Dois contra um
Sempre que 3 pessoas precisam que chegar a uma decisão, com
divergências, alguém sairá perdendo. Essa é a razão que em momentos importantes
é imperativo que mais pessoas participem do processo.
Foi noticiado na segunda-feira, que o líder Norte Coreano,
Kim Jong Un, fez uma viagem clandestina para Beijing, se encontrando com o
Presidente Chinês, Xi Jinping. Segundo divulgado, sua visita não era oficial,
porém foi recebido com honras, inclusive lhe foi oferecido um banquete.
O que será que eles conversaram, ou combinaram? Não tenho
muitas dúvidas que o líder Chinês vai usar essa vista em seu benefício. Agora,
se você fosse o Trump, sabendo que dentro em breve terá um encontro com o
“doidinho” Kim Jon Un, como estaria se sentindo? Essa é mais uma consequência
do jeito que o Presidente americano está conduzindo seu governo, de forma
agressiva e ameaçadora. A tendência é que fique cada vez mais isolado.
Pouco se tem divulgado sobre a valorização do yuan. Ao final
de 2016, quando boa parte do mercado apostava que o governo Chinês não teria
outra alternativa para combater a alta do dólar, a moeda chinesa estava prestes
a romper um nível tecnicamente importante de ₡ 7.00. O Mosca publicou naquele momento esse temor. Desde então, a moeda
chinesa recuperou 73% dessa queda, enquanto o euro, por exemplo, recuperou apenas
53%.
Provavelmente, o governo Chinês tem uma estratégia para
permitir essa valorização mais acelerada da sua moeda, mostrando uma certa boa
vontade, contribuindo para, economicamente, induzir uma menor vantagem
comercial com os EUA.
O gráfico a seguir mostra um aspecto social que tem um
caráter desestabilizador. As estatísticas sobre o patrimônio das famílias
americanas, e embora não seja novidade, a única faixa de renda onde houve
elevação patrimonial se encontra nos 10% mais ricos. Em todos as outras
segmentações o crescimento foi negativo.
As taxas de juros recuaram levemente desde que a bolsa
americana começou a mostrar instabilidade nos últimos dias. O gráfico a seguir,
mostra de maneira clara, a dispersão entre as projeções do FED, OIS, e o FED
Funds. É uma diferença importante que em algum momento tenderão a convergir, ou
subindo as taxas de mercado, ou o FED revendo suas estimativas.
A próxima estatística dá a real dimensão do otimismo dos
americanos em relação a bolsa. O gráfico a seguir aponta a percentagem de caixa
mantido pelos clientes da corretora Charles Schwab. O mais baixo das últimas
décadas. Fazendo-se uma projeção dessa situação para o restante do mercado, uma
corrida na bolsa por qualquer motivo, pode ter um impacto importante nos
preços.
No post H2O, fiz os seguintes comentários sobre o SP500:
...” O Target calculado mais
“corretamente” deveria levar o SP500 ao nível de 2.450” ... ...” Por enquanto
está tudo bonitinho, o aspecto dessa queda me deixa esperançoso sobre meus
objetivos, desde que, o nível de 2.741,47 não seja revisitado, com toda essa
precisão” ...
Esse trade está se encaminhando de acordo com minhas
expectativas. O que é necessário (desejado) seria que o nível de 2.588 seja
rompido, conforme anotei no gráfico abaixo em preto. Em verde, se encontra o
stoploss, caso as coisas andem diferente.
Neste trade estou mantendo um padrão de apresentação
diferente da grande maioria dos gráficos publicados, com intervalo de 1 hora.
Sempre que faço um estudo técnico, começo observando o ativo num intervalo mais
longo – semanal/mensal, para depois entrar mais no detalhe. É muito arriscado
formar-se opiniões observando somente o gráfico mais curto, pode te levar a grandes
enganos, pois as cotações de curto prazo podem por exemplo indicar alta,
enquanto as de médio e longo prazo baixa.
Neste caso, a ilustração curta, é a melhor em termos de
evolução, haja visto que, as oscilações recentes, contemplam movimentos
percentuais bem superiores ao que acontecia no passado recente. Mantenha o
rumo!
O SP500 fechou a 2.605, com queda de 0,29%; o USDBRL a R$
3,3274, sem alteração; o EURUSD a € 1,2306, com queda de 0,77%; e o ouro
a U$ 1.325, com queda de 1,35%.
Fique ligado!
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