Apertem os cintos #nasdaq100
O Mosca
tem uma visão positiva para as bolsas num prazo mais longo, mas isso não
significa que vai ser uma linha reta. Diversos momentos de dúvidas e angústias
deverão ocorrer. Vale a pena observar o que ocorreu no mercado americano em
movimentos de alta prolongados. Para esse exercício, Ben Carlson publicou as
estatísticas e recomendações.
Após
a Grande Crise Financeira, uma série de livros saíram prometendo ajudá-lo a
navegar em quedas no mercado.
Veja
como se proteger disto. Veja como se proteger daquilo. Veja como permanecer na
posição fetal com seu portfólio. Veja como se preparar para o Armagedom (vai
que...).
Eu
entendo.
Havia
muitos investidores que não estavam preparados para uma das piores quedas da história.
Eu mesmo escrevi muito nessa questão de se preparar para uma correção
ou queda forte.
E
embora esperar pelo melhor mas se preparar para o pior seja sempre um esforço válido
para o investidor, a mentalidade da posição fetal pode ser prejudicial se você
não estiver disposto a aceitar algum risco.
Nunca
houve uma maneira livre de riscos de obter retornos sólidos nos mercados, mas hoje
isso é mais verdadeiro do que nunca com as taxas onde estão.
O
outro lado de se preparar para mercados baixistas é se organizar para mercados
altistas.
Pronto,
falei. Sei que as avaliações estão altas. Sei que o mercado de ações dos EUA
tem sido positivo em 11 dos últimos 12 anos. Sei que os últimos 15 meses foram
uma orgia louca de excesso e especulação em certas partes do mercado.
Mas
mercados altistas podem durar mais do que você pensa.
Considere
que a bolsa dos EUA rendeu 15,5% ao ano de 1942 a 1965. São 24 anos de ganhos
acima da média. Ou que tal os retornos de 17,7% ao longo dos 20 anos de 1980 a
1999?1
É
difícil entender a ideia de que esse mercado altista ainda pode durar alguns
anos, mas coisas mais estranhas já aconteceram. Não estou dizendo que vai
acontecer, só que poderia.
Já
que fomos inundados com artigos sobre como nos preparar para um mercado baixista,
aqui está como se preparar melhor para um mercado de altista:
Preveja
recuos ao longo do caminho. Os
retornos nos mercados altistas anteriores foram extraordinários, mas não vieram
sem contratempos.
Houve muitas correções e quedas longas durante este longo mercado de touros:
Eu conto 14 diferentes quedas de mais de 10%, o que representa uma a cada ano e meio mais ou menos. Houve também quatro períodos diferentes com perdas superiores a 20%. Tenho certeza de que, toda vez que uma dessas quedas ocorria, as pessoas supunham que a alta havia terminado, mas ela sempre voltava.
Uma
dinâmica semelhante aconteceu nas décadas de 1980 e 1990:
Houve nove quedas de mais de 10% de 1980-1999, incluindo o crash de 34% de 1987 e o de quase 30% de 1980 a 1982:
Só
estou pensando alto.
Dê
um jeito de manter seus investimentos. Se
você deseja obter altos retornos no mercado de ações, você não pode se assustar
e vender suas ações quando esses inevitáveis contratempos ocorrem.
Aguentar
um mercado altista pode ser mais difícil do que parece. Quanto mais tempo você
fica ganhando, mais você fica tentado a adivinhar a hora de vender.
E
se eu simplesmente vender e esperar a próxima queda?
Isso
parece um plano razoável até você perceber o tamanho desse desafio de uma perspectiva
psicológica. E
acertar a hora certa para sair é quase impossível.
A
maneira mais simples de se manter seus investimentos é criar uma alocação de
ativos que você quer e consegue manter durante mercados de alta e de baixa. O
objetivo da diversificação é justamente se equilibrar em vários mercados e ambientes
econômicos.
O
reequilíbrio da carteira não é tão sexy quanto prever máximas e mínimas, mas é
muito mais prudente porque permite que você mantenha seus investimentos,
ocasionalmente realize lucros em suas classes de ativos ganhadores para comprar
suas classes de ativos de baixo desempenho, e gerencie seu risco ao longo do
caminho.
O
portfólio perfeito só é conhecido após o fato, portanto não há necessariamente
uma alocação de ativos certa ou errada. Tudo depende de sua vontade,
necessidade e capacidade de correr riscos.
Controle
seu FOMO [medo de perder o bonde]. Uma
das piores partes dos mercados altistas é você ver outros assumirem riscos
irracionais e ganharem mais dinheiro do que você. É difícil ficar satisfeito
quando você vê retornos do outro mundo em outro lugar.
A
melhor maneira de evitar o FOMO é criando filtros para definir no que você vai
e não vai investir. Se você tem um conjunto específico de estratégias, classes
de ativos e títulos com os quais você está confortável, é muito mais fácil
dizer não para todo o resto, independentemente de quanto dinheiro os outros
estão ganhando.
Uma
ótima regra básica é: se você não entende o que é, não invista.
Evite
erros desnecessários. Uma
combinação de FOMO e ganância pode fazer as pessoas correrem riscos realmente estúpidos
com seu dinheiro durante um mercado altista. Isso deixa você aberto a todo tipo
de golpes, fraudes, charlatães e vigaristas que tentam se aproveitar de
parâmetros de risco frouxos.
Se
parece bom demais para ser verdade, provavelmente é.
Claro,
não há garantia de que os longos mercados altistas do passado se repetirão. Eu
poderia escrever um artigo inteiro sobre as diferenças entre hoje e aquela
época. Coisas que nunca aconteceram antes parecem estar acontecendo hoje em dia
o tempo todo.
A
gente sempre se sente melhor investindo quando as coisas estão subindo do que
quando estão caindo, mas os mercados altistas ainda apresentam seu próprio
conjunto de desafios.
Como
vocês podem notar, as quedas durante o percurso da alta não são desprezíveis.
Imagine qual seria sua sensação ao ver parte de seu portfólio cair 15%/20% — tenho
certeza de que vai questionar se deveria manter sua carteira ou não.
Acredito
que a análise técnica pode ser muito útil nesses momentos. Eu comentei anteriormente
que você deveria ter uma carteira principal e outra oportunista. Na carteira
principal - se a análise técnica indica um mercado de alta de longa duração,
estabeleça o percentual que quer alocar e associe um percentual para a carteira
oportunista. A soma dos dois deve ser o total de risco que quer assumir em
relação ao seu portfólio total.
Sugiro
que a carteira principal compreenda de 60% a 75% do total em risco e a oportunista
a diferença.
Um
detalhe importante: na carteira oportunista, sugiro usar ativos de alta
liquidez e evitar fundos que tenham algum tipo de restrição no resgate. Use de
preferência índices ao invés de ações.
Nos
últimos meses, vocês devem ter percebido meu tom mais cauteloso nas bolsas
internacionais. A razão é que está se aproximando uma correção mais “chata”
pela frente. Usando o raciocínio acima, a carteira total deveria estar hoje ao
redor de 90%. Quando ficar mais claro esse momento, a carteira oportunista deve
ir para 0% e talvez estudar algum tipo de hedge sobre a carteira principal. No
momento adequado, indicarei o que se pode fazer.
Ontem
comentei sobre a repercussão da reunião no Fed sobre o mercado de juros, onde a
curva estava flatenning. Esse movimento está se acentuando mais hoje. O
que acabei não comentando é que esse cenário é melhor para as ações Growth —
leia-se tecnologia — versus a ações Value. O principal motivo é que a fórmula
que calcula o valor de uma companhia utiliza seu cash flow descontado pela taxa
de juros, e como o fluxo das Tech são de longo prazo, esse efeito é maior nesse
segmento — são tecnicidades do mercado de ações.
-
David, sem enrolar, é para comprar ou para vender?
Calma,
amigo, quis expor que mesmo não usando análise fundamentalista eu tenho os
conceitos!
No
post dica-do-entendido, fiz os seguintes comentários sobre a nasdaq100: ...” para que esse cenário de alta ocorra é necessário que o
nível apontado acima de 14.073 seja ultrapassado. Nessas condições, o objetivo
final deste estágio fica um pouco alterado, pois surge uma novo target,
originado pela não execução do triangulo. Como destaquei no retângulo em
amarelo, seria esperado entre 15.200, que se ultrapassado, buscaria 15.600” ...
Ontem o índice ultrapassou a marca apontada acima, abrindo caminho para entrar com uma sugestão de compra. Mas algumas possibilidades se apresentam no curto prazo, tornando mais difícil um nível ideal de entrada. No gráfico a seguir, aponto a região onde surge minha dúvida.
Sem entrar muito na tecnicidade, a região destacada pode ter diferente enfoques sobre as ondas. Isso ocasiona retrações a níveis que dificultariam a definição do stop loss. Ou, em outras palavras: na dúvida prefiro esperar. Dependendo de como a bolsa se comportar nos próximos dias, e caso surja antes da próxima postagem essa oportunidade, eu posto o raciocínio e níveis de entrada e stop loss em edição extraordinária.
-
David, está muito misterioso!
Hahaha
... não é não, tenho direito de não estar seguro para propor um trade.
O SP500 fechou a 4.166, com queda de 1,31%; o USDBRL a R$ 5,0894 com alta de 1,54%; o EURUSD a € 1,0860, com queda de 0,34%; e o ouro a U$ 1.763, com queda de 0,56.
Fique
ligado!
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