Semana da dupla #usdbrl

 

O Banco Central Brasileiro, assim como o Fed, realiza sua reunião de política monetária nesta quarta-feira. O primeiro, ainda no processo de subir as taxas de juros mais para satisfazer o desejo do mercado do que por estar ele mesmo convencido dessa necessidade; o segundo, para analisar se já chegou a hora de pelo menos pensar no que fazer com os juros, embora antes disso tenha que reduzir a compra de títulos — oTapering.

 O Fed estabeleceu alguns objetivos relativos ao emprego, de certa forma estranhos à política monetária, que julgo difícil de atingir através da taxa de juros ou da injeção de moeda. Um artigo de Matthew Boesler na Bloomberg e outro revela essas métricas.

Quando os formuladores de políticas do Federal Reserve se reunirem esta semana para discutir a recuperação econômica dos EUA da pandemia, eles verão um mercado de trabalho que está melhorando em um ritmo mais rápido para alguns do que para outros.

O painel de indicadores usado pelo presidente do Fed Jerome Powell e seus colegas para determinar a distância do país em relação aos seus objetivos de pleno emprego mostra que americanos brancos e asiáticos com educação universitária estão se saindo melhor do que todos os outros. No ano passado, as autoridades do Fed redefiniram sua meta de pleno emprego como "inclusiva e ampla".

Os relatórios do Departamento do Trabalho para os meses de abril e maio, publicados desde a última reunião do FOMC, têm sido decepcionantes em relação às expectativas dos economistas. Os formuladores de políticas do Fed disseram que os números indicam que o mercado de trabalho ainda está muito longe do "progresso substancial" que eles descreveram como uma condição para começar a redimensionar o apoio monetário.

Aqui estão alguns dos dados que Powell apontou como um indicador da força da economia.

Taxas de Desemprego

A partir de maio, apesar de alguma melhora entre grupos raciais e étnicos, os negros e hispânicos americanos continuaram a enfrentar taxas de emprego mais baixas do que os americanos brancos e asiáticos em relação aos níveis pré-pandemias.

A relação emprego-população para os americanos brancos ficou três pontos percentuais abaixo de onde estava em fevereiro de 2020 e para os asiáticos-americanos caiu 2,8 pontos percentuais. Mas para os negros americanos, foi 3,9 pontos percentuais menor e para hispânicos ou latino-americanos foi 4,5 pontos percentuais abaixo dos níveis pré-pandemias.




As disparidades de emprego entre grupos raciais e étnicos estão concentradas em grande parte entre as mulheres.

Emprego-população

Para mulheres negras ou afro-americanas e hispânicas ou latinas, as relações emprego-população ainda estavam mais de cinco pontos percentuais abaixo dos níveis de fevereiro de 2020 — enquanto para as mulheres brancas americanas, a proporção caiu apenas três pontos percentuais.

Em comparação, as relações emprego-população para homens brancos e negros americanos se recuperaram para uma posição semelhante — ambos 3,6 pontos percentuais abaixo dos níveis pré-pandemia em maio.

Mulheres não brancas costumam ter empregos de atendimento direto ao cliente, que têm sido mais atingidos pela pandemia — e, como resultado, também têm menos chance de trabalhar em casa, o que aumenta o quebra-cabeça da creche, de acordo com Beth Ann Bovino, economista-chefe dos EUA na S&P Global Ratings.

O emprego entre as mulheres deve começar a se recuperar mais rapidamente a partir de setembro com a reabertura das escolas, disse Bovino.

Crescimento salarial

Até agora, o crescimento dos salários tem se segurado bem em relação às crises passadas, especialmente para os americanos nos 25% mais baixos da distribuição de renda. O crescimento dos salários desse grupo foi de 4,2% nos 12 meses até maio, contra 3,4% para toda a força de trabalho, de acordo com uma medida compilada pelo Fed de Atlanta.

 


Muitos empregadores de indústrias de baixa remuneração têm relatado problemas para encontrar trabalhadores à medida que a economia reabre, o que tem alimentado um intenso debate político sobre até que ponto os benefícios ampliados do seguro-desemprego contribuíram para a escassez de mão-de-obra.

Mas estados de todo o país controlados por governadores republicanos estão se movendo para interromper os benefícios expandidos este mês, enquanto no resto do país, a expansão expirará em setembro.

Lacuna educacional

A recuperação da participação da força de trabalho também foi estratificada pelos níveis de educação, e as lacunas nesse ponto aumentaram nos últimos meses.

Para aqueles sem diploma de ensino médio, a participação em maio foi de 4,9 pontos percentuais abaixo dos níveis pré-pandemia, enquanto para aqueles com bacharelado ou níveis superiores de ensino superior, o déficit de participação foi inferior a um ponto percentual.

 


"Embora os ganhos de emprego sejam sólidos, não vimos a 'série de relatórios de emprego fortes' de mais de 1 milhão de ganhos de emprego que o presidente Powell esperava e eles não são totalmente inclusivos", escreveu Kathy Bostjancic, economista-chefe financeira dos EUA na Oxford Economics, em nota.

Ao observar esses dados, não me surpreende. As disparidades observadas são função da Revolução Digital em que o mundo está envolvido e que tende a se amplificar com o tempo.

Se o Fed quiser manter seus objetivos de criar empregos para todos, corre o risco de atingir o pleno emprego nas categorias favorecidas pela mudança estrutural antes de atingir as camadas mais prejudicadas.

Honestamente, não vejo como a política monetária pode resolver essa situação, é muito mais para uma ação social que busque alternativas — reeducação, por exemplo — para encontrar novos postos para esses grupos.

No post acelerando-movimentos, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...”  A velocidade de queda do dólar, aliada a estrutura do movimento, me fez abrir um outro objetivo mais baixo para o final do movimento. Naturalmente, o objetivo inicial terá que ser rompido para que o proposto tenha validade. No gráfico a seguir anoto esse níveis” ...



Na semana passada o dólar deu um calor para quem acha que basta vender e ir coletar os lucros. Como havia mencionado antes, o movimento que a moeda americana está traçando nessa queda vai seguindo com presteza a teoria de Elliot Wave. Também sei que vai seguir até a hora que parar de seguir, razão pela qual não se pode ligar o piloto automático e vamos que vamos!

O movimento de curto prazo tem se mostrado típico de uma correção que pode tomar seu curso por um tempo. O nível de R$ 5,00 se mostrou parrudo para aguentar a onda vendedora.

No gráfico a seguir, aponto os níveis que se poderia esperar nessa correção, bem como em que nível abandonaríamos nossa posição vendida.



Quanto menos avançar no níveis entre R$ 5,15/R$ 5,19 mais “forte” é o movimento de queda, apontando para quedas maiores a frente. Por outro lado, caso a correção se mostre mais persistente, eu defino o nível de R$ 5,25 para fecharmos a posição. Não quero dizer que, mesmo que o dólar suba até esse nível, ou mesmo acima dele, o movimento de queda foi abortado, apenas mais alongado.

Por último, acima de R$ 5,373 não seria desejado, e caso isso ocorra, vou verificar qual seria a nova previsão para o dólar.

O SP500 fechou a 4.255, com alta de 0,18%, conforme havia mencionado efetue a compra do SP500 a 4.230 com stoploss 4.160, a nasdaq100 terminou na máxima histórica. Sua perspectiva também é construtiva. Para não encavalar o risco preferi esperar um outro momento para entrar. O USDBRL a R$ 5,0585, com queda de 1,12%; o EURUSD a 1,2119, com alta de 0,11%; e o ouro a U$ 1.866, com queda de 0,56%.

Fique ligado!

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