O céu é o limite
Quem imagina que a frase do post de hoje é verdadeira sugiro
uma semana de retiro sem se conectar com nenhum mercado. Não é mesmo! Mas
imagino que é desta forma que, os investidores que tem sua poupança aplicada na
bolsa americana, estão pensando. Ontem foi dia de recorde histórico onde o
índice Dow Jones ultrapassou os 20.000.
Na minha última postagem sobre o SP500 em-cartaz:inflacao-revanche, fiz
os seguintes comentários: ...” ainda
continuo com a previsão que novas altas deverão ocorrer” .... E do jeito
que a bolsa está forte, nem chance de compra mais baratinho tivemos: ...” Para efeitos de trade, indiquei acima o
nível ao redor de 2.230 que, caso ocorra, devo sugerir um trade de compra” ....
Agora paciência, parece que em algum momento a tão esperada correção irá
acontecer, aí entramos.
Algo inusitado também vem ocorrendo, o que de certa forma dá
mais confiança aos investidores. Pouquíssimos períodos na história da bolsa
foram verificados, sem que houvesse correções de 1%. Abaixo encontra-se um
gráfico com a evolução do SP500 em azul e em vermelho, o número de dias
seguidos em que não houveram quedas superiores a 1%. A situação atual, está
próxima ao recorde de quase 100 dias úteis ocorrido em 2006.
Nesses momentos a volatilidade tende a cair a níveis
baixíssimos. Estou republicando um gráfico que tenho usado para comparar, num
período longo, o SP500 e o VIX – índice que mede sua volatilidade – Não é
surpresa que, o rompimento do nível de 2.200 no SP500, se dá no menor nível de
volatilidade histórica.
Assim, os investidores têm todos os motivos do mundo para
acreditar que o céu é o limite. Nunca as condições estiveram tão positivas
quanto agora. Lógico, do ponto de vista técnico. Mas infelizmente tenho que
alertar que, isso perdura para sempre, em algum momento alguma coisa quebrará
essa dinâmica. O que vai acontecer não tenho a menor ideia, mas com Trump na
Presidência, não faltarão oportunidades. Aqui vem outra diferença importante
entre a análise fundamentalista e a técnica, enquanto a primeira vai lançar
inúmeros sinais de alerta sugerindo sair da bolsa, a segunda deixa o barco
correr, até que algo mude e faça você sair do mercado.
Estou notando que diversos assuntos levantados pelo Mosca são apresentados alguns dias
depois por outros analistas. Não tenho a pretensão de acreditar que estão
copiando o Mosca, por outro lado, me
dão mostras que esses argumentos são importantes. Por exemplo, veja a seguir o gráfico que apresenta a taxa SELIC
comparada ao nível de inflação expresso pelo IPCA. Esse assunto comentei no
post de ontem, e fica claro que a SELIC tem muito para cair.
Um outro analista, comenta sobre a queda das reservas
chinesas e apresenta um gráfico que, à primeira vista, parece um pouco
complicado. São as informações do fluxo de recursos nos mercados emergentes,
com e sem considerar a China. Além disso, nesse país, abre os resultados
considerando os chineses e os estrangeiros. As barras em vermelho são as saídas
de recursos oriundo dos chineses e em azul a entrada de recursos pelos
estrangeiros. Eu venho dizendo que o grande risco cambial da china vem dos seus
habitantes. No post china-de-volta-ao-radar: ... “o risco vem mais da
população que das empresas, pois eles estão preocupados com a possível
desvalorização do yuan” ... ...” A razão é que, os investidores ficam cada vez
mais convencidos que a taxa de câmbio está artificialmente contida e aceleram
as saídas, incentivando a criação de um círculo vicioso” ...
Comentei também que uma das formas que os chineses vêm
usando para fugir as restrições cambiais é através da compra de Bitcoins. O
governo resolveu agir, pediu para que 2 das maiores bolsas que negociam essa
moeda, suspendam os saques dos clientes, até que seja implantado um sistema de
prevenção à lavagem de dinheiro. A cotação levou um tombo ontem, como se pode
verificar a seguir.
No post europa-de-vento-em-popa: fiz as seguintes
observações sobre o ouro: ...” estamos
com o seguinte dilema: ou o rompimento foi um false break e o ouro ainda está
no seu caminho de baixa, ou esta baixa mais recente foi um “last Kiss” e o
movimento de alta estaria em curso. Como saber”? ... ...” Acima de US$ 1.250
aumentam as chances da segunda hipótese e abaixo de US$ 1.160, da primeira. Por
enquanto, ficamos de observadores”...
Após romper os US$ 1.220 o ouro foi parar advinha aonde? US$
1.245! Ou é análise técnica ou o mercado inteiro está lendo o Mosca. Prefiro a segunda! Hahaha ....
Estou ficando com um viés um pouco mais baixista, pelo menos no curto prazo,
mas não quero me arriscar numa venda. Se atingir a cotação de US$ 1.280 vou
arriscar. Ainda não é uma recomendação firme. Para quem quer se envolver, siga o
post.
Como eu não sei se estarei pescando um peixe grande – volta
do movimento de baixa que persistiu durante os últimos 5 anos, ou um peixe
pequeno – uma correção que poderia levar o metal até US$ 1.190, preciso de mais
gordura no preço de entrada. Do ponto de vista de motivos, vejo argumentos para
a alta e argumentos para baixa. Como não sou só eu, o mercado também deve ter
visões dispares, razão pela qual os preços estão onde estão. Vamos esperar
melhores definições.
O SP500 fechou a 2.316, com alta de 0,36%; o USDBRL a R$ 3,1145, com queda de 0,49%; o EURUSD a 1,0637, com queda de 0,16%; e o ouro a US$ 1.234, com alta de 0,26%.
Fique ligado!
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