Emergentes sem descanso



Os mercados emergentes encontram-se sob forte pressão por parte dos investidores. As quedas nas bolsas e moedas aconteceram de forma mais intensa a partir de maio, e ainda não estão dando mostra de recuo. Nenhum país está ileso, pois as dívidas contraídas em moeda estrangeira por foram feitas com muita facilidade durante a bonança de liquidez vivida nos últimos anos.

Depois de uma decadência de empréstimos de governos e empresas, os títulos denominados em dólar nas economias em desenvolvimento estão sob pressão crescente à medida que as taxas de juros dos EUA sobem, as tensões sobre o comércio aumentam e a moeda americana se fortalece.

O rendimento médio dos títulos denominados em dólar nos mercados emergentes globalmente subiu para 4,7%, ante 3,7% no início do ano, segundo dados do índice Bloomberg Barclays. Os rendimentos dos títulos sobem à medida que seus preços caem. Nos mercados emergentes da Ásia, entre os maiores emissores de títulos em dólar, os rendimentos estão agora em seus níveis mais elevados em quase cinco anos.

Essa alta é significativa no custo de financiamento para os países em desenvolvimento, que têm U$ 2 trilhões em títulos denominados em dólares - um número que triplicou nos últimos 10 anos - de acordo com o Bank for International Settlements.

A venda desses títulos no mercado coincidiu com tensões crescentes em outras classes de ativos, com os investidores se queixando das crescentes conflitos comerciais entre os EUA e a China.


O dilema agora enfrentado pelos formuladores de políticas em países menos desenvolvidos é tentar buscar manter o ritmo com o Federal Reserve, que está em vias de aumentar as taxas de juros quatro vezes este ano. Juros mais elevados poderiam ajudar a conter as saídas de capital dos mercados emergentes: o perigo é que tais movimentos possam prejudicar o crescimento doméstico.

Na sexta-feira, o banco central da Indonésia elevou sua taxa básica de juros em 0,5 %, para 5,25%, o terceiro movimento em apenas seis semanas. A nação do sudeste da Ásia está entre os mercados emergentes mais expostos a investidores estrangeiros, que juntos detêm cerca de 40% dos títulos de dívida do governo.

Após a crise financeira global, as taxas de juros baixas nos EUA ajudaram empresas e governos de mercados emergentes, em lugares como a Indonésia, a acessar bilhões de dólares de financiamento a um custo relativamente baixo. Embora os rendimentos dos títulos de mercados emergentes possam ter sido baixos para os padrões históricos, eles ainda eram atraentes para investidores presos em mercados desenvolvidos de baixo rendimento.

A situação mudou agora. O Fundo Monetário Internacional estima que o efeito dos aumentos das taxas e das vendas de títulos por parte dos EUA neste ano e no próximo ano, poderá reduzir os influxos nos mercados emergentes em cerca de U$ 70 bilhões - uma recuperação dos U$ 260 bilhões que flui para essas economias desde 2010, como resultado da Políticas anteriores do Fed.

Com certeza, alguns investidores dizem que a recente queda dos títulos foi exagerada.

"Não achamos que esse seja um preço preciso dos fundamentos dos mercados emergentes", disse Mark Baker, gerente de investimentos da Aberdeen Standard Investments. "Não é como 2013, quando os grandes países estavam com déficits em conta corrente.

Uma grande parte do crescimento explosivo dos mercados de títulos nos mercados emergentes, na década passada, deve-se às empresas que mudaram para emitir tais dívidas em vez de tomar empréstimos dos bancos, disse Baker - o que significa que o aumento geral dos empréstimos pode não ser tão dramático quanto parece.

A estrutura do mercado de títulos também mudou de uma maneira a deixar os emissores de mercados emergentes um pouco menos em risco de ter que pagar grandes volumes de empréstimos em um curto período de tempo. Há uma década, 10% dos bônus dos mercados emergentes venciam em um ano, segundo o Bank for International Settlements. Esse número caiu agora para 6,5%.

Uma mudança recente é que os títulos em dólar, dos países asiáticos se tornaram mais uma preocupação, especialmente aqueles emitidos por empresas chinesas. O mercado anteriormente, entre 2014 e 2016, era centrado em países como Rússia, Brasil e Colômbia.

Pela primeira vez, desde pelo menos 2010, as taxas de inadimplência entre as obrigações asiáticas de alto rendimento são maiores do que na América Latina, no Oriente Médio e na África. As falências de títulos corporativos chineses aumentaram este ano, à medida que Pequim tenta reduzir a alavancagem da economia.


"Não achamos que isso vá ser uma explosão em grande escala, ou que haja uma enorme inadimplência", disse Talwar. "Mas a demanda por essas classes de ativos desacelerou, as empresas talvez não tenham a garantia implícita [do governo] que foi presumida pelos investidores".

Em situações como essa, países que estão mais vulneráveis tendem a sofrer o maior impacto. O peso argentino é um caso típico, onde a situação de sua balança de pagamentos é delicada, ocasionando uma onda de vendas expressivas. O gráfico a seguir mostra o colapso ocorrido neste período da moeda, com uma queda de 30%.
A desclassificação da seleção argentina pelo alegre futebol apresentado pela França, coloca esse país, nessa segunda-feira, de frente a seu principal problema, a de estancar a saída de recursos do país. E nem contem com o Messi!

No post o-futuro-dos-jovens, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” A proposta é a venda de dólar a R$ 3,86 com um stoploss a R$ 3,92, onde buscaríamos um objetivo inicial ao redor de R$ 3,65. Gostaria de enfatizar que essa posição deve ter a ½ do tamanho normal, por se tratar de um trade contra a tendência de médio prazo” ...

Eu apontei em verde no gráfico acima, o argumento técnico para essa venda. O shape é de uma correção, para os entendidos em Elliot Wave, uma onda b. Mas posso estar engando, pois existe uma outra possibilidade também, que indicaria novas altas. Naturalmente considero a primeira mais provável.

Mas caso esteja errado, a área apontada em vermelho, entre R$ 3,91 a R$ 3,97, passa a ser crucial, onde a segunda opção ganha mais força. E caso ultrapasse firmemente R$ 3,97, o próximo nível seria de R$ 4,03, que se ultrapassado apontaria para R$ 4,25.

Agora, vamos assistir o jogo. Vencemos, é o grande mérito hoje foi para o Tite. Vocês como eu, devem ter ficado apreensivos nos primeiros 30 minutos, quando o México veio para cima. Para mim foi aí que o treinador fez a diferença, deixou o time adversário se cansar, sem nervosismo, com consciência. A partir daí o jogo ficou fácil, basta ver a quantidade de chutes a gols de cada equipe.  Vamos Brassssssssssssil!
O SP500 fechou a 2.726, com alta de 0,31%; o USDBRL a R$ 3,9102, com alta de 0,89%; o EURUSD a 1,1638, com queda de 0,39%; e o ouro a U$ 1.241, com queda de 0,85%.

Fique ligado!

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