Vergonha britânica
A Inglaterra é um país civilizado que tem uma população com
elevado nível de escolaridade. É um povo gentil que guarda costumes tradicionais,
uma das poucas Monarquia existentes. Até 1922, o Império Britânico abrangia
33.700 mil Km², representando ¼ da área total da Terra. Eram cerca de 458
milhões de pessoas, que eram governados pelos ingleses.
O que ocasionou a queda dessa Império foram as duas guerras
mundiais. Enfraquecida e com um rombo financeiro, especialmente depois da Segunda
Guerra, o Reino Unido encolheu aos poucos. Com diversos setores industriais
extintos, não foi capaz de concorrer com os EUA e Japão, sendo esse primeiro, a
assumir seu lugar como potência.
Depois de tanto poder no passado, será que hoje não
conseguem decidir se querem ou não sair da União Europeia? No próximo mês, o
plebiscito que decidiu na sua saída, vai comemorar 3 anos, e desde então,
várias consequências já são sentidas em sua economia. Diversas empresas
anunciaram a saída da Inglaterra para outros países da Europa, principalmente
as instituições financeiras. A praça londrina, é a segunda mais importante
depois de Nova York.
Mas nada melhor que observar a cotação da sua moeda para
avaliar o resultado. No gráfico a seguir, encontra-se a cotação do EURGBP, ou
seja, a relação entre o euro e a libra esterlina. O gráfico está invertido para
melhor visualização. Depois da grande crise de 2009, a libra subiu até atingir
seu máximo um pouco antes da votação, contabilizando uma alta de 50%. Depois do
voto, a cotação praticamente retornou a mínima observada em 2009, imprimindo
uma queda de 32%.
A primeira-ministra Britânica, Theresa May, durante esse
longo período colocou em votação por 3 vezes sua proposta e foi derrotada em
todas. Inúmeros são os trabalhos efetuados pelos analistas sobre os cenários
possíveis. Honestamente, não tenho mais paciência de estudar, e imagino que os
investidores ao redor do mundo devem sentir o mesmo. Na minha opinião, a
decisão é simples, fica ou não fica!
As últimas pesquisas indicam um ligeiro recuo da população
que agora estaria mais disposta a não sair da União Europeia. A
primeira-ministra britânica Theresa May apresentou um novo plano para que o
parlamento apoiasse seu pacote de divórcio Brexit, balançando a perspectiva de
um segundo referendo Brexit e outras concessões para atrair legisladores da
oposição a ratificar o acordo em sua quarta vez perguntando.
"Estamos fazendo uma nova oferta para encontrar um
terreno comum no Parlamento", disse a Sra. May em um discurso na
terça-feira. “Essa é agora a única maneira de entregar o Brexit. ” O plano
provavelmente será a tentativa final da Sra. May de conseguir um acordo Brexit
ratificado.
A saída do Reino Unido da União Europeia já foi atrasada
duas vezes, com o prazo final em 31 de outubro. A Sra. May disse que nomearia
uma data de partida depois que os legisladores votarem no último pacote Brexit,
que é esperado para 7 de junho.
A transação do Brexit que a Sra. May apresentou na terça-feira
é propositalmente vaga na esperança de que possa angariar apoio de uma série de
legisladores.
Isso inclui a promessa de que os legisladores podem votar se
devem realizar um segundo referendo Brexit, mas apenas depois de terem aprovado
o acordo. Ela não disse qual a pergunta que tinha em mente para um referendo,
mas os defensores da ideia pressionaram por uma escolha entre o acordo ou o
Brexit.
Com essa proposta, o PSDB se sentiria o partido mais decisivo
da terra. Se tem alguém no muro nesse momento são os britânicos. Em função
dessa atitude ambígua, os investidores aumentaram drasticamente as apostas
contra a libra esterlina, já que a esperada partida da primeira-ministra
Theresa May aumentou as chances de um Brexit duro e desordenado no final deste
ano.
Uma potência do passado não consegue obter um consenso entre
seus legisladores durante 3 anos. As consequências financeiras da separação
estão praticamente nos preços, como se diz no jargão do mercado. Que papelão
dos legisladores britânicos!
Na Europa, que por algum tempo havia a ameaça da saída de
algum de seus membros, aponta na última pesquisa uma aceitação acima de 60%
para grande parte dos países. Acredito que os italianos, espanhóis e gregos,
observando a confusão e consequências que a Inglaterra vem passando, os
motivaram a mudar de opinião.
Agora, o que é intrigante, é a taxa de juros implícita nos
títulos ingleses. O gráfico a seguir, mostra a evolução desse indicador desde
1700. Desde então, muitos momentos de estabilidade se observou, onde o juro
praticamente não se alterou – entre 1720 e 1820, bem como, períodos de guerra e
depressão. O juro nunca esteve tão
baixo!
No post final-ilógico, Fiz os seguintes comentários
sobre o Ibovespa: ... “a linha verde seria o cenário que poderia se esperar, uma queda até
88 mil e depois início de alta, devendo ultrapassar a máxima de 100 mil. Uma
possibilidade alternativa seria uma queda até 80 mil para em seguida a alta”
...
A bolsa brasileira não atingiu o primeiro objetivo de
88.000. A mínima recente foi de 89.400. Nos últimos 3 dias houveram altas
significativas, atingindo 95 mil. O que fazer agora?
Para quem segue o Mosca,
sabe que estávamos procurando um ponto de entrada, pois o cenário básico
contempla novas máximas acima de 100 mil. Por outro lado, como estamos numa
correção, sempre se tem que tomar cuidado com a famigerada onda B, a
destruidora de lucros! No gráfico a seguir mostro essa possibilidade, bem como,
quando poderemos eliminar essa hipótese.
Destaquei em vermelho essa possibilidade. Considero o nível
de 97 mil como limite, ou seja, acima a probabilidade de a alta estar em curso,
aumenta.
Caso seja uma onda B, o mercado ainda teria novas quedas
abaixo dos 89 mil atingidos e provavelmente, o segundo nível destacado acima de
80 mil. No caso inverso, se a bolsa ultrapassar 97 mil, vou estudar um momento
de compra.
Quero enfatizar que não é tão simples assim como eu possa
fazer parecer. Subiu, compra; desceu, vende. Avalio outras características em
conjunto.
- David, então para
que serve todas essas baboseiras de números?
Calma, não fique
nervoso! Os níveis adiantados acima não são baboseiras, são importantes. Mas
não são únicos nesse caso, pois como disse, estamos numa correção. Para ser
muito preciso, só poderia considerar que a correção terminou acima de 100 mil,
antes disso, são indícios que terminou.
Sendo assim, corre se o risco de ver frustrado sua ideia,
mesmo que, a bolsa ultrapasse os 97 mil e recue antes dos 100 mil. Pode
acontecer, mas é raro.
Como os leitores podem notar, a análise técnica é baseada em
probabilidade de ocorrência, não é uma técnica 100% segura, razão pela qual, é
fundamental o estabelecimento do stoploss. Seguro, não existe nada!
O SP500 fechou a 2.856,27, com queda de 0,28%; o USDBRL a R$
4,0428, com alta de 0,10%; o EURUSD a € 1,1152, sem variação; e o ouro a U$
1.273, sem variação.
Fique ligado!
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