De cabeça para baixo
Nesta semana foi publicado a inflação nos EUA, segundo o
índice PCE que o FED usa para estabelecer sua política monetária. O nível
atingindo foi de 2% a.a., e agora, está de acordo com o seu objetivo traçado.
Nos meus velhos tempos, os BCs tinham como meta atingir um
nível de inflação, mas vindo de níveis mais elevados. Agora as coisas mudaram,
como o Emoji ao lado que vê o mundo de cabeça para baixo.
A inflação atingiu um marco importante para o FED, a ser
analisado em sua reunião de política monetária terminada a pouco. Esse resultado,
evidência que, a longa expansão econômica, está florescendo sobre os preços ao
consumidor. A inflação está agora acima da mediana das projeções dos membros do
FED, colocada em sua reunião de março, que indicou em 1,9% até o final deste
ano.
Fabricantes de tudo, de notas adesivas, tintas domésticas e
máquinas de lavar roupa, estão sinalizando que planejam elevar os preços para
compensar o aumento nos preços do aço, petróleo e outros insumos, em meio à
pressão dos custos mais altos, de mão-de-obra e transporte.
"Para o ano, esperamos que o crescimento dos preços
permaneça forte e que mais do que compensará a inflação de
matérias-primas", disse o vice-presidente financeiro da 3M, Nick Gangestad.
O índice PCE ficou estável no mês de fevereiro, graças em
parte ao declínio do petróleo. Mas os preços mostram alguns sinais de elevação
fora desse setor volátil. Excluindo os custos com alimentação e energia, o índice
subiu 0,2% em março, ante fevereiro, e uma alta de 1,9%, em relação ao ano
anterior.
Vários fatores estão apontando para uma recuperação
sustentada da inflação nos próximos meses. Um dólar fraco e tarifas comerciais
poderiam elevar os preços dos produtos importados. Enquanto isso, o baixo
desemprego poderia pressionar modestamente os salários. Os gastos do consumidor
também podem melhorar, já que as famílias acreditam que o impacto do pacote de
corte de impostos de U$ 1,5 trilhão, promulgado em dezembro, poderão impulsionar
as vendas.
A inflação abrandou no ano passado, em parte porque os
provedores de serviços de telefonia móvel reduziram os preços. Agora, isso
passou pelo sistema e Steven Blitz, economista-chefe dos EUA na TS Lombard,
disse que "o grande susto de desinflação de 2017 parece ter
terminado".
No próximo gráfico, é possível verificar como a inflação vem
ganhando impulso. As linhas em azul, da mais escura para a mais clara, são
calculadas com janelas, anuais, semestrais e trimestrais. Nota-se claramente a
alta de preços mais recentes, bem como das distorções ocorridas, conforme
mencionado acima.
No post o-ovo-ou-galinha-ou-ambos, fiz os seguintes comentários
sobre o dólar: ...” meu objetivo inicial
é entre R$ 3,47 – R$ 3,49, onde devermos observar se haverá uma reversão ou
continuidade desse movimento” .... Com uma visão de mais longo prazo veja
as anotações que fiz: ... ...” Se por
acaso não houver essa reversão e o dólar continuar subindo, anotei no gráfico
acima, os dois próximos níveis - R$ 3,65 e R$ 3,80. Acima de R$ 3,80 as coisas
começam a se complicar bastante, pois a chance de ultrapassar R$ 4,25 se eleva.
Tudo vai depender do shape dessa alta” ...
Observando mais no curto prazo, anotei no gráfico a seguir,
aonde poderia haver essa reversão. Notem que acima de R$ 3,57, marquei um
intervalo, que compreende entre R$ 3,65 a R$ 3,70. O motivo é que nessa região
existe algumas confluências, denotando uma probabilidade maior.
Quero frisar que, quanto mais o dólar sobe sem dar um
respiro, mais aumentam as chances de estar entrando num novo movimento de alta
mais consistente, destruindo minha ideia que ainda estamos numa correção. E
olha, e assumindo isso sem ficar vermelho. O que é melhor, e não ser teimoso,
pois esse estado culmina em perda de dinheiro.
Mas por enquanto ainda trabalho com a correção. Porém, que
não passe nem na cabeça do meu amigo de vender o dólar agora, nem tampouco
comprar. Eu poderia ter sugerido a compra de dólares anteriormente, o que
cheguei até a comentar, mas recordo que estava com a posição do Ibovespa, que
era grande na época.
O SP500 fechou a 2.635, com queda de 0,72%; o USDBRL a R$ 3,5495,
com alta de 0,77%; o EURUSD a U$ 1,1944, com queda de 0,41%; e o ouro a U$
1.304, sem variação.
Fique ligado!
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