Desafiando Trump
Com uma nova experiência de material atômico, a Coréia do
Norte realizou nesse último domingo seu sexto teste nuclear. Calculado a dedo a
data, uma vez que, hoje é feriado nos USA pela comemoração do dia do Trabalho,
pegou o governo americano de surpresa, e por que não, o resto do mundo.
Em relação ao outro teste realizado recentemente, levantei
dúvidas de qual seria a real posição da China nesse caso. Essa dúvida permanece,
pois, ações como essa, aumentam as chances de retaliação por parte dos EUA.
Mas o lançamento da bomba nuclear mais potente até hoje, Kim
Jong Un está apostando que é muito tarde para tanto o Presidente Trump, bem
como, o líder Chinês Xi Jinping, de conseguir obstruir o seu arsenal atômico.
Nos mercados, tendo começado com uma queda acentuada, as
ações globais e os futuros dos EUA reduziram as perdas na sessão noturna,
apesar dos preparativos norte-coreanos para outro lançamento de outros mísseis.
Enquanto o iene reduziu seus ganhos como porto seguro, o ouro manteve sua
vantagem e a bolsa sul coreana fechou em queda de 1,2%.
Os traders estão em
dúvida se desta vez será diferente, e os mercados sofrerão mais impactados; ou
inversamente, a reação do mercado de hoje será uma cópia do que aconteceu na
última segunda-feira, quando as ações caíram consideravelmente com os temores
do lançamento de mísseis, para terminarem a semana com uma alta de 1%, conforme
mostrado no gráfico abaixo.
Até a preocupação de que o presidente dos EUA, Donald Trump,
tenha poucas opções viáveis para controlar a Coréia do Norte, interrompeu a
alta de três semanas dos mercados emergentes, ocasionado a maior perda desde 11
de agosto: o índice MSCI das ações mundiais caiu 0,7%.
Ambos os futuros do Yen e do euro, subiram, mas permaneceram
dentro de intervalos apresentados durante o mercado asiático, no caso do iene,
grande parte dos últimos ganhos diminuíram como se pode verificar no gráfico a
seguir, enquanto os títulos do governo europeu avançaram e o franco suíço se
valorizou.
O euro se fortaleceu, mesmo quando os economistas esperam
que o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, exprima a preocupação nesta
quinta-feira sobre a alta da moeda.
Tendo subido ao mais alto nível desde a vitória das eleições
do Trump, o ouro atingiu a máxima de U$ 1.334 no início da negociação.
Dos investidores se espera que antecipem o futuro das
cotações de mercado, mas eles são muito ruins em precificar riscos políticos.
Naturalmente, isso é causado pela impossibilidade de se proteger contra riscos
catastróficos como uma guerra nuclear. Dessa forma, os mercados irão se focar
na melhoria dos fundamentos econômicos na Ásia e no Ocidente, a não ser que,
uma guerra se inicie.
O que acontecerá daqui em diante, em relação ao risco global,
está nas mãos da China e dos EUA, já que o conflito norte-coreano está
rapidamente crescendo em uma guerra de poderes das duas nações mais poderosas
do mundo. O presidente americano tem se mostrado pouco eficiente nas suas
ameaças parecem mais com o ditado “cão que muito late não morde”. Por outro
lado, não se pode esquecer do poderio americano e o domínio que o presidente
possui quando algum risco se materializa à sua população. Espero que a China
saiba avaliar esse risco corretamente evitando uma situação sem volta.
Os mercados permanecerão em compasso de espera até amanhã
quando as atividades voltarem ao normal no mercado americano.
No post trajetória-inquietante, fiz os seguintes
comentários sobre o euro: ...” No gráfico
a seguir assinalei os dois pontos onde poderia dar início a tão esperada
correção” ...
...” O mais provável
seria ao redor de € 1,2150 que se ultrapassado, tenderia ao segundo nível à €
1,245. No primeiro caso uma alta de 1,8% e no segundo 4,2%” ...
Notem que no gráfico acima apontei dois pontos em verde €
1,1950 e € 1.2050. No post acima, fiz as considerações que embora esses dois
pontos fossem menos prováveis eram possíveis, razão pela qual não sugeri
comprar a moeda única: ...” Porém tenho
três considerações a fazer: o mais provável é que aconteça a correção a partir
do primeiro ponto, nesse caso o risco x retorno não parece atrativo, o segundo,
é o que anotei em verde, dois pontos possíveis de reversão - € 1,1950 e €
1,2050 – menos provável, mais possíveis; e por último o euro subiu muito rápido
com um posicionamento bem elevado” ...
Na semana passada o euro atingiu a cotação máxima de €
1,2061, ficando dentro do intervalo acima anotado. Desde então retrocedeu a
mínima de € 1,1821. O gráfico a seguir mostra as cotações atualizadas.
_ David, esse gráfico
parece uma arvore de Natal! Hahaha ...
Está confuso, admito, porém, busquei anotar as várias
métricas de análise. Assim como no SP500, não sei qual a extensão e duração da
correção, o euro pode estar numa situação semelhante. Trabalho com algo mais
demorado, e que deveria ficar contido no intervalo apontado em rosa, entre €
1,17 - € 1,19, não descartando o nível de € 1,15. Nesse momento não se pode
inferir qual é o mais provável e tampouco me aventuraria num trade. O que parece
razoável assumir é que a alta do euro não terminou e que vamos buscar um ponto
de compra nessa retração.
O SP500 permaneceu fechado; o USDBRL fechou a R$ 3,1412, com queda de 0,10%; o EURUSD fechou a 1,1895, com alta de 0,29%; e o ouro a U$ 1.334, com alta de 0,73%.
Fique ligado!
Comentários
Postar um comentário