Estão vendo fantasma?



Amanhã será publicado o resultado do PIB americano para o 2º trimestre de 2018. AS projeções apontam para um resultado esplendido. Como se pode notar nas expectativas do banco Morgan Stanley que projeta 4,7%, dois são os motivos para esse resultado: o aumento das exportações, principalmente a soja por conta da ameaça de imposição de tarifas pelos europeus (o que ontem foi amenizado pelo acordo anunciado entre americanos e europeus); e a queda dos impostos que impulsionaram o consumo.


Mas as expectativas para o futuro estão cobertas de dúvidas. Nunca notei tantos artigos calculando os efeitos que uma guerra comercial poderá ocasionar nas economias. A pesquisa realizada periodicamente pelo Wall Street Journal com economistas, não deixa dúvidas sobre a insegurança reinante afetando o PIB.


Os últimos dados do mercado imobiliário mostram uma desaceleração nas unidades vendidas bem como uma queda dos preços. Sabe-se que os chineses foram grandes compradores de imóveis nesse país. Porém nos últimos meses houve uma expressiva desaceleração desse grupo, conforme o gráfico a seguir, contendo os investimentos feitos pelos chineses nos EUA. Será que estão com receio de retaliações?

A consulta a 5.000 famílias sobre suas intenções de consumo, e considerando o elevado peso dessa componente no PIB, esse passa a ser um bom indicador do PIB futuro.


Mesmo o Deutsche Bank, que tem expressado elevado otimismo na economia americana, parece mais preocupado agora. O quadro global a seguir, aponta suas dúvidas sobre o futuro da economia mundial, em cada região. Notem que, no curto prazo, continuam otimistas, porém seus receios estão fortemente embasados numa possível guerra comercial.


Um outro debate que se observa entre os economistas é a extensão desta recuperação contada a partir saída da recessão em 2008. Sobre esse ponto, o banco Credit Suisse acredita que a lenta recuperação desse ciclo, quando comparada as outras, não é um fator que indique uma recessão, conforme a última linha da tabela abaixo.


A verdade é que a economia global se encontra numa encruzilhada, se o Trump não tivesse inventado essa paranoica perseguição comercial, as previsões dos economistas seriam positivas para o crescimento mundial, ficaria a dúvida sobre a extensão ou não desse ciclo.

Mas essa ideia está sob risco dependendo de como transcorrer esses embates comerciais. Por outro lado, a atitude de ontem, quando houve o anúncio de acordo com a Europa, deixa dúvida se, a forma com Trump vem conduzindo esse assunto é uma estratégia para obter o máximo de retorno, sem provocar o descarrilamento da economia. Só saberemos no tempo.

As bolsas de valores, principalmente a americana, está trabalhando mais com a hipótese que Trump não seria louco de jogar gasolina no fogo, tanto é verdade, que ontem após o anuncio o SP500 teve um bom impulso no final das negociações. O que estragou um pouco a festa foi o resultado publicado pelo Facebook que decepcionaram. Suas ações estão em queda de 20%.

Mario Draghi realizou hoje mais uma reunião do ECB. Nada mudou, vai continuar comprando títulos para sua carteira até o final de 2018 – últimos restos da era dos helicópteros! Além disso, permanece as mesmas taxas de juros negativas, até no mínimo, o verão do hemisfério Norte em 2019. Veja a seguir um gráfico com as taxas praticadas pelos vários bancos centrais europeus. Este gráfico está de cabeça para baixo? Hahaha ...


No post quando-tamanho-é-documento, fiz os seguintes comentários sobre o euro: ...” propus dois trades do qual um exclui o outro se atingindo.1) vender euro a € 1,185 com stoploss € 1,1980, desde que, não negocie antes disso abaixo de € 1, 1505. 2)  vender euro a € 1,1500 com stoploss a € 1,1650” ... ...” Como o intervalo para execução do trade é bastante curto, em situações como essa, se deve acompanhar o mercado com uma visão de mais curto prazo” ... ...” Como se pode notar nenhuma dos dois limites foi atingido. Ao observar o gráfico, eu poderia fazer inúmeras hipóteses que justificariam uma ação antes desses limites serem atingidos” ...

Como comentei, esse é um trade onde se deve acompanhar o mercado com um gráfico de curto prazo. Passados 10 dias desde essa última publicação, era razoável supor que, ou já tivéssemos sido executados, ou estaríamos próximo disso. Observem a seguir o gráfico mais atualizado.

No dia 17/10 o euro fechou a 1,1690 e agora se encontra a 1,1690, nesse meio tempo foi e voltou várias vezes nesse intervalo curto. Nada fez a moeda única variar nesse período: Ameaça ao Irã; possível tarifa sobre U$ 500 bilhões das exportações da China aos EUA; a situação com a Europa, na guerra comercial, estava por um triz de acontecer; e Lula quase foi solto – Opa, esse assunto não tem a menor relevância! Hahaha .... Nada disso importou.

Mas não percam as esperanças, em algum momento esse trade será executado, ou pelo “bom” preço 1,1850, ou pelo “mal” preço 1,1550. Como se diz em linguagem coloquial: Fica frio!

Vou aproveitar para elevar o stoploss do trade de dólar contra o real. Nesses últimos dias o dólar caiu, levando suas cotações próximas ao nível que gostaria de liquidar a posição – R$ 3,66. O novo stoploss é de R$ 3,81.

O SP500 fechou a 2.837, com queda de 0,30%; o USDBRL a R$ 3,7456, com alta de 1,57%; o EURUSD a 1,1645, com queda de 0,72%; e o ouro a U$ 1.222, com queda de 0,70%.

Fique ligado!

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