Mais uma bolha #SP500
O
mercado imobiliário nos EUA está muito aquecido, duas ondas foram responsáveis
por esse movimento: no ano passado a opção por residências em locais mais
distantes dos centros urbanos, uma vez que, o Home Office veio para ficar – não
totalmente; segundo a baixa taxa de juros no financiamento a casa própria.
Os
preços subiram de forma expressiva e os estoques foram ficando cada vez
menores. Essa onda foi de tamanha força que os preços de venda foram superiores
aos preços oferecidos, seria uma espécie de ágio? Hahaha ...
Com essa frenesi ocorrendo nesse mercado, e fazendo uma projeção para o futuro do que está ocorrendo agora, as pessoas acreditam que os preços continuarão em alta, conforme a ilustração a seguir que mede a expectativa daqui a 12 meses. Mais ou menos pensando que o céu é o limite!
Os preços da madeira, que é muito usada na elaboração dos imóveis americanos, subiram de forma geométrica. Mais recentemente parece haver um probleminha por lá, conforme reportagem publicada pelo Wall Street Journal por Ryan Dezember
Os
contratos futuros de entrega de julho terminaram segunda-feira em US$ 996,20
por mil pés de prancha, uma queda de 42% em relação ao recorde de US$ 1.711,20
alcançado no início de maio. Os futuros caíram 14 dos últimos 15 dias de
negociação.
Os
preços da madeira no mercado a vista também estão caindo. O serviço de preços
Random Lengths disse na sexta-feira que seu índice composto de enquadramento,
que acompanha as vendas in loco, caiu US $ 122 para US $ 1.324, seu maior
declínio semanal de todos os tempos.
Economistas e investidores têm se perguntado se os altos preços dos produtos de madeira condenariam o mercado imobiliário em expansão. Os construtores aumentaram os preços das casas e muitos pararam de vender, para que não avaliem mal os custos e vendam muito barato. A madeira tornou-se central no debate sobre a inflação: se um período de inflação descontrolada estava em andamento ou os preços altos eram choques temporários que aliviariam à medida que a economia se afastasse do bloqueio.
Durante
a corrida, a madeira foi acumulada por construtores, varejistas e outros
preocupados em ficar sem material durante uma temporada de construção atrativa
por taxas hipotecárias historicamente baixas e pagamentos de estímulos
federais.
"Todos
estavam comprando mais do que precisavam", disse Mike Wisnefski,
ex-comerciante de madeira e executivo-chefe do mercado online MaterialsXchange.
"Havia esse medo de falta de disponibilidade."
Os
produtores madeireiros dizem que os preços devem permanecer relativamente altos
à medida que os construtores de casas tentam apagar o déficit habitacional do
país.
O
mercado de ações está assumindo preços ainda mais baixos de madeira à frente.
Analistas da BMO Capital Markets calcularam recentemente que os preços das
ações de três empresas canadenses que se tornaram as
maiores do dessa
matéria prima, precificaram expectativas de US$ 447 no próximo ano. Isso seria
um pouco mais caro do que o normal, mas mais alinhado com os preços históricos.
Esse
é talvez mais um caso de descompasso entre oferta e demanda, onde inicialmente
os preços explodem fazendo com que as pessoas acreditem que não vão parar de
subir. Pela formação do gráfico é bem possível que os preços voltem ao que eram
originalmente. Um caso típico de bolha. Não foi a primeira vez nem será a
última, a sensação de escassez gera essa sensação nos seres humanos.
No
post de-novo, fiz os seguintes comentários sobre o SP500: ...” a dúvida entre os
dois cenários ainda persiste, nos últimos 3 dias, o índice já tentou por 3
vezes romper a máxima histórica sem conseguir até o momento” ... ...” Independente
de qual caminho for usado pelo SP500, o mais provável é que em algum momento
atinja o nível ao redor de 4.400 conforme delimitado no gráfico a seguir pela
área em azul” ...
Ontem o mercado fechou nas máximas históricas onde tudo indicava que continuaria em alta hoje, porém, uma pequena retração acabou ocorrendo, provavelmente ocasionada pela proximidade do anúncio do Fed. Os investidores preferem não se arriscar muito nesses períodos.
Os
últimos movimentos quando vistos em janelas menores tem se mostrado desafiador,
deixando a análise sob questionamento, embora não haja nenhuma violação de critério.
O gráfico a seguir aponta para o resultado mais provável visto de hoje.
Conforme destacado na figura acima é esperado uma alta ao redor de 4.400 como já havia sugerido antes. Tudo indica que esse é o movimento final desse ciclo - isso pode ser observado com a quantidade de “5” no gráfico acima. A personalidade dessa onda é mais lenta, indicando que o mercado está ficando “cansado”.
Se
minha contagem estiver correta, muito cuidado se deve tomar daqui em diante,
pois uma coisa é o que se espera como o mais provável, outra é como o movimento
se desenrola.
Embora não seja objeto de hoje, recebi um gráfico que chamou minha atenção. Que os défcits fiscias aumentaram muito o ano passado não é novidade, agora o que o Brasil fez em relação aos seus pares emergentes salta os olhos. Esse resulatdo levanta uma questão importante: se com todo esse estimulo nosso crescimento recente tem sido bom, mas não excepcional, como iremos nos comportar, quando esse estimulo estiver exaurido? Ou será que novos pacotes serão necessários?
Acredito que se nossas reservas não fossem mantidas elevadas durante a pandemia, a situação cambial estaria muito deteriorada hoje, o cambio a R$ 5,00 seria de graça! Graças ao desempenho da balança comercial este ano, a situação é bastante confortável, recaindo todo o peso do déficit sobre a dívida interna.
O
SP500 fechou a 4.246, com queda de 0,20%; o USDBRL a R$ 5,0426, com queda de
0,35%; o EURUSD a € 1,2126, sem alteração; e o ouro a
U$ 1.858, com queda de 0,41%.
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