Mais estimulos
Para começar os comentários hoje, queria
complementar um gráfico bastante interessante relacionado ao post elevação-improdutiva-da-população, que considero importante para a geração de nossos filhos. Vejam
a seguir a comparação entre a pirâmide populacional na Índia e no Japão. Segundo as informações do post acima, pode-se esperar que a Índia também
apresentará uma figura semelhante ao do Japão daqui a algumas décadas.
Fiquei pensando como será o mundo dominado por pessoas com
menos recursos e sem muita educação. Não parece tranquilizador!
Ontem foi publicado o PIB americano e sem muito alarde o
resultado foi pífio. A única previsão que acertou na mosca foi a do FED de
Atlanta que cravou em suas projeções um crescimento de 0,5%, aliás, os acertos vem se
tornando rotina ultimamente. O gráfico abaixo não deixa dúvidas que a queda do
PIB americano tem uma tendência estrutural. Crescimento de 4% a.a. é coisa do
passado, de agora em diante 2% a.a. pode ser o normal, se não for menor.
Mas tudo bem, os economistas consideram esse último
trimestre, uma exceção uma vez que o consenso é de 2,5% para o trimestre em
curso. Embora seja evidente a tendência de queda da atividade econômica
americana junto com uma fragilidade global, poucos economistas acreditam numa
recessão este ano. Mas será que dá para acreditar em suas previsões?
O gráfico acima questiona se não atingimos um pico do PIB neste mini-cíclo de alta, como vem acontecendo de forma consistente desde de 1950, notem que, o
cálculo é feito com uma média móvel de 3 anos, a fim de suavizar o deslocamento.
Caso isso seja verdade, implica que a economia americana tera um
crescimento médio nos próximos três anos de -0,7%.
Existe uma crença que, a bolsa de valores antecipa o futuro, ou seja ela caí antes que uma recessão esteja
acontecendo e sobe antes que o PIB aponte crescimento. Por tanto não adianta
esperar a publicação do crescimento negativo para que o investidor tome uma
atitude em relação ao seu portfólio.
Os resultados econômicos não são convincentes para uma
política de juros mais apertada como quer o FED, isso do ponto de vista de
crescimento. Por outro lado, o mercado de trabalho está próximo ao pleno
emprego, embora esse é um indicador que reage com atraso. O momento
de indecisão entre o mercado e os economistas parece fazer sentido, quem vai
ganhar eu não sei, mas esses últimos não tem feito um bom trabalho.
No post a-caminho-da-radicalização, fiz alguns comentários sobre o
euro: ...” O
gráfico a seguir tem uma visão de curto prazo, e como pode se verificar, nestes
últimos dias, ainda existe indefinição em qual será o rumo da moeda única”...
...” Como anotei, ao redor de 1,15, passa a ser o grande
teste. Se o euro ultrapassar, é provável que iremos entrar num trade de compra.
Inversamente, se cair abaixo de 1,1230, poderá estender mais a queda. Tenho
uma preferência para esse último”...
Eu
propositalmente grifei o último parágrafo acima para frisar meu possível erro,
ao indicar uma preferência pela queda. No gráfico atualizado abaixo o euro está próximo do
limite superior de 1,15.
Vejamos a
diferença entre a análise fundamentalista e a técnica. Se eu estivesse usando a
primeira em minhas previsões, poderia colocar uma série de justificativas para
sugerir a venda do euro. Por exemplo bastaria citar as taxas de juros negativas praticadas em vários países europeus, além da injeção de recursos feita mensalmente pelo ECB.
Mas o mercado
não está indicando desta maneira, ao contrário, o euro está próximo de romper uma barreira importante no nível de 1,15 e onde poderá ter muitas liquidações de
posições vendidas em euro.
Então é
melhor seguir o que se imagina ou o que se vê? A sua "opinião" ou as evidências do mercado?
Estou sugerindo
uma operação de compra de euro a 1,1470 (no fechamento) com stop a 1,1330. As
minhas respostas, as perguntas acima está implícita! Hahaha...
O SP500 fechou a 2.063, com queda de 0,51%; o USDBRL a R$ 3,4368, com queda de 1,45%; o EURUSD a 1,1452, com alta de 0,89%; e o ouro a US$ 1.293, com alta de 2,17%.
Fique ligado!
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