O ano da "carteirinha" #USDBRL #S&P500 #IBOVESPA #OURO #GOLD #EURUSD #nasdaq100

 


O ano de 2024 se caracterizou por três fatos que chamaram a atenção:

A teimosia dos bonds: O ano iniciou com a primeira frustração na possibilidade de queda de juros nos títulos de 10 anos. Abriu com a taxa de 3,9% a.a. e, em abril, beirava os 5% a.a.; depois, uma nova queda, e termina o ano ao redor das máximas. Uma verdadeira montanha-russa.

Na opinião do Mosca, existe muito pouco terreno para a queda nos títulos de 10 anos: primeiro, a diferença de juros entre os títulos mais curtos de 2 anos encontra-se em 30 pontos. Embora não esteja no campo negativo, como permaneceu boa parte do tempo, ainda é baixo; segundo a taxa de juros dos Fed Funds não deveria cair muito mais. Conclusão: um mercado sem graça para apostas nesses níveis, a não ser que aconteça algo mais significativo na inflação (alta de juros) ou na desaceleração da atividade econômica (queda de juros).

 



Performance estelar da bolsa: Os analistas, no início do ano, tinham previsões mais comedidas de desempenho para a bolsa americana. Afinal, o ano de 2023 já tinha sido um espetáculo e desafiando quase todos que previam queda.

O índice S&P 500 subiu 24%, registrando 57 recordes de fechamento à medida que a economia permaneceu saudável, a inflação diminuiu e um rali impulsionado pela inteligência artificial nas grandes empresas de tecnologia continuou. Mesmo com uma queda nos últimos dias de negociação, o amplo índice de ações dos EUA está a caminho de registrar seus melhores anos consecutivos desde 1997 e 1998, período que antecedeu o estouro da bolha da internet.

 



 A concentração dos investidores: Em 2024, o Mosca criou a ideia da “carteirinha”. Quem é leitor assíduo do Mosca conhece a ideia que sugeri para as empresas que são direta ou indiretamente beneficiárias do movimento de IA que estamos acompanhando: a da “carteirinha”. Ela se refere, figurativamente, a uma sala de cinema (IA) onde, para entrar, a empresa precisa, comprovadamente, estar nessa categoria, enquanto as outras ficam na sala de espera. Essa ideia coloca o grupo com o ticket de entrada com preços de ações mais elevados — alguns muito elevados — enquanto as outras perdem a preferência.

Também foi neste ano que muitas dúvidas surgiram sobre o uso da IA tendo em vista o elevado volume de investimentos necessários, o que limita seu acesso para a grande maioria das empresas. Das Sete Magníficas, uma delas, a Nvidia, não vê nenhum problema. Pelo contrário, quanto mais gastarem, melhor. As outras entraram como num jogo de pôquer, “seus dez mais dez”, e mergulharam de cabeça. Agora, se vai dar lucro ou não, é uma grande questão a ser acompanhada nos próximos anos.

 



O resultado dos trades sugeridos pelo Mosca ficou aquém do ano anterior, mas ainda muito elevado: 34,39%. O total de trades foi de 15, sendo: 3 perdas que totalizaram –3,46%; 10 ganhos que totalizaram 37,85%; e 2 no zero a zero.




Novamente, as bolsas internacionais foram as maiores contribuidoras para o resultado, com 75% dos ganhos — mesmo com uma perda ocorrida no índice de pequenas e médias empresas Russell 2000. Um milagre foi a contribuição do Ibovespa, em 4%, ainda mais considerando que foi na compra.

O gráfico a seguir simula um investimento de U$ 100 feito em 2016, com o valor acumulado considerando os retornos do Mosca.

 



Os mercados financeiros apresentaram boas oportunidades se a escolha de ativo foi correta. Como podem ver na tabela abaixo, as bolsas internacionais e o ouro – esse foi o ativo em que o Mosca não aproveitou mesmo tendo visão de alta ‑ tiveram retornos muito semelhantes entre si, enquanto as moedas e o Ibovespa foram ruins. Como comentei no post “uma odisseia nos mercados”: “o soft landing aconteceu, mas a redução dos juros não foi como eu já desconfiava: “Para 2024 a aposta do mercado é no soft landing, onde o Fed reduziria os juros em 150 pontos, levando o Fed Funds para 3,75%. Tenho minhas dúvidas.”



Este é o dia em que sinto um certo alívio ao observar a tabela de resultados, e novamente mantemos o padrão de ~30% a.a. Hoje pela manhã, pensei: será que os leitores acham que o Mosca é um clone do Madoff, que construiu seus resultados de forma enganosa? É lógico que não, pois público nos posts diários todos os movimentos que sugiro.

O Mosca é o máximo? Não. É bom na leitura dos mercados e na ponderação do risco x retorno. A única conclusão que se pode tirar é que a análise técnica funciona.

Este ano acumulamos 150 mil leituras, o que coloca o acumulado na beira dos 900.000, e, se os leitores continuarem a me prestigiar, devemos alcançar a marca, que era inimaginável há pouco tempo, de 1.000.000. Até o momento, são 3.195 posts.

Reitero meus agradecimentos pela confiança.

Feliz 2025!

O S&P500 fechou a 5.881, com queda de 0,43%; o USDBRL a R$ 6,1840, com alta de 0,10%; o EURUSD a € 1,0346, com queda de 0,58%; e o ouro a U$ 2.623, com alta de 0,68%.

Fique ligado!

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