Resultado do divórcio #usdbrl
Faz
5 anos que o povo inglês decidiu se separar da União Europeia. Foi uma vitória
muito apertada o que colocou a decisão em cheque. Durante esse período não
consigo lembrar quantos Primeiro Ministro foram obrigados a renunciar por não
conseguir chegar a um acordo, até que Boris Johnson assumiu esse posto, e com
uma postura mais rígida, chegou a um consenso interno e externo.
Valeu
a pena para a Inglaterra?
A
ideia de hoje é analisar o que ocorreu do ponto de vista econômico através de
um artigo publicado pelo Deutsche Bank.
A semana passada marcou o 5º aniversário da votação do
Brexit no Reino Unido. O fascinante a respeito disso é que, embora o populismo
tenha diminuído e diminuído repetidamente na última década, as opiniões sobre
se o Brexit é uma boa ou má ideia permaneceram notavelmente estáveis no Reino Unido. Ficar na União Europeia provavelmente
manteve uma leve vantagem nas pesquisas durante a maior parte dos últimos
cinco anos, mas o recente sucesso da vacina no Reino Unido equilibrou isso
novamente.
Dois pensamentos vêm à mente. Em primeiro lugar, o novo acordo de comércio Reino Unido / UE só está em vigor desde o início de 2021 e ocorreu durante uma pandemia quando as fronteiras foram comprometidas por outros motivos que não o Brexit. Portanto, levaremos muitos mais trimestres até que possamos contabilizar toda a extensão do impacto e se isso mudará as pesquisas daqui para frente.
Os gráficos de hoje mostram 1) a relativa estabilidade
nas opiniões nos últimos 5 anos; 2) o fato de que a libra esterlina teve a pior
performance das moedas do G10 desde então; e 3) que a migração do Reino Unido
mudou notavelmente da UE para cidadãos de outros países no mesmo período.
Então, muita mudança sob a superfície e agora estamos entrando em um período no
qual as consequências da votação começarão a se materializar.
A cidade de Londres é tida como o segundo centro financeiro mais importante do mundo. Muitos investidores e países preferem ver suas operações liquidadas neste centro financeiro para fugir as regras e condições que os americanos impõem em Nova York – considerado o mais importante.
Na
opinião do CEO do Banco NatWest, Howard Davies, a época de ouro passou.
Quase
cinco anos após o referendo Brexit, e seis meses após a saída da Grã-Bretanha
da União Europeia, o futuro de Londres como um centro financeiro global parece
seguro”. “Mas embora a cidade continue sendo o maior mercado
financeiro da Europa, sua Idade de Ouro como capital financeira da Europa
acabou”, continuou Davies.
Se a Inglaterra perder este status de ser o segundo
centro financeiro global, terá um custo enorme para sua economia, pois além dos
milhares de empregos que essa posição acarreta, as comissões perdidas dos
negócios serão canalizadas para outro local.
Como menciona o Deutsche Bank ainda é cedo para que seja
medida as consequências, mas eu não conheço nenhuma separação – de qualquer
tipo, que foi boa para ambos, no mínimo divide as “receitas”.
O leitor pode se perguntar qual o motivo do Mosca entrar
nesse assunto. A resposta são que duas eleições devem ocorrer em breve: na
Alemanha e França, e em ambas, a continuidade dos mandantes atuais está em xeque.
Segundo o relatório da Gavekal, o líder da União
Democrata Cristã, Armin Laschet, delineia uma postura eleitoral focado em
restabelecer o "freio da dívida" alemão e as regras fiscais da UE, e
garantir que o novo Fundo de Recuperação seja único, ou seja, não ao “Hamilton
moment”. Com o CDU voltando a subir nas pesquisas de opinião, essa visão pode
ganhar proeminência e ser parte integrante da plataforma do próximo governo
alemão. Na França, pesquisas de opinião indicam que Macron pode vencer o
segundo turno com Le Pen, mas sua parcela de votos projetada foi reduzida para
54% de 66% em 2017. Embora menos perturbador desde que abandonou sua promessa
"Frexit" e suavizou seu tom eurocético, Le Pen provavelmente
silenciaria a voz da França no nível da UE e é improvável para apoiar a
continuação da agenda Merkel-Macron.
O Mosca
está prestes a conquistar duas marcas importantes: primeiro, dentro de
poucas semanas irá atingir a marcar de 400.000 acessos – rumo ao 1 milhão! Segundo,
10 anos de postagens ininterruptas, até o momento são 2.351 posts. Obrigado a
todos os leitores pela confiança!
Embora
o post tenha evoluído neste período, minha visão sobre a Europa não mudou, a
moeda única foi um erro enorme. Um dos primeiros post sobre esse tema,
publicado em 30/08/2011, merece ser visitado nova-proposta-de-moedas-europeias.
Mas
por que essa ênfase nesse assunto agora? Num sistema sem equilíbrio qualquer
mudança pode se o catalisador, e as eleições poderão ser esse momento. No caso
da Alemanha, esse risco é muito baixo, afinal, caso esse país decida sair da
comunidade europeia seria um desastre enorme. Agora a França, e conhecendo o
povo francês, não é improvável que medidas protecionistas ganhe adesão, e uma
candidata como Marie Le Pen, abre essa possibilidade.
Embora
considere uma opção de baixo risco é de bom tom acompanhar o que irá acontecer
por lá nos próximo meses.
No
post e-tudo-papo, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” nada se altera em relação as premissas colocadas
anteriormente. No gráfico com janela semanal acima, o nível inicial de R$ 4,90
parece ser menos provável que o de R$ 4,60” ...
Uma análise mais detalhada do movimento da última semana colocou algumas dúvidas se a queda estaria na fase final, podendo inclusive já ter terminado. Em função dessas possibilidades vou trabalhar com stop loss bem mais justo conforme podem ver a seguir.
Eu demarquei duas regiões onde o movimento de queda pode terminar: a primeira em amarelo entre R$ 4,88/R$4,92. Caso seja essa, a mesma ocorreu na semana passada, e se esse for o caso, estaríamos no processo de alta, o que ainda não pode ser confirmado (necessário ultrapassar R$ 5,02); o segundo, no intervalo ao redor de R$ 4,80 conforme retângulo em verde.
Esse
é o momento na qual algumas alternativas podem ser adotadas, em relação a
posição, mas seguramente o ajuste do stoploss se faz necessário para R$ 5,01.
Podemos
zerar parcela da posição de 0% a 100%. Qualquer que seja a opção, ajuste o stop
loss a cada vez que uma mínima dessa sequência for atingida.
O Mosca
vai optar em zerar metade da posição a R$ 5,93 e manter a outra metade.
O
leitor poderá se perguntar por que adotei essa escolha, haja visto que, o ganho
é mais elevado que o risco, caso o dólar continue a cair e se ancore nos R$
4,80. Na verdade não é bem assim, no nível atual de R$ 4,93 teremos as
seguintes possibilidades: Se for zerado no stoploss deixaremos de ganhar 1,6%,
e caso chegue em R$ 4,80 o ganho será de 2,7%. O risco x retorno ainda
compensa.
Do
lado negativo, não sabemos se vai atingir R$ 4,80, pode ser menos; do positivo,
poderá continuar caindo ainda mais – abaixo de R$ 4,80, razão dos 50%. Mas
fique à vontade para estabelecer seus critérios, apenas expus as possibilidades
e seus benefícios e perdas.
O
SP500 fechou a 4.290, com alta de 0,23%; o USDBRL a R$ 4,9210, com queda de
0,24%; o EURUSD a € 1,1922, sem variação; e o ouro a U$
1.778, com queda de 0,13%.
Fique ligado!
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