Uma nova ameaça
Tenho enfatizado ultimamente, as ameaças vinda das novas formas
de utilizar a ociosidade de bens. A Uber, WeWork e Airbnb já existem e estão em
franco crescimento. Naturalmente estes setores eram os candidatos mais lógicos
a serem explorados pelo seu elevado valor e facilidade operacional.
Sempre que pensava neste assunto, olhava para meu armário e
notava a enorme ociosidade das roupas. A da minha esposa nem se fala, basta ver a
quantidade de bolsas e sapatos, uma obsessão de todas as mulheres, sem exceção!
Cheguei a calcular o valor que representava esses itens, faça a sua conta. Por
outro lado, sempre achei difícil de resolver o gosto de cada uma, bem como, a
operacionalidade para se alugar roupas. Mas uma empresa americana resolveu
testar.
A cadeia Urban Outfitters está entrando no mercado de
aluguel de roupas, tentando explorar uma das áreas de maior crescimento da moda
sem desencorajar as pessoas de fazer compras em suas lojas.
A empresa, dona da rede homônima, está lançando um serviço
mensal de US $ 88 neste verão que permite aos compradores, tomar emprestados
seis itens dessas marcas e de marcas externas como Gal Meets Glam e Reebok,
além de peças vintage, provenientes de mercados secundários e revendedores.
A ascensão do fast fashion e das compras online está
impulsionando o crescimento do mercado de vestuário alugado, que vem crescendo
a uma taxa de mais de 20% ao ano, de acordo com a Global Data Retail. O
mercado, excluindo o aluguel de fantasias, foi avaliado em cerca de US $ 1 bilhão
em 2018 e deverá ultrapassar US $ 2,5 bilhões até 2023.
Agora, a empresa está apostando que Nuuly atrairá novos
compradores e impulsionará as compras atuais, em vez de canibalizar as vendas.
Dentro de um ano de operação, David Hayne, executivo responsável pela digital,
espera que a Nuuly adicione 50.000 assinantes e esteja em ritmo para ter mais de
US $ 50 milhões em receita anual.
"Certamente não achamos que os clientes vão parar de
comprar", disse ele em entrevista na sede da empresa, na Filadélfia. “As
compras fazem sentido para coisas que você sabe que vai usar com frequência;
locação faz sentido para as coisas que você gostaria de tentar.
Os clientes escolhem seis peças de vestuário no site da
Nuuly, que chegarão com uma sacola reutilizável e uma etiqueta de postagem
pré-paga. Eles devem usar as roupas por um mês inteiro e devolvê-las no final
do mês para obter mais seis. Eles também podem comprar os itens. As peças
devolvidas serão lavadas a seco e inspecionadas nas próprias instalações da
empresa antes de serem enviadas para outro cliente.
A Urban Outfitters reportou vendas crescentes comparáveis
nos últimos trimestres, impulsionadas pelo crescimento online. Mas em março,
a empresa disse que começou o ano com vendas abaixo do esperado. O estoque caiu
cerca de 19% este ano.
O aluguel de roupas também está se beneficiando de duas
outras tendências - o desejo dos consumidores de ter uma roupa nova para cada
postagem no Instagram e uma crescente conscientização sobre questões de
sustentabilidade, disse Naomi Braithwaite, professora da Universidade
Nottingham Trent que vem realizando pesquisas sobre as atitudes dos
consumidores. Um desafio para as marcas do mercado médio, segundo ela, é que os
compradores são mais resistentes a alugar roupas baratas.
"Já é muito conveniente comprar a moda rápida e as
coisas cotidianas", disse ela.
Vários varejistas de shoppings, incluindo Ann Taylor,
Express e American Eagle, começaram a alugar suas roupas usando um startup
chamada CaaStle, que fornece uma plataforma web para varejistas, e tida com
logística, com a remessa e lavagem a seco. Por US $ 95 por mês, a Ann Taylor
permite que os compradores escolham até três peças de cada vez e as troquem ao
longo do mês. A American Eagle oferece um serviço similar por US $ 50 por mês.
Christine Hunsicker, CEO e fundadora da CaaStle, disse que
as marcas estavam preocupadas no início, com o fato de o negócio de aluguel
reduzir as vendas, mas o serviço trouxe novos clientes, aumentou os gastos
entre os compradores existentes e gerou lucro. Ela disse que um negócio de
aluguel de roupas, quando bem executado, tem um lucro operacional de cerca de
25%, comparado com um dígito baixo, para um varejista de roupas. "Aluguel é
um negócio significativamente mais lucrativo do que vender roupas", disse
ela.
Essas tentativas mostram que é possível ameaçar o estoque
ocioso de roupas que estão no seu armário. Inicialmente parece complicado, mas
como todas as ideias novas, com o tempo não se mostram tão difíceis assim. Mas
não deve ser tão fácil para quem administra, pois nesse mercado tem o fator
numeração, variedade de cores e gosto. Por tudo isso, não vai substituir todos
os itens, mas provavelmente o mercado irá encontrar seu equilíbrio. O que não
se tem dúvidas é que, você vai diminuir suas compras de roupas, cujo efeito
pode comprometer diversas empresas. Mais uma ruptura a vista!
No post double-down, fiz os seguintes comentários sobre
o euro: ... “No
gráfico a seguir aponto as razões desse cenário dúbio. Por um lado, as cotações
permanecem contidas entre retas traçadas em cinza, onde a região ao redor de €
1,12 parece ser um imã de atração, como se houvesse um grande player que compra
quando atinge esse patamar (talvez a China trocando seus dólares?). Essa
convergência entre as retas indica tecnicamente uma saturação do movimento,
como se o euro estivesse pronto para um bote na direção contraria” ... ... “Por
outro lado, as marcações em vermelho e verde indicam uma situação de queda,
onde as quedas atingem valores menores e as altas níveis inferiores a alta
anterior” ...
Até o momento nenhuma definição sobre o euro, a moeda
continua encaixotada num intervalo bastante restrito de 1%. Tenho pena dos
traders da segunda moeda mais negociada no universo de FX, não está pagando a
conta, ou pior ainda, gerando prejuízo.
As posições nos mercados futuros, ainda mantem um
posicionamento contra a moeda única. Cada vez mais, fico com a percepção que
algum grande player está na outra ponta. O que posso dizer é que, em algum
momento “alguém” vai jogar a toalha fazendo com que o euro rompa esse marasmo.
Vamos ficar observando e verificar quem tem mais ficha!
Resolvi trazer o gráfico de mais longo prazo para enfatizar
as razões técnicas que me levam a uma previsão de alta no futuro.
O movimento destacado em verde, e para quem conhece a teoria
de Elliot Wave, são 5 ondas tipo livro texto - depois de um movimento
direcional desses, se sucede uma correção que está em curso desde 2018. No círculo
verde, em algum momento um novo movimento de alta deve começar, levando a moeda
única ao nível de € 1,30, uma alta nada desprezível de aproximadamente 18%.
- David, você deve ter
cometido um grande erro! Como é possível prever uma alta tão expressiva do euro,
se a Europa está uma draga, e os EUA muito melhor. Basta ver a quantidade de
títulos com taxa negativa no velho mundo.
Olhando de hoje parece impossível, e também não saberia te
dizer o que deve acontecer para um movimento nessa direção. Mas o que sim posso
dizer é que, existem muitas frentes de indecisões no mundo hoje. Não tenho bola
de cristal!
Se o Mosca estiver
certo, os traders de euro devem ter paciência, dentro em breve poderão ficar
felizes, pois num movimento direcional, os ganhos são gordos! Hahahaha ....
O SP500 fechou a 2.864, com alta de 0,85%; o USDBRL a R$
4,0371, com queda de 1,45%; o EURUSD a € 1,1160, com queda de 0,10%; e o ouro
a U$ 1.274, com queda de 0,23%.
Fique ligado!
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