Usando a Bola de Cristal #USDBRL
Mas 2025 traz um componente adicional de incerteza, e não é
pequeno: Trump 2.0. Além disso, outro fator que poderá ter impacto será o grau
de adoção da IA. Sobre o primeiro tema, e passado o entusiasmo inicial dos
mercados com sua vitória, vamos daqui em diante lidar com uma série de dúvidas.
Não por acaso, esse se torna o tema central da maior parte dos noticiários,
cada qual focando em um aspecto. Para facilitar o entendimento do leitor, faço
um apanhado geral dos principais pontos de atenção daqui em diante – aliás,
nunca entendi por que nos EUA um presidente assume no meio do mês de janeiro.
Se alguém tiver uma boa explicação lógica, publique aqui.
Trump 2.0: Impactos na Economia, Geopolítica e Segurança
Global
O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos
em 2025 promete abalar as estruturas da economia global, redesenhar alianças
estratégicas e mergulhar o mundo em um novo ciclo de tensões e incertezas. Ele
vem armado com tarifas, promessas de grandes acordos e sua característica
imprevisibilidade. Mas a pergunta que todos fazem é: será que Trump realmente
tem um plano ou apenas está testando os limites do caos?
Se existe uma coisa que Trump sabe fazer, é mexer com os nervos do mercado. Com tarifas como sua arma favorita, o impacto imediato está previsto para o índice de volatilidade (VIX), que pode explodir em 2025, interrompendo qualquer ilusão de estabilidade.
Mas não para por aí: analistas alertam para choques graves nos mercados devido à concentração em setores específicos e a fragilidade estrutural de grandes empresas. Para Trump, parece que a regra do jogo é clara: quanto maior o risco, maior o seu senso de controle.
Ele também planeja uma jogada ousada com a China, que poderá
ser um "Plaza Accord 2.0". Imagine: uma valorização do yuan,
transferência de produção para os EUA e, claro, o fim das tarifas. Parece
promissor? Sim. Realista? Nem tanto.
A Geopolítica em Foco: Tensões e Possíveis Acordos
Trump retorna ao cargo com a promessa de fazer "grandes
coisas", mas também enfrenta um mundo em chamas. Da guerra na Ucrânia às
crescentes tensões no Oriente Médio, ele jura que pode resolver tudo com um
estalar de dedos. "24 horas para acabar com a guerra na Ucrânia?" É o
tipo de promessa que só Trump faria, sem um pingo de detalhe para sustentar.
E o que dizer do convite a Xi Jinping para sua posse? Um
gesto típico de Trump: provocativo, simbólico e improvável de se concretizar. O
objetivo é claro: ele quer jogar o xadrez geopolítico e provar que é o
"mestre das negociações". Enquanto isso, a economia chinesa segue
fragilizada, e Trump não perde a chance de capitalizar sobre isso.
No Oriente Médio, sua tática é ainda mais transacional.
Acordos bilaterais tomam lugar do idealismo democrático, enquanto o programa
nuclear iraniano continua sob pressão. Mas não se engane: embora eficaz a curto
prazo, essa abordagem poderá ser um campo minado a longo prazo.
Os Riscos de um Mundo Multipolar
Trump não esconde sua aversão a "carregar o peso"
das alianças tradicionais. A OTAN, por exemplo, é vista como um clube onde os
EUA pagam a conta enquanto outros se beneficiam. Sob sua liderança, as divisões
dentro do bloco podem se aprofundar.
E o que dizer de sua relação com autocracias? Com uma mão, ele busca desacelerar a China e a Rússia; com a outra, prioriza acordos comerciais que podem minar os valores democráticos. A mensagem é clara: para Trump, lealdade é negociável.
Seus apoiadores vibram com a promessa de "fazer a
América vencer novamente", enquanto o resto do mundo se pergunta: a que
custo? Rivais políticos e econômicos estão prontos para desafiar qualquer
movimento que ameace desequilibrar ainda mais o jogo global.
Conclusão: A Genialidade ou o Caos?
Trump é uma força da natureza: imprevisível, ousado e
polarizador. Ele pode tanto reescrever as regras do jogo quanto mergulhar o
mundo em um caos sem precedentes. Sua habilidade em negociar é inegável, mas
suas apostas são cada vez mais altas. Uma coisa é certa: o mundo está prestes a
testemunhar mais um capítulo de sua polêmica saga. Quem ganha e quem perde? O
futuro dirá.
Como se não bastassem as incertezas internacionais, no
Brasil, a recente cirurgia do presidente Lula adiciona mais dúvidas: Vai levar
a vida do mesmo jeito que antes? Foi consenso entre os médicos que o quadro era
grave. Na entrevista de ontem à noite, ele deixou claro que não entende por que
12% de juros se a inflação está controlada em 4%. Imagine quando souber que o
Copom se comprometeu com mais dois aumentos. Será que ele vai entrar em choque
com Galípolo ou cederá à pressão? No meu entender, o mercado traçou uma linha
na areia: ou o governo promove cortes de despesas consistentes com uma dívida
sobre o PIB ao menos estabilizada, ou vai apostar contra. E, por último, mas
não menos importante, como as ações de Trump irão impactar o Brasil?
Boa sorte a quem pretende fazer previsões para 2025. O
Mosca, como sempre, vai apresentar sua visão a partir da próxima semana.
Normalmente, publico o cenário principal e o alternativo. Os leitores podem
dizer que acerto sempre, pois normalmente contemplo movimentos contrários. Isso
é parcialmente correto, a não ser por adotar uma preferência. Assim, posso
estar mais certo ou menos certo. Acho mais honesto do que apresentar somente o
preferido, que pode se mostrar errado. Essa é a razão pela qual não acredito em
cenários para os próximos 12 meses e prefiro o acompanhamento diário dos
mercados.
Análise Técnica
No post o-custo-da-"operadinha" fiz os
seguintes comentários sobre o dólar: “No movimento de curto prazo, para que
essa opção continue em vigor, o dólar não poderia negociar abaixo de R$ 5,8331.
O movimento da onda (IV) vermelha pode perdurar mais um pouco.
Ultrapassando a máxima de R$ 6,1150, os objetivos possíveis se encontram dentro
do retângulo”
Como venho comentando, estou acompanhando o dólar segundo duas possíveis contagens, embora só apresente uma delas ao leitor. O bom é que ambas apontam para alta do dólar. O que as diferencia são as retrações, bem como o objetivo final, que ainda se encontra distante. Meu grau de convicção nos objetivos traçados deve ser visto com cautela; essa é a principal razão pela qual não propus nenhuma sugestão de trade, embora estivesse correto com minha visão de alta. Talvez adote em algum outro momento. Por enquanto, o objetivo é R$ 6,28 / R$ 6,37.
O S&P500 fechou a 6.074, com alta de 0,38%; o USDBRL a R$ 6,1411, com alta de 1,63%; o EURUSD a € 1,0507, sem variação; e o ouro a U$ 2.652, com alta de 0,15%.
Fique ligado!
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