Argentina está em alerta
A publicação dos resultados de emprego revelou dados
dispares. A economia dos EUA criou 164 mil empregos, enquanto a taxa de
desemprego caiu para o nível mais baixo desde o final de 2000, sugerindo que os
trabalhadores disponíveis estão se tornando mais escassos em um mercado de trabalho
mais apertado. A taxa de desemprego, calculada a partir de uma pesquisa
separada das famílias, caiu para 3,9% de 4,1% no mês anterior, atingindo a taxa
mais baixa desde dezembro de 2000, perto do fim do boom tecnológico.
Mas intrigando a todos, os salários continuaram a crescer
lentamente, apesar da taxa de desemprego historicamente baixa. Os salários
subiram ao longo do mês em 2,6%, quando comparado ao ano anterior, o suficiente
para manter os salários um pouco acima dos aumentos no custo de vida.
Os Economistas pesquisados pelo Wall Street esperavam 175
mil novos empregos em abril e uma queda na taxa de desemprego para 4%.
Mas o relatório diz que a expansão está se deparando com um
novo obstáculo: poucos trabalhadores disponíveis.
Os empregadores aumentaram a contratação na primavera - uma
média de 208 mil empregos nos últimos três meses, bem acima da média mensal do
ano passado de 182 mil. Essa queda pode ser uma consequência de poucos
trabalhadores disponíveis para contratação ou uma menor oferta de empregos.
Porém, a força de trabalho civil - composta de americanos com empregos ou
procurando ativamente pelo trabalho - diminuiu 236 mil no mês passado, fazendo
com que a participation rate
retrocedesse para 62,8%.
Uma medida separada de desemprego mostra que o mercado de
trabalho pode não estar tão forte quanto a taxa de desemprego implica. Essa
medida - que leva em conta os trabalhadores de meio período e os trabalhadores
muito desestimulados a procurar trabalho - caiu para 7,8% em abril, ante 8% em
março. A título informativo, em dezembro de 2000, a medida mais ampla foi de
6,9%.
A análise dos dados não leva a conclusões claras, existe
margem para interpretações tanto para um lado, como para o outro. O impacto
sobre os mercados foi neutro.
O banco central argentino parece que mudou de tática, para
combater a queda da sua moeda, observada nos últimos meses. Até então estava
intervindo no mercado de câmbio vendendo dólares, porém não obteve sucesso.
A estratégia de vender moeda estrangeira para segurar as
cotações é perigosa, pois o volume vendido passa a ser uma arma contra a
própria autoridade monetária. Se a venda não for suficiente para acalmar os
ânimos, a cada dólar a menos nas reservas aumenta as chances de os
especuladores ganharem mais. E isso acabou acontecendo no país vizinho.
O banco central argentino se apercebeu que caso continuasse
a vender dólares, poderia colocar em risco a economia. Seu objetivo inicial era
não sofrer o impacto inflacionário pela queda da moeda. Mas não funcionou,
resolveu então usar as taxas de juros. Somente nessa última semana, subiu os
juros, de acordo com a tabela abaixo.
27/04 - +300bps para 30.25%
03/05 - +300bps para 33.25%
04/05 - +675bps para 40.00%
É isso mesmo, os juros estão por lá em astronômicos 40% a.a.
Em algum momento aplicar em pesos será uma boa alternativa,
pois usando os juros, em a moeda deve parar de cair. Naturalmente, estou
levando as condições atuais da Argentina, pois se isso fosse feito na Venezuela
de nada adiantaria.
Como curiosidade, vejam qual era a popularidade do Obama
quando deixou a presidência e a de Trump agora, considerando o grau de
instrução dos americanos. Não é necessário nem um comentário, pois fica claro
que o presidente atual governa para outro público, que estava muito
insatisfeito com o governo Obama.
No post tempos-estranhos, fiz os seguintes comentários
obre os juros de 10 anos: ...” chegou a
hora de tomar cuidado e elevar os stoploss. Como anotei abaixo, existem 2
pontos onde pode haver uma reversão, o primeiro é ao redor de 3,0% e o outro a
3,3%” ... ...” Vamos elevar o stoploss para 2,90%, realizar metade da posição
caso atinja 3,07%, e o restante continuar” .... Não aconteceu nem uma coisa
nem outra. Os juros se encontram agora a 2,93%.
Os leitores do Mosca são
testemunhas, nunca disse que seria fácil romper a marca dos 3%. No gráfico a
seguir, se encontra uma visão de mais longo prazo.
Nós saberemos dentro em breve se os juros está se
consolidando para preparar um novo avanço, ou se vai retroceder. Minha
expectativa é a primeira opção, mas deixei instruções caso aconteça o segundo.
Neste momento, não tenho nenhuma evidencia maior para onde os juros irão
pender. Let´s the market speak!
O SP500 fechou a 2.663, com alta de 1,28%; o USDBRL a R$
3,5224, com queda de 0,15%; o EURUSD a € 1,1955, com queda de 0,27%; e o ouro
a U$ 1.314, com alta de 0,23%.
Fique ligado!
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