Esse é o Putin!
Por mais que Trump tenta se sobressair como líder mundial,
seu mais novo parceiro Vladimir Putin é muito mais astuto. Com uma postura
totalmente distinta colocou a Rússia como um pivô entre os EUA e a China, ora
pendendo para um lado, ora para outro. E diga-se que, permanece na moita!
Entre abril e maio, a Rússia vendeu US$ 81 bilhões em
títulos do governo americano, liquidando toda sua posição nesse ativo. Um fluxo
que provavelmente foi responsável por muito, se não por toda, a alta dos juros
nesses títulos.
Em 2010, a Rússia estava entre os 10 maiores detentores de
títulos do Tesouro dos EUA, detendo o volume de US$ 176 bilhões. Com suas
participações caindo para US$ 15 bilhões em maio, o país está agora abaixo do
limite de US$ 30 bilhões para inclusão no relatório mensal do Departamento do
Tesouro dos principais detentores. Na terça-feira, o Tesouro divulgou uma lista
de 33 países que inclui a maior detentora da China para o menor Chile. A Rússia
não está mais na lista.
No entanto, isso deixou duas questões - por que a Rússia
estava liquidando esses papeis, e o que faria com todos os fundos obtidos da
liquidação dos títulos americanos?
A chefe do Banco Central da Rússia (CBR), Elvira Nabiullina,
explicou que a venda da posição, resultou da avaliação sistemática de todos os
tipos de riscos, incluindo financeiro, econômico e geopolítico.
Enquanto isso, os estoques de ouro da Rússia têm aumentado
constantemente - por 39 meses consecutivos -, levando sua parte do metal
precioso ao seu nível mais alto em quase duas décadas.
Conflitos geopolíticos globais, juntamente com as tensões
comerciais desencadeadas pelos EUA no início deste ano, fizeram alguns países
seguirem o exemplo. A Turquia reduziu quase pela metade sua participação do
Tesouro dos EUA de US$ 62 bilhões em novembro para US$ 32 bilhões em maio. A
Alemanha reduziu suas participações de US$ 86 bilhões em abril para US$ 78
bilhões em maio.
E enquanto a Rússia e outros estavam ocupados comprando ouro
físico, os especuladores estavam reduzindo suas posições líquidas para o menor
desde janeiro de 2016. Os fundos de hedge e outros grandes especuladores
aumentaram suas apostas sobre o declínio do preço do ouro para o maior nível
desde pelo menos 2006, na semana até 17 de julho.
Mas o fato de se encontrar na posição inversa do mercado,
Putin não deve estar nem um pouco preocupado, seu objetivo é muito diferente,
busca autonomia sobre suas reservas e não quer depender do título americano.
Afinal: amigos, amigos, negócios a parte!
A ilustração a seguir elaborada pelo Deutsche Bank mostra a
dependência de diversos países em relação aos detentores de sua dívida. No caso
dos EUA, a dependência por compradores externos oficiais não é significativa,
representando um pouco mais de 20%.
Lógico que, se todos venderem ao mesmo tempo o impacto nos
juros desses papeis seria importante. Como o maior detentor é a China, essa é
uma arma que esse país tem contra as loucuras de Trump. Mas o que eles fariam
com os recursos da venda, comprariam ouro como a Rússia? Levariam os preços
para o céu, e depois nunca mias poderiam sair dessa posição, por falta de
liquidez, para volumes tão expressivos.
Como comentei na semana anterior, no momento o mais
eficiente para a China neste momento, é desvalorizar sua moeda. O programa
continua em curso. Veja a seguir a evolução da moeda chinesa, que se mantém em
queda constante desde abril.
No post recessão-em-2019, fiz os seguintes comentários
sobre o SP500: ...”
o triangulo que eu estava aguardando pode ter sido mais “apressadinho”, conforme
anotado no gráfico abaixo. Saberemos com mais certeza, se o nível de 2.820 for
ultrapassado. Se isso acontecer vamos as compras! ” ... ...” se notícias ruins
não são suficientes para fazer o mercado cair, quando essas notícias terminam o
mercado sobe” ...
No gráfico a seguir, com uma visão de médio prazo, se observa
que a bolsa está buscando romper o nível aonde um movimento de alta poderá
estar iniciando. Para tanto, é necessário que 2.870 seja ultrapassado.
Na verdade, eu deveria esperar uma confirmação mais evidente
para me envolver numa compra, porém outros indicadores me fornecem mais
indicações que a chance maior é de alta. Sendo assim, vou arriscar uma compra
nos níveis atuais, com um stoploss bastante curto ao nível de 2.770.
O SP500 fechou a 2.820, com alta de 0,47%; o USDBRL a R$
3,7435, com queda de 1,02%; o EURUSD a € 1,1684, sem variação; e o ouro a U$
1.225, sem variação.
Fique ligado!
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