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Mostrando postagens de outubro, 2024

Troco de camisa? #nasdaq100 #NVDA

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  Os leitores antigos do Mosca sabem da frase que uso com frequência: “os economistas trocam de opinião como eu troco de camisa”. Vocês podem se perguntar por que pego no pé dos economistas? Não tenho nada contra essa profissão, pois ela é fundamental para atuar nos mercados financeiros. Meu ceticismo provém de experiências negativas que vivi por conta de uma certa teimosia em aceitar uma realidade diferente da dos seus pensamentos – isso não ocorre sempre, mas em poucas ocasiões. Em sua maioria, são profissionais com elevado grau de conhecimento, mas talvez essa seja parte do problema. Ao estudarem exaustivamente os modelos, às vezes acreditam que o mundo é perfeito, não levando em consideração que as pessoas estão longe dessa perfeição. Por princípio, os modelos têm como contrapartida uma reação lógica das pessoas. E, em situações como essas, os mercados se comportam desafiando suas projeções. Tenho muito respeito por Bill Dudley, ex-presidente do Fed de Nova York, mas ele fez pr

IA: Nem tudo é maravilha #EURUSD

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  A grande maioria dos analistas e investidores tem uma visão muito otimista da IA. O que varia é o grau de adesão dessa tecnologia nos negócios. O Mosca também compartilha dessa visão, entretanto, o que mais preocupa são os elevados — e bota elevado nisso — volumes de investimentos. As ações claramente envolvidas — predominantemente as Magníficas Sete — já têm em seus preços esse espectro. Mas nem tudo é maravilha. Existem alguns (poucos) que não enxergam a IA dessa forma. Por isso, é muito importante conhecer seus argumentos para confrontar com nossa expectativa. Nesse grupo, está o acadêmico Daron Acemoglu, professor da renomada universidade americana MIT, cujas ideias foram publicadas na Bloomberg por Jeran Wittenstein. Daron Acemoglu quer deixar claro desde o início que ele não tem nada contra a inteligência artificial. Ele entende o seu potencial. “Não sou um pessimista da IA”, declara logo nos primeiros segundos de uma entrevista. O que faz Acemoglu parecer um profeta do a

O petróleo não é mais o mesmo #oil #IBOVESPA

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  O amplamente noticiado ataque do Irã a Israel, com o uso de bombas, repercutiu fortemente no mercado de petróleo, como era de se esperar. Em seu ápice, os preços subiram até 5%. Para se ter uma ideia, durante a Guerra de Yom Kipur, em 1973, o preço do petróleo quadruplicou, saltando de U$ 3 para mais de U$ 12. Ao ver esses números, a impressão é que era quase "de graça" (mesmo os U$ 12). No entanto, ao corrigir pelo CPI, índice da inflação, o preço pré-guerra seria de U$ 21,06 e, pós-guerra, U$ 75,87 — valores mais próximos da realidade atual. Embora o impacto no mercado de petróleo não seja tão relevante hoje, devido à entrada de novos produtores que não existiam naquela época, como EUA, Venezuela e Brasil, as oscilações tendem a ser menos drásticas. Mas até onde os preços podem ir? Aqui, surgem duas visões distintas. A Gavekal, desde 2021, vem defendendo que a inflação continuará a subir e mantém essa tese com firmeza. Vou resumir algumas de suas ideias. O conflito en

O Brasil ficou fora da festa #S&P500

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  O maior burburinho do momento é a China, e tudo se deve aos estímulos oferecidos pelo governo Chines, que à primeira vista agradaram os investidores. A bolsa subiu vertiginosos 25% em seis dias, após um longo período de quedas. Agora, os investidores domésticos podem tirar a semana de folga – durante o período conhecido como Golden Week – sabendo que seus portfólios subiram substancialmente.   No entanto, diferentemente do que seria esperado, as commodities – com exceção do cobre – não estão participando da festa. Segundo Kieran Tompkins, da Capital Economics, que compartilhou suas projeções em um artigo de John Authers na Bloomberg, o estímulo pode não ter o impacto esperado no mercado de metais. Kieran Tompkins argumenta que, até agora, a escala do recente estímulo está no mesmo nível do que foi anunciado no ano passado, após o fim das restrições da Covid. Na época, houve um "crescimento por poucos meses", mas as medidas atuais não são uma "solução mágica par