Trump pode tudo #USDBRL
Donald Trump enfrenta uma série de processos judiciais,
tanto criminais quanto civis, que abrangem diversas alegações. A seguir, um
resumo dos principais casos:
- Processos
Criminais:
- Caso
dos Documentos Classificados (Mar-a-Lago):
- Acusações:
Em junho de 2023, Trump foi indiciado por 37 acusações federais
relacionadas à posse e manuseio inadequado de documentos confidenciais
após deixar a presidência.
- Status
Atual: O julgamento estava inicialmente previsto para maio de 2024,
mas foi adiado devido a recursos da defesa. Em julho de 2024, a juíza
Aileen Cannon surpreendeu ao abandonar todas as acusações, alegando
inconstitucionalidade na nomeação do procurador especial Jack Smith. No
entanto, a equipe de Smith recorreu da decisão em agosto de 2024, e o
caso aguarda decisão em instância superior.
- Interferência
nas Eleições de 2020 (Geórgia):
- Acusações:
Em agosto de 2023, Trump foi indiciado por 13 acusações estaduais na
Geórgia, incluindo conspiração para cometer fraude eleitoral e
solicitação de violação de juramento por um funcionário público. As
acusações decorrem de esforços para reverter os resultados eleitorais no
estado.
- Status
Atual: O processo está em fase preliminar, com audiências e
procedimentos legais em andamento.
- Processos
Civis:
- Fraude
Financeira (Trump Organization):
- Acusações:
Em fevereiro de 2024, Trump foi condenado por fraude financeira
envolvendo a Trump Organization, resultando em uma multa de
aproximadamente US$ 355 milhões.
- Status
Atual: A defesa recorreu da decisão, e o caso está pendente de
julgamento em instância superior.
- Caso
Stormy Daniels:
- Acusações:
Trump foi acusado de falsificação de registros comerciais para encobrir
um pagamento de US$ 130.000 à atriz Stormy Daniels durante a campanha de
2016, supostamente para silenciá-la sobre um caso extraconjugal.
- Status
Atual: Em maio de 2024, Trump foi condenado por 34 acusações de
falsificação de registros comerciais. A sentença estava marcada para 26
de novembro de 2024.
Esses processos representam desafios legais significativos
para Trump, com potenciais implicações em sua carreira política e empresarial.
É importante notar que o status de cada caso pode evoluir, e novas informações
podem surgir à medida que os procedimentos legais avançam.
Com esse extenso currículo na Justiça, não me parece que ele
esteja preocupado com qualquer conflito de interesse. Ao apontar Elon Musk para
uma função dentro do novo governo – descrito como “presidente Sombra” – direta
e indiretamente deu poderes para esse empresário atuar de forma conflituosa.
Afinal, Musk possui empresas cujos principais competidores podem estar em
posição inferior, como relata Keach Hagey e outros na Bloomberg. Vejamos a
seguir quem poderia ser mais prejudicado.
Entre as empresas que podem estar em risco devido à ascensão
de Musk, destacam-se:
- OpenAI:
A rivalidade entre Musk e Sam Altman, CEO da OpenAI, é uma das mais
intensas. Musk, que foi cofundador da organização, deixou a empresa em
2018 após discordar da transição para um modelo lucrativo. Desde então,
fundou a xAI, concorrente direta no setor de inteligência artificial. Com
o governo Trump considerando regulações no setor, teme-se que Musk use sua
influência para beneficiar a xAI em detrimento da OpenAI.
- Microsoft:
A gigante tecnológica, principal investidora da OpenAI, enfrenta um
histórico de animosidade entre Musk e Bill Gates. Este entrou na
"lista de inimigos" de Musk ao apostar contra as ações da Tesla,
gerando ataques públicos.
- Amazon
e Blue Origin: Jeff Bezos, fundador de ambas, compete com Musk no
setor espacial. Recentemente, Bezos contestou judicialmente um contrato da
SpaceX, o que gerou represálias públicas de Musk.
- Meta
(Facebook): A relação entre Musk e Mark Zuckerberg se deteriorou após
o lançamento do Threads, concorrente direto da X. Musk chegou a propor um
combate físico para resolver as diferenças.
- Fabricantes
de veículos elétricos: A Tesla pode ser favorecida por políticas que
eliminam créditos fiscais para veículos elétricos, prejudicando
concorrentes.
- Alphabet
(Google): Enfrenta o risco de ações antitruste mais agressivas, com
Musk demonstrando descontentamento com o poder das gigantes tecnológicas.
A livre concorrência tão prometida no mercado americano pode
estar ameaçada. Esse movimento já pode ser observado nas ações da Tesla, que,
desde a vitória de Trump, subiram mais de 50%. Com Trump, pode tudo!
Análise Técnica
No post "a-revolução-digital-continua", fiz
os seguintes comentários sobre o dólar:
“O dólar continua sem rumo no curto prazo. Destaquei no
gráfico abaixo com a elipse essa afirmação. Se o movimento dessa onda de maior
grau (vermelha) fosse direcional e não diagonal, um trade de venda faria
sentido nesse momento com um stop loss em R$ 5,8749. Mas não é! Sendo assim,
não posso afirmar nada com muita segurança neste momento. Meu viés ainda é de
baixa, condicionado ao seguinte:
- Não
ultrapassar R$ 5,8749;
- Formar
5 ondas, em janela menor.”
Acabou não acontecendo a queda que eu esperava, pois as duas condições acima não foram cumpridas. O dólar se encontra em movimento de alta. Eu tenho duas contagens que não diferem um pouco no curto prazo. Vou continuar com a opção que tenho seguido – (Red Count) na parte superior esquerda do gráfico. Nessa contagem, pode-se esperar uma alta até o nível entre R$ 6,23 e R$ 6,27 – na outra opção, o final se encontra um pouco mais acima, entre R$ 6,34 e R$ 6,37.
Estou postando o gráfico com janela semanal para tornar mais
claro os passos que o dólar deve seguir. Depois de terminada a onda 3
vermelha, podemos esperar um período, que pode durar várias semanas,
levando o dólar para um patamar entre R$ 5,59 e R$ 5,41 – no outro cenário, a
retração seria um pouco menor, em torno de R$ 5,67. Na sequência, o dólar
atingiria seu pico entre R$ 6,95 e R$ 7,28.
Os leitores do Mosca sabem que eu tinha uma visão de alta do dólar há muito tempo. Em algumas apresentações, senti certo grau de ceticismo quando projetava níveis ao redor de R$ 7,00. Com a experiência, é possível identificar no semblante das pessoas o que provavelmente passa em suas cabeças: "Esse cara está louco". Mas os gráficos indicavam que essa seria a trajetória mais provável.
Toda vez que um ativo atinge uma máxima, ou passa um milestone,
os investidores são propensos a se posicionar na venda, uma reação natural de
quem não está posicionado. Considero isso uma atitude emocional, pois pode
haver uma retração temporária, mas, via de regra, o ativo continua a subir.
Outro fator que ocorre é a "adaptação" ao novo nível conforme os dias
passam. Por exemplo, hoje já não parece tão grave o nível de R$ 6,00 – no
primeiro dia foi um espanto, uma notícia digna de destaque no Jornal Nacional.
Naturalmente, eu não sabia que o governo iria tomar tantas
medidas fora do esperado – embora isso seja predominante nesta gestão. Porém,
os gráficos já apontavam nessa direção de alta, e os fundamentos corroboraram o
movimento. É interessante esse aspecto, pois a análise técnica, que nada mais é
do que a ação conjunta dos investidores, apontava nessa direção.
Eu fico mais tranquilo quando os gráficos estão de acordo
com os fundamentos. Meses atrás, quando o “carequinha” dizia que o Brasil era a
Suíça da América do Sul, eu enviei um convite para ele viver aqui e avaliar sua
afirmação – na época, projetava o dólar a R$ 4,50. Atualmente, um acontecimento
deu uma porta de saída: a política protecionista a ser adotada por Trump, que é
negativa para os países emergentes. Minha ideia é que economistas mudam de
opinião como eu mudo de camisa.
Não estou cantando vitória, afinal demorou muito para minha
tese se confirmar, e sei que a complacência leva ao prejuízo. Sendo assim, não
gostaria de ver o dólar abaixo de R$ 5,90, principalmente de R$ 5,83. Não vou
propor trades neste momento; vou aguardar uma melhor oportunidade."
O S&P500 fechou a 6.047, com alta de 0,25%; o USDBRL a R$ 6,0668, com alta de 1,58%; o EURUSD a € 1,0497, com queda de 0,73%; e o ouro a U$ 2.637, com queda de 0,61%.
Fique ligado!
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