Dias contados para os ladrões



Participei de um evento sobre o mercado imobiliário patrocinado pelo BTG. Tenho notado que a mais valia nesses encontros, de uma forma geral, são os painéis com os CEO de Startups. Como digo, se você cruzar com um deles na rua vai achar que se trata de um profissional novato. Com uma vestimenta esportiva, mantêm um perfil despojado. Mas por traz dessa simplicidade se encontram jovens brilhantes.

Mas, qual a diferença em relação a minha época? É que a tecnologia permitiu para esses jovens emprenhadores colocar suas ideias em prática de forma acessível. Noto também que, a maior parte das ideias tem uma linha comum, eliminar distorções de preços, ligando diretamente os clientes aos “produtores”.

Outro fator que nós mais velhos devemos levar em consideração é que, o jovem de hoje tem valores muito diferentes dos nossos. A propriedade de bens para eles não tem o mesmo valor que a nosso, preferem usar seus recursos para aproveitar momentos. Reflitam um pouco nessa mudança e notem como existem muitos negócios existentes hoje que serão ameaçados no futuro.

Um dos palestrantes fez uma projeção que dentro de 10 a 20 anos, as pessoas não comprarão mais residências. Considerando a tendência dos Milennials de não se apegar a propriedades, além da facilidade de alugar e devolver quando precisar, parece uma hipótese bastante razoável. Desta forma, como todo mundo precisa de um teto, grandes fundos ou empresas executarão essa intermediação. Se isso acontecer, qual será o impacto nos preços dos imóveis? De imediato, não gostaria de ter nenhuma propriedade de imóvel diretamente, como eu iria competir com os grandes fundos na locação?

Mas o assunto de hoje vai na linha da tecnologia. Um artigo publicado pelo Wall Street Journal relata como a expressão do rosto das pessoas, auxiliam a empresas de credito saber se você é um bom pagador ou não.

Uma das maiores seguradoras do mundo acredita que, o seu rosto revela o seu risco financeiro. Ela está usando a tecnologia de reconhecimento facial em clientes potenciais como parte de seus esforços para avaliar o risco quando vende produtos financeiros.

A Ping An Insurance Group Co., a maior seguradora da China e um dos maiores conglomerados financeiros do país, rotineiramente analisa os rostos de clientes, e seus próprios agentes, para verificar suas identidades ou examinar suas expressões em busca de pistas sobre sua veracidade.

Desde 2016, a empresa usa sua tecnologia proprietária para selecionar indivíduos que solicitam empréstimos em seu braço de financiamento ao consumidor. "Micro expressões" ou movimentos breves, pequenos e muitas vezes involuntários nos rostos das pessoas, são uma das áreas de foco que a empresa vem analisando.

Os esforços são um reflexo do que está acontecendo em toda a China, onde a tecnologia de reconhecimento facial se tornou uma característica da vida cotidiana. Livres de regulamentações ou preocupações com a privacidade, as autoridades chinesas usam-nas em ruas públicas, estações de metrô, aeroportos e controles nas fronteiras.

As seguradoras chinesas podem enfrentar menos preocupações com a privacidade dos consumidores, em comparação com suas contrapartes ocidentais, diz Tjun Tang, sócio sênior do Boston Consulting Group em Hong Kong, apesar de acrescentar que os consumidores chineses estão mais preocupados com a privacidade nos últimos anos. "Se os consumidores estão dispostos a compartilhar os dados, isso ajuda muito", diz ele. "Permite que as máquinas aprendam."

Ping An usa sua tecnologia de reconhecimento facial principalmente para verificar as identidades dos clientes. Quando as pessoas abrem contas com a seguradora, muitas vezes são solicitadas a enviar imagens de suas carteiras de identidade e concluir uma série de tarefas, incluindo abrir a boca e piscar quando usam o programa de reconhecimento facial da empresa pela primeira vez.

Depois de configurar as contas, os clientes podem comprar alguns produtos de seguro de vida e de saúde após examinar seus rostos com seus smartphones. Eles também podem se conectar diretamente com agentes de seguros em videoconferências ou enviar solicitações após o software da Ping An reconhecer seus rostos.


A Ping An também usa a tecnologia em seus negócios de seguros para avaliar a saúde dos clientes. Em um novo aplicativo, as varreduras faciais são usadas para estimar o índice de massa corporal, ou IMC, dos clientes que desejam comprar uma política que faz pagamentos de até um milhão de yuans (cerca de US $ 145.000) quando são diagnosticados com qualquer de 100 doenças críticas.

"Apenas o rosto em si contém uma riqueza de informações sobre a saúde de um indivíduo", diz Michael Powers, professor de matemática de risco da Universidade de Tsinghua, em Pequim. Pode ser possível coletar do rosto de uma pessoa se o indivíduo é fumante, por exemplo, diz ele. Mas esse uso de tecnologia de reconhecimento facial ainda não foi amplamente comercializado, em parte porque há preocupações de que ele possa ser usado para discriminar alguns grupos de pessoas.

Alguns críticos dizem que a tecnologia não está sendo usada para definir preços para diferentes grupos, mas sim uma espécie de ferramenta de marketing para a empresa gerar atenção e familiarizar os consumidores com a IA.

Em seu negócio de empréstimos, a Ping An afirma que usa sua tecnologia para analisar os rostos dos solicitantes de empréstimos em tempo real, procurando por “micro expressões” que revelam seu estado emocional e psicológico. Tais expressões normalmente ocorrem em frações de segundos e são difíceis de serem controladas pelas pessoas, e os oficiais de crédito fazem julgamentos mais precisos sobre a credibilidade dos candidatos com base nessas informações.

Para empréstimos grandes, os solicitantes geralmente precisam responder a perguntas em uma reunião de vídeo on-line que normalmente dura de 10 a 15 minutos. Ping An registra e analisa como o candidato responde a perguntas e procura sinais de mudança de comportamento ou outro comportamento suspeito, que seria sinalizado por seu sistema.

A Ping An anunciou em janeiro que fez mais de 500 bilhões de yuans em empréstimos com a ajuda de sua tecnologia de micro expressão. A empresa também disse que a tecnologia ajudou a reduzir o tempo médio de aprovação de empréstimos para duas horas, a partir de cinco dias.

Não parece ser surpresa que as expressões faciais podem revelar muito da personalidade de uma pessoa. Se isso é verdade, através de programa de Inteligência Artificial é possível identificar bons de maus pagadores.

Agora imaginem que essa tecnologia se propague e daqui alguns anos exista um aplicativo individual cujo objetivo é identificar com razoável precisão os indivíduos que você cruza na rua. Os ladrões irão perder o emprego, pois as pessoas através desse aplicativo, irão evita-los, será fácil identifica-los. Agora vai ganhar uma medalha de ouro quem lançar um aplicativo para identificar político desonesto. Aqui no Brasil, imagino que todos estarão na mira! Hahaha ...

No post uma-nova-ameaça, fiz os seguintes comentários sobre o euro: ... “ No gráfico a seguir aponto as razões desse cenário dúbio. Por um lado, as cotações permanecem contidas entre retas traçadas em cinza, onde a região ao redor de € 1,12 parece ser um imã de atração, como se houvesse um grande player que compra quando atinge esse patamar (talvez a China trocando seus dólares?). Essa convergência entre as retas indica tecnicamente uma saturação do movimento, como se o euro estivesse pronto para um bote na direção contraria” ... ... “Por outro lado, as marcações em vermelho e verde indicam uma situação de queda, onde as quedas atingem valores menores e as altas níveis inferiores a alta anterior” ...


Finalmente, o euro rompeu a reta que estava contendo sua evolução, como eu desconfiava. O movimento de alta ainda não é convincente, mas sugere uma pequena aposta com stoploss bem justo. O potencial de ganho também não é muito promissor, conforme aponto abaixo entre 1,165/ 1,18. Mas com a volatilidade atual, qualquer centavo é bem-vindo.


Como podem notar, esse seria a princípio um trade de curto prazo, que podemos definir a saída mais adiante dependendo da forma que a moeda única evolui. Antes de traçar muitos planos, vamos observar se realmente essa ideia se concretiza. Minha proposta é comprar o euro a 1,13 com stoploss a 1,125, e com um objetivo inicial de 1,165.

No post inflação-sem-emoção. eu tinha sugerido dois trade de bolsa, no SP500 e Ibovespa, o primeiro se ultrapassasse 2.890 e o segundo 98.500. Em cada um deles existe um risco de uma nova queda antes da alta esperada. Desta forma estou cancelando ambos e vou aguardar uma melhor oportunidade. Para maiores explicações dos motivos, acompanhe os posts desta semana.

O SP500 fechou a 2.885, sem variação; o USDBRL a R$ 3,8532, com queda de 0,88%; o EURUSD a 1,1326, com alta de 0,12%; o ouro a U$ 1.326, sem variação.

Fique ligado!

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