CEO é sempre torcedor #usdbrl
Falando em torcida, nem a maior do mundo tira o Santos da
degola. Venho alertando que não haveria outro caminho que o rebaixamento. Ao
assistir ao jogo contra o Internacional lembrei do famigerado jogo do Brasil
contra a Alemanha onde já no primeiro tempo torcia para acabar logo. Ontem foi
igual, triste ver a que ponto chegou e não entendo como o Presidente não
renuncia, será que não enxerga que está tudo dando errado, ou será que existem
outros benefícios?
Qual o objetivo do
CEO de uma companhia americana, sua remuneração ou a dos acionistas?
Normalmente o ego desses executivos não permite assumir erros quando os
resultados não foram como esperados. Nessas situações é melhor culpar os
“outros” como se isso fizesse os analistas a desconsiderar a falta. John
Authers traz um estudo acadêmico que mostra qual o impacto nas previsões dos
analistas dependendo do argumento dado.
A humildade tem suas vantagens
As pessoas gostam quando você assume a responsabilidade e
admite seus erros. Todos nós sabemos disso pelas nossas relações pessoais.
Acontece que isso também se aplica à relação mais empresarial entre os
diretores executivos e seus acionistas. A humildade
é boa, especialmente quando se lida com pessoas que estão infelizes por
você não estar ganhando tanto dinheiro quanto elas esperavam.
Há até pesquisas acadêmicas que comprovam isso. Um grupo de
acadêmicos analisou as transcrições das teleconferências de resultados dos CEOs
quando os lucros haviam decepcionado e superado as expectativas e, em seguida,
examinou a maneira como os analistas mudaram suas estimativas para o futuro com
base na humildade que mostraram. A humildade ajudou a manter a fé em empresas que estavam com
resultados ruins, em um grau impressionante, quando se tratava de empresas
que estavam superando as expectativas, uma atitude humilde do
presidente-executivo também ajudou, mas não tanto.
Uma distinção central usada pelos acadêmicos é a diferença
entre "explicações externas", que dizem ser fatores além do controle da empresa que estão
impulsionando os resultados, e "explicações internas" que estão enraizadas
no que a própria empresa está fazendo. Ao analisar as transcrições das chamadas
de resultados dos CEOs, as palavras a serem observadas nas referências
"internas" incluem palavras como "eu", "meu",
"nós" e "nosso". Palavras-chave para referências externas
incluem "concorrência", "indústria", "regulação"
e "mercado". Após maus resultados, os humildes oferecem explicações
internas, os
que não estão preparados para admitir a responsabilidade culpam os fatores
externos.
Em geral, em notícias que não surpreendem ninguém, os
principais executivos não são humildes, tendem a atribuir resultados
favoráveis a si e resultados desfavoráveis a fatores externos. E pagam por
isso em previsões mais baixas dos analistas que exercem uma grande
influência sobre o preço de suas ações. Ou, citando a linguagem acadêmica
precisa:
A redução da previsão para o desempenho desfavorável da empresa foi
menos severa quando os CEOs assumiram a responsabilidade por esses
resultados por meio de suas contas causais. É importante ressaltar que,
conforme a pesquisa de atribuição, as diferenças entre os resultados se tornam
não significativas quando o desempenho da empresa é favorável. Além disso,
desviar a responsabilidade pelo desempenho desfavorável parece pesar mais nos
julgamentos dos analistas, mais do que os CEOs que tomam crédito pelo
desempenho favorável.
A diferença pode ser explicada em termos de aversão a
perdas, um conceito crítico das finanças comportamentais. Psicólogos
experimentais mostraram que as pessoas serão mais afetadas negativamente por
uma perda do que reagiriam positivamente a um ganho da mesma magnitude. As
perdas são consideradas inaceitáveis, e há um instinto profundo para tentar
evitá-las. Assim, o comportamento desonesto ou arrogante torna-se muito mais
difícil de perdoar para um CEO que acabou de falhar.
Formalizado, este gráfico mostra como as previsões dos
analistas se movem após bons resultados (em azul) e ruins (em verde). Aqueles
que oferecem uma "razão externa", culpando o
mundo e não a si, são punidos com rebaixamentos muito maiores do que
aqueles que são humildes. Quando os resultados são bons, e atribuir o sucesso a
fatores externos se torna a opção mais humilde, novamente há uma
recompensa pela humildade nas previsões elevadas:
Outra maneira de olhar para isso é a diferença na mudança nas previsões de lucro por ação, com base no tipo de explicações que os principais executivos ofereceram. Após o fraco desempenho, houve um benefício significativo para os resultados "externos" (humildes). Após o bom desempenho, havia uma pequena vantagem a favor da humildade, que neste caso envolvia oferecer uma explicação externa.
É claro que pode haver perigos em ser "muito humilde", como os leitores de Charles Dickens saberão. Dissimular pode ser perigoso se for insincero e ajudar principalmente a convencer os analistas de que eles agora têm uma compreensão melhor e mais confiável de como a empresa está se saindo. O estudo chama-se "The Role of CEO Accounts and Perceived Integrity in Analysts Forecasts" (O papel das contas dos CEOs e da integridade percebida nas previsões dos analistas), de Daniel Skarlicki e Kin Lo, da Universidade da Colúmbia Britânica, Rafael Rogo, da Cambridge Judge Business School, e Bruce J. Avolio e CodieAnn DeHaas, da Universidade de Washington, e pode ser encontrado aqui.
Será que os CEOs que
tem elevados salários entregam melhores resultados? Uma estatística elaborada
pelo Wall Street Journal aponta que os CEOs que tem rendimentos menores
proporcionaram resultados melhores aos acionistas que o mais bem pagos, quando
comparados dentro do mesmo setor.
No post EUA-micou-com-os-bitcoins-bitcoin fiz os seguintes
comentários sobre o dólar: ... “ Por enquanto o stop loss não foi
acionado, porém, se encontra muito próximo. Quero alertar aos leitores que o
caminho a ser seguido nessa hipótese vai ser tortuoso, não é uma onda 5 padrão.
Desta forma se pode esperar 2 passos para frente e 1, 1 ½ para trás. Anotei no
gráfico até onde poderia uma queda dos níveis atuais ir sem que se pudesse
eliminar a hipótese de alta. R$ 4,88 – R$ 4,80” ... Notei que não publiquei
o gráfico mencionado nesse texto, ficando somente o antigo.
Dado a proximidade do stop loss da alternativa que eu
estava trabalhando, acredito que a configuração poderá se modificar dado que a onda em laranja é diagonal.
No gráfico a seguir contempla essa nova hipótese que já tinha mencionado acima.
Nesse caso, o objetivo inicial de queda seria ao redor de R$ 4,89, e se não
reverter nesse patamar se pode esperar algo ao redor de R$ 4,80 – completando a
onda (B) em azul.
- David, você anda meio parado até parece que quer segurar o seu resultado do ano!! Por que não entra na venda do dólar?
Sobre sua
primeira observação não tenho como te contestar, será que está mesmo
acontecendo, ou não surgiu nada de interessante ultimamente? Note que fiz
algumas tentativas na bolsa americana. Em relação ao dólar, estava observando o
gráfico com janela semanal e a correção que se encontra desde maio de 2020
com intervalo entre R$ 5,80 – R$ 4,80 é muito complexa, difícil
de ganhar dinheiro. No caso específico, não sei se você calculou qual o retorno
numa eventual venda. Se tudo correr como o esperado, algo em torno de 2,5%.
Vale a pena se arriscar?
O SP500
fechou a 4.217, com queda de 0,17%; o USDBRL a R$ 5,0176, com queda de 0,26%; o
EURUSD a € 1,0664, com alta de 0,67%; e o ouro a U$ 1.972, com queda de
0,44%.
Fique ligado!
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