A Alemanha não aguentou #EURUSD #ouro #gold

 


Esse é o décimo quarto post de previsões anuais e, sem pular um ano, quando o assunto é Europa, as previsões são ruins. Nem preciso publicar as razões do Mosca para essa má fase, pois, enquanto existir uma moeda única, o problema irá prevalecer. Mas, se permanece estável, o ser humano se acostuma. Porém, tudo indica que outros países que se encontravam bem começam a balançar. É o caso da França – esse nunca esteve tão bem assim – e, mais recentemente, a surpreendente Alemanha entrou no rol.

A Alemanha, tradicionalmente reconhecida por sua estabilidade política e força econômica, enfrenta atualmente uma série de desafios significativos que impactam diversos setores do país.

Em novembro de 2024, o governo de coalizão liderado pelo chanceler Olaf Scholz desintegrou-se após divergências internas, especialmente relacionadas à política econômica e orçamentária. A demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, resultou na retirada do Partido Liberal Democrático (FDP) da coalizão, deixando o governo sem maioria no Bundestag (parlamento alemão). Essa situação levou à convocação de eleições antecipadas para fevereiro de 2025, gerando um período de incerteza política no país.

A economia alemã, a maior da Europa, enfrenta uma série de dificuldades:

  • Recessão Técnica: Após uma contração de 0,3% no PIB em 2023, projeta-se uma nova queda de 0,2% para 2024, indicando uma recessão técnica.
  • Inflação Persistente: Embora tenha havido uma redução em relação ao ano anterior, a inflação permanece elevada, afetando o poder de compra dos consumidores e a competitividade das empresas.
  • Setor Industrial em Declínio: Empresas emblemáticas, como a Volkswagen, enfrentam desafios significativos, incluindo a possibilidade de fechamento de fábricas e demissões em massa, devido à concorrência internacional – leia-se China ‑ e à transição para tecnologias mais sustentáveis.

Esse país está em meio a uma ambiciosa transição energética, buscando reduzir sua dependência de combustíveis fósseis e aumentar a participação de fontes renováveis. No entanto, a implementação enfrenta obstáculos, como a necessidade de infraestrutura adequada, resistência de setores industriais e os altos custos de energia, exacerbados pela interrupção do fornecimento de gás russo após a invasão da Ucrânia.

O país também lida com questões demográficas, como o envelhecimento da população, que pressiona o sistema previdenciário e resulta em escassez de mão de obra qualificada.

A instabilidade política e econômica contribuiu para o crescimento de partidos populistas, como o Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, que tem ganhado espaço significativo no cenário político, refletindo a insatisfação de parcelas da população com as políticas tradicionais.

Precisa de mais problemas? A poderosa Alemanha, que segurava as pontas do resto da Europa, financiando os países mais fracos indiretamente através do ECB, fraquejou. Antes, o euro estava numa camisa de força: o que era bom para a Alemanha (euro forte) era ruim para o resto Itália etc. (euro fraco). Agora, está na mesma ponta: euro fraco para todos!

No post o-último-aluno-da-classe fiz os seguintes comentários sobre o euro: Área sem definição: enquanto o euro estiver dentro dessa faixa, não consigo descartar que a onda B azul ainda está em curso. Somente se ultrapassar € 1,1274 aumenta a chance da onda C azul estar em andamento.

Invalidation: Se o nível de € 1,04470 for violado, vou ter que refazer minha análise.”

 



A moeda única está numa situação crítica do ponto de vista técnico. A onda B citada acima, que era azul e agora é vermelha, deveria levar no mínimo a € 1,016 / € 0,98 – ou ainda pode terminar antes desses patamares. Depois, uma alta levaria a € 1,21 / € 1,23, para em seguida mergulhar ao redor de € 0,90.




Por outro lado, não posso descartar que a queda rumo ao nível mais baixo já esteja em andamento, sem nenhuma alta. O próximo ano irá desvendar em qual opção a moeda única se encontra.

No post fora-covid fiz os seguintes comentários sobre o ouro: “A onda 4 laranja terminou — Nesta situação, o ouro deveria ultrapassar a máxima de U$ 2.135 e, principalmente, U$ 2.240 para rumar para o alto, cujo objetivo final seria entre U$ 2.883 / U$ 2.958, que deveria acontecer próximo do final do próximo ano.”

 



O ouro deveria atingir a onda (5) vermelha durante o ano, quando o objetivo apontado acima seria atingindo. Depois de terminada, um período extenso se pode esperar com quedas significativas de preços. Não me arrisco na contagem de longo prazo, existem alguns trechos da alta que começou com o ouro a U$ 40 que me deixam em dúvida sobre o estágio em que ele se encontra. Vou trabalhar com o mais conservador, e, sob essa ótica, pode-se esperar algo entre U$ 1.600 (-40%) / U$ 1.700 (-45%). Mas ainda é muito cedo para adotar esse caminho. Por enquanto, o ouro não mostrou sinal de reversão.

 



Esse é o último post do ano. No dia 31, como de costume, apresento o resultado anual com o nono ano positivo – começo a ficar muito preocupado caso não consiga manter a trajetória –, mas enquanto não acontecer, vamos aproveitar. Em relação ao número de posts, estamos batendo as 900.000 visitas com 3.194 posts. Muito obrigado pela confiança.




O S&P500 fechou a 5.970, com queda de 1,11%; o USDBRL a R$ 6,1960, com alta de 0,22%; o RURUSD a € 1,0422, sem variação; e o ouro a U$ 2.615, com queda de 0,70%.

Fique ligado!

Comentários

  1. O sistema está falido a ponto de fascismo voltar a ficar popular desde a década de 30… Querem que o pobre pague de novo a conta, enquanto os empresários, que cada vez automatizam a produção, tenham mais poder político inclusive…

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