2021: O ano sem memória
É
notável como se observa a lei de Darwin na evolução do Coronavírus, a mais
recente varainte o Omicron é altamente transmissível, porém muito menos letal.
O vírus para sobreviver precisa de corpos humanos vivos a fim de manter o
processo de mutação, por outro lado, se matar todas as pessoas ele morre também.
Não sei se essa lógica se aplica nesse caso, mas parece fazer sentido.
Imagino
que os ciclos de medo e relaxamento devem continuar ocorrendo até que a ciência
desenvolva algo mais definitivo, foi assim que aconteceu no passado. Enquanto
isso, vamos aprender a conviver com o Coronavírus que deve ir perdendo
importância. É bem provável que cada um de nós contraia em algum momento.
Diferentemente da gripe, o Coronavírus requer mais cuidados obrigando
isolamento por um determinado período.
Uma
área que continuará muito afetada são as viagens. Quantos não foram os casos recente
de pessoas que estavam prontas para viajar e testaram positivo, e outras durante
a viagem tiveram que permanecer de quarentena. Se você pretende viajar deve
estar preparado para essas situações.
Falando
sobre o ano tenho a impressão de que não existiu. Essa sensação deve ser
consequência do elevado tempo que ainda ficamos em casa, ou saímos pouco. Tudo
parece acontecer num mesmo momento como se o tempo passasse em velocidade
dobrada - 2x como as mensagens de áudio muito compridas no WhatsApp!
Não
recordo de muitas coisas e as que lembro parece que foram no mesmo momento,
será consequência da idade ou do contingenciamento? Acredito que daqui alguns
anos quando nos lembrarmos de 2021 vai parecer que não existiu, um ano sem
memória.
O
campeão de audiência foi a inflação que se mostrou presente em todos os cantos
do planeta. Nos EUA em especial, uma queda de braço entre o Fed que dizia ser
ela temporária e o mercado que creditava diversos fatores, foi oscilando, hora
indicando o argumento do primeiros hora dos últimos, sem que esse assunto tenha
disso resolvido, ao contrário, terminou o ano com o CPI ao redor de 7% a.a.
Já
no Brasil, onde o BCB teimava com os mesmos argumentos se viu vencido a partir
de março. Para enfrentar a alta de inflação que já parecia perder o controle,
elevou a SELIC de 2% a.a. para terminar o ano a 9,25%, ainda sem sugerir que o
ciclo de alta tenha terminado.
Agora
existem motivos muito distintos para a atitude dos bancos centrais em questão:
enquanto nos EUA além das observação inflacionaria, o mercado de trabalho bem
como a economia mostram robustez, enquanto no Brasil a taxa de desemprego
continua acima de dois dígitos e a atividade econômica perdeu grande parte do
ímpeto pós pandemia, apontando para o cenário clássico de estagflação – alta de
preços com queda de atividade.
O
ano de 2022 será fundamental nesse quesito a inflação deveria retroceder tanto
nos EUA como no Brasil.
Quanto aos mercados de risco, dependendo da classe de ativo em que foi alocado, o resultado foi positivo ou negativo. Comparando ao que ocorreu no ano anterior, os resultados não são muito diferentes deixando os índices acionários americanos na dianteira. Veja a seguir a evolução dos principais mercados de interesse do Mosca.
Em relação aos resultados do Mosca, o ano de 2021 manteve os padrões médios dos últimos anos fechando o ano em 31%, um resultado considerado excelente. Ao observar as decorrências parciais, ocorreram 8 perdas que totalizaram -13,58% e 13 ganhos totalizando 44,60%. O quociente do número de perdas relativo ao número de ganhos ficou dentro do normal para esse tipo de atividade. Obtivemos ganhos com todos os ativos com destaque para o SP500 em conjunto com o dólar.
O track record continua com uma performance acima da média, como se pode observar na tabela abaixo, com um retorno próximo de 30% a.a. Para quem seguiu os trades do Mosca, U$ 10.000 aplicados em 2016 obteria U$ 46.108 hoje.
No post final de 2020 2020-o-ano-que-não-acaba, fiz os seguintes comentários finais: ...”Um ano espetacular em termo de retorno e negativo em termos sociais. Para 2021, os dados técnicos sugerem cautela, vou usar o mesmo refrão anterior “deixa o mercado nos levar”... Para 2022 poderia quase que repetir com um adendo, os dados técnicos sugerem quedas nos mercados de risco na metade do ano. Para o Mosca conseguir manter sua performance será um grande desafio. Entretanto existirá uma ótima oportunidade para se entrar nas bolsas americanas, haja visto que, espero continuidade da alta num prazo mais longo.
Feliz 2022 estejam preparados para um ano difícil!
Fique ligado!
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