Bitcoin: Próximo ao recorde mundial



Para que ainda acredita na cripto moedas e somente leu a chamada do Mosca, pode ter ficado animado. Mas, como diz um assíduo leitor, lamento! Na verdade, o título não é bem por esse motivo, mas sim, porque o bitcoin está próximo de ser considerado a maior bolha da história. Ever!

Se acabar acontecendo, todos nós seremos testemunhas da incrível mania criada sobre essa e outras moedas digitais, e servirá como experiência a todos de como uma bolha acontece, e como é difícil de prever a partir de quando começa a queda.

- Boa David, essa você acertou, vamos vender a descoberto?
Calma meu amigo, eu disse estamos próximos, mas o bitcoin terá que sofrer ainda alguma retração em seu preço. Mas mesmo assim, entre a máxima de U$ 20 mil e a mínima de U$ 6 mil ocorreu uma queda de 70%, já merece no mínimo uma medalha de bronze! Hahaha ...



Eu marquei no gráfico dois níveis importantes do ponto de vista técnico: se casualmente o bitcoin ganhar terreno e ultrapassar U$ 11.500, o processo fica postergado por um tempo. Caindo abaixo de U$ 6.500 e principalmente U$ 6.000, deverá caminhar mais rapidamente para os níveis esperados de estabilização de uma bolha, que é observado entre 10% a 20% do preço máximo, que nesse caso, seria entre U$ 4.000 e U$ 2.000.

O bitcoin é negociado agora ao redor de U$ 8.700 ainda distante de ambos os níveis. Tudo indica que caminha para romper o de baixo. Mas quem sabe o que vai acontecer. Uma coisa é certa, o bitcoin ultimamente só desperta interesse quando se aproxima de um nível crítico, e por enquanto só para baixo. Sem “gasolina” para fazer crescer os preços, os detentores vão pouco a pouco perdendo a esperança.

A Argentina continua fazendo notícias, com sua moeda em queda livre, está sentindo na pele o que um erro de política monetária pode ocasionar quando as reservas não são suficientes, ou o plano econômico implantado não é convincente. Os efeitos que se sentem hoje é reflexo de anos de má gestão da sua ex-Presidente Cristian Kirchner, grande amiga da Dilma e seus seguidores. A ajuda pedida ao FMI foi tímida em meu entender, pois até que seja aprovada, o peso poderá continuar sem piso. Também não acredito que está tudo um desastre por lá, a alta do câmbio agregado aos preços atrativos da commodities poderá propiciar uma boa oportunidade mais à frente.

 Além da Argentina, outro pais que está na mira dos especuladores é a Turquia. O mapa a seguir, mostra a vulnerabilidade dos países emergentes em relação ao volume de reservas detidos por cada um deles.



As condições mundiais não são favoráveis aos países emergentes. De uma forma geral as três altas: dólar, juros e petróleo, é uma trinca de Ases nas mãos do mercado para apostar contra. Tudo isso, vai de encontro numa mesa que, já tinha muitas fichas apostadas, através dos elevados volumes de empréstimos a taxas baixas, contratadas por esses países.


No post folego-para-o-BCE, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” notem que acima de R$ 3,57, marquei um intervalo, que compreende entre R$ 3,65 a R$ 3,70. O motivo é que nessa região existe algumas confluências, denotando uma probabilidade maior” ... ...” quanto mais o dólar sobe sem dar um respiro, mais aumentam as chances de estar entrando num novo movimento de alta mais consistente, destruindo minha ideia que ainda estamos numa correção”...


E não tem o que reclamar para quem está comprado em dólar. Desde início de março, o dólar subiu 13%. Entretanto, para quem é leitor do Mosca não deve estar surpreso, pois como frisei diversas vezes, o fato do dólar ter ficado contido num intervalo bastante restrito por praticamente dois anos, quando do seu rompimento, o movimento deveria se forte.

Existe uma razão lógica, os investidores, especuladores e as pessoas, se acostumam aquele intervalo, e uma falsa impressão de estabilidade passa a ser assumida como verdadeira. Mas nada é estável indefinidamente, ainda mais no câmbio.

No gráfico a seguir coloquei o limite que aceito sem problemas, considerando que ainda estarmos numa correção, onde o próximo movimento mais importante seria de queda do dólar. Mas, como apontado, acima de R$ 3,80 as coisas ficam mais perigosas. 

Se a Argentina e Turquia continuar piorando, a trinca de Azes prevalecendo sobre as “cartas” dos outros países, pode ser que, uma onda de contagio nos atinja. Isso é uma evidencia para os analistas que estavam focando nas eleições, perceberem que o mundo de hoje é mais complexo e interdependente. A evolução das eleições daqui em diante, só pode ser igual ou pior, mesmo que Alkmin esteja com 50% dos votos.

O SP500 fechou a 2.730, sem alteração; o USDBRL a R$ 3,6205, com alta de 0,58%; o EURUSD a 1,1932, sem variação; e o ouro a U$ 1.313, com queda de 0,34%.

Fique ligado!

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