IA: na segunda fase #USDBRL
Passei boa parte da minha vida profissional seguindo um padrão que só consegui enxergar claramente anos depois. Sempre que assumia uma nova função, vinha primeiro aquela fase impulsiva em que eu acreditava entender tudo rapidamente e me sentia confortável para dar palpites, como se a complexidade pudesse ser domada pela intuição. Logo depois, chegava a etapa do desconforto, quando percebia que o assunto era muito maior do que parecia e começava a me perguntar se um dia conseguiria, de fato, compreendê-lo. Quando finalmente as engrenagens se alinhavam, surgia alguém para dizer que aquilo era “óbvio”, como se o caminho não tivesse existido. Em seguida, vinha a fase criativa, em que ideias de melhoria brotavam naturalmente, e por fim, a fase do desinteresse, quando o aprendizado se estabilizava e eu já buscava um novo desafio. Quando observo o fenômeno da Inteligência Artificial, vejo que estamos exatamente nesse segundo estágio coletivo: o da dúvida. Há convicções por toda parte, proje...