenciais — ou talvez retornar parcialmente

Mas também sei que a influência do ambiente recente tem peso nessas decisões.

E os escritórios, voltarão ao nível de ocupação anterior? Acho que não, mas percebo que muita gente está estressada com o acúmulo de reuniões por Zoom. Como será a reação das empresas que perceberam que podem diminuir seus custos com trabalho remoto?

Muitas dúvidas e poucas respostas conclusivas!

No post você-sabe-o-que-e-cape-ratio, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” conforme vocês poderão notar no gráfico a seguir, um ponto de suporte se aproxima entre R$ 5,20/R$ 5,13. Vou fazer algo que não costumo, com intuito de testar a teoria na prática, zerando a posição a R$ 5,15” ...



Como poderão notar no gráfico a seguir o movimento de queda acabou não atingindo o nível que eu gostaria para liquidar a operação de forma tática, sendo assim, mantemos a posição. Tudo indica que a correção da onda 4 em amarelo está em curso.



A correção imaginada teria como objetivo a área anotada em amarelo entre R$ 5,33/R$ 5,44, sendo a primeira mais provável. O objetivo final se encontra mantido em algo ao redor de R$ 4,90 (elipse em azul).

Como não poderia deixar de ser, a inflação observada na maioria dos países está acima dos pontos intermediários dos objetivos traçados pelos respectivos bancos centrais. De certo modo, isso justifica os argumentos de que são temporários, em virtude do subproduto da pandemia.



 
O SP500 fechou a 4.163, com queda de 0,25%; o USDBRL a R$ 5,2631, com queda de 0,19%; o EURUSD a 1,2157, com alta de 0,14%; e o ouro a U$ 1.865, com alta de 1,26%.

Fique ligado!

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