Quando o ego comanda



Ultimamente tenho ficado bastante irritado com as medidas tomadas pelo presidente Trump. Realmente não faz meu estilo sua forma arrogante em tratar os outros países e também seus colaboradores. No primeiro caso, a chantagem feita com o México foi absurda, não tem diferença essa uma atitude, com a de um pai que ameaça cortar a mesada do filho se não fizer o que ele deseja. Esse pai, pode estar certo que no futuro, seu filho vai se afastar. No segundo caso, a constante desmoralização do Fed, e seu Presidente, Jerome Powell, ao dizer em outras palavras que “esse pessoal não entende nada”.

Eu não tenho muita dúvida que Trump ficara isolado, e essa forma de atuar terão consequências ruins na sua intenção de se reeleger.

A ruptura causada pela guerra comercial iniciada no 2º semestre de 2018, está tendo consequências importantes no CEO das empresas. A confiança desse grupo de empresários despencou desde o anuncio dessas medidas, conforme se pode verificar a seguir. Como aponta o Deutsche Bank, o ISM da manufatura já contabiliza essa queda, com perspectivas ainda piores a frente.




Como não seria diferente de se esperar, o investimento em capital fixo, desde essa data, também está sofrendo um declínio constante. Sem investimentos, a modernização e a eficiência de uma economia se deteriora, com efeitos danosos no médio prazo.




Quando o poder de um país é dado a um mandante que tem sérios problemas psíquicos, o perigo de uma barbeiragem pode custar muito caro. A esperança é que a cada dia que passa, as pessoas vão conhecendo melhor e fazendo com que questionem sua aderência ao presidente Trump. Notem que, enquanto lhe é favorável uma relação ele a mantem, caso contrário, a despreza. Esse ciclo pode acontecer de um dia para o outro, e também de um lado para o outro, vide o caso da Coreia do Norte.

Como já amplamente comentado, na próxima semana o Fed se reúne no Comitê de Política Monetária. Ontem fiz uma exposição dos principais indicadores que os membros se baseiam na sua tomada de decisão. A situação é bastante questionável nesse momento, pois existem números que sugerem a manutenção dos juros e outros a queda. No quesito inflação, usando-se um modelo compostos de algumas variáveis, chega-se a uma conclusão que, a inflação deve cair nos próximos meses.




Já o PIB, segundo a empresa muito bem-conceituada, BCA, sua pesquisa econômica, projeta crescimento nos próximos anos. No gráfico a seguir, sugere que em função disso, a inflação deveria se elevar.




Não necessariamente esses dados dispares serão usados pelo Fed em seus modelos, mas tenho a impressão que essa dúvida também existe entre os membros, alguns adeptos a queda e outros menos. O Mosca está aberto a qualquer direção, talvez com um pequeno viés que considera a queda exagerada.

Vamos acompanhar os gráficos para melhores indicações, e por enquanto, a turma do “quem dá menos” está nadando de braçada.

No post a-barrons-errou, fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: ... “à bolsa brasileira se encontra estagnada num intervalo próximo ao estabelecido acima, entre 96.000/98.000” ... ... “- David, a bolsa americana apresentou sinais de reversão nesta semana, não seria o caso de entrar na bolsa brasileira? ” ... ... “em ambos os casos essas bolsas tem uma lição de casa a fazer, cada uma ultrapassando os níveis que indiquei” ...


Coincidentemente, o risco que apontei ontem para o SP 500 pode se aplicar a bolsa brasileira, a de que o Ibovespa estaria completando uma onda B. A situação em termos de onda difere entre as duas, razão pela qual, abre a possibilidade da correção do Ibovespa também se dar na forma de um triangulo.

Assim como no caso americano, caso a bolsa ultrapasse o nível de 100.500, vou sugerir um trade de compra com stoploss a 98.000. Caso contrário, ficamos com as hipóteses apontadas no gráfico abaixo.


Opção triangulo: Provavelmente não faria nenhuma posição, pois essa figura ainda estaria incompleta, sugerindo mais idas e vindas antes de subir. Mas será importante identificar se esse é o caso, que sugere uma primeira reversão ao nível de 92.000.

Opção Zig Zag: Neste caso, a bolsa deveria formar uma base ao redor de 88.500, onde devo sugerir uma compra.

Imagino que não seja fácil a compreensão pelo leitor de tantas possibilidades induzindo um quadro inseguro. Essa insegurança é fruto do desconhecimento das ferramentas de análise técnica. A situação atual desses ativos sugere essas várias possibilidades, não que em outros momentos isso não aconteça – várias possibilidades, sempre existem, mas nesse caso, as probabilidades são próximas.

Eu poderia simplesmente colocar os níveis sem grandes explicações, mas para um leigo poderia dar a impressão de pouca credibilidade. Alguns leitores poderiam pensar que consultei alguma cartomante! Hahaha .... Essa é a razão que prefiro expor meu raciocínio. Se não quiserem acompanhar, pulem direto as decisões, que é o que realmente importa.

O SP500 fechou a 2.891, com alta de 0,41%; o USDBRL a R$ 3,8579, com queda de 0,23%; o EURUSD a 1,1272, com queda de 0,13%; e o ouro a U$ 1.342, com alta de 0,69%.

Fique ligado!

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