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Um dos vários fatores que deixam os economistas sem resposta é a queda da produtividade nas principais economias. Com novas tecnologias surgindo por todos os lados, dos robôs ao uso intensivo da inteligência artificial, como é possível esse indicador ser negativo?

Mas um estudo elaborado por alguns economistas, publicado no Wall Street Journal, podem ter desvendado a forma mais correta de analisar esse indicador.

Desde a revolução industrial, grandes inovações trafegaram rapidamente de empresa para empresa e de indústria para indústria, num fenômeno impulsionador da economia chamado difusão.

Hoje, há evidências crescentes de que esse mecanismo de crescimento parece estar falhando, um fenômeno que, segundo alguns economistas, ajuda a explicar a desaceleração do crescimento da produtividade nas economias desenvolvidas.

A produtividade, geralmente medida como a produção por hora ou por trabalhador, refere-se à eficiência com que os bens e serviços são produzidos em uma economia. Aumentar a produtividade - elevar a quantidade de bens e serviços produzidos por cada trabalhador - é um dos mais importantes impulsionadores de longo prazo para a elevação dos padrões de vida.

Ultimamente, os economistas descobriram um fenômeno inquietante: enquanto as principais empresas estão se tornando mais produtivas, os ganhos estão estagnados para todas as outras. E a diferença entre os dois está aumentando, com a globalização e a nova tecnologia oferecendo recompensas enormes aos titãs da economia global.


Os males da produtividade podem, em última instância, prejudicar os padrões de vida, e qualquer diferença entre as empresas mais importantes, e as demais, pode exacerbar as disparidades de renda e riqueza.

Então, o que está errado com a disseminação da inovação?

Na Suécia, uma das maiores empresas de construção do mundo, a Skanska AB, tem uma parceria com a gigante dos móveis IKEA, que trouxe ideias inovadoras para a construção de casas a preços acessíveis. O empreendimento, chamado BoKlok, depende muito de robôs para construir salas prontas dentro de uma fábrica. Em seguida, desenvolveram uma sistemática de construção em todo o norte da Europa, cujos quartos que são montados como casas de Lego.



Skanska diz que o processo reduz pela metade, nove meses, o tempo que leva para subir e mobiliar um prédio de apartamentos de quatro andares, os custos foram reduzidos em 35%. A fábrica de Gullringen produz anualmente 1.200 casas a preços acessíveis e está preparada para aumentar a capacidade em 50%.


O projeto mostra como as grandes empresas podem explorar as economias de escala oferecidas pela nova tecnologia e pelos mercados globais. Empresas com mais pedidos podem suportar melhor os investimentos iniciais, porque cada nova unidade produzida será mais barata.

A três horas de distância, uma pequena empresa de construção sueca concentrada no mercado doméstico também tentou industrializar a produção há alguns anos. A NCCAB, não conseguiu fazer funcionar e a fábrica foi desativada.

Desde a crise financeira de 2008, a produtividade dos EUA cresceu cerca de 1,2% ao ano. Isso é metade da taxa que registrou na década de 1970 e cerca de um terço do que era nas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial, uma vez ajustado para eliminar os efeitos temporários de booms e colapsos econômicos. O Japão e a Europa - especialmente o Reino Unido e a Itália - se saíram ainda pior.


Pesquisadores culparam a desaceleração da produtividade numa série de fatores, incluindo taxas de juros ultrabaixas, erro na projeção da produção em um mundo digital e um declínio nas proezas inovadoras da humanidade. A maioria das teorias parece não explicar o quebra-cabeça inteiro.

Os pesquisadores agora estão se concentrando na difusão. De acordo com dados sobre economias avançadas da OCDE, os 5% mais produtivos de fabricantes aumentaram sua produtividade em 33% entre 2001 e 2013, enquanto os líderes de produtividade em serviços aumentaram em 44%.

No mesmo período, todos os outros fabricantes conseguiram melhorar a produtividade em apenas 7%, enquanto outros provedores de serviços registraram apenas um aumento de 5%.


"Os retardatários estão ficando cada vez mais para trás", diz Dan Andrews, o economista que liderou a pesquisa da OCDE sobre difusão.

A bifurcação da economia global tem consequências no bolso para os trabalhadores comuns. O Departamento Nacional de Pesquisas Econômicas descobriu que quase todo o aumento da desigualdade salarial nos EUA desde 1978 advém da disparidade salarial entre trabalhadores de diferentes empresas. As diferenças salariais dentro das empresas permaneceram praticamente inalteradas.

A disparidade de produtividade remonta a antes da crise financeira. A McKinsey, revelou que, um quarto do crescimento da produtividade nos EUA, entre 1995 e 2000, foi impulsionado pelos varejistas, com quase um sexto disso por uma única empresa, a Walmart.

Atualmente, os varejistas estão sob ameaça de concorrentes on-line, como a Amazon, estimulando uma nova corrida de produtividade no topo. Em maio, a Kroger Co., a maior cadeia de supermercados dos EUA, aumentou sua participação no mercado britânico de alta tecnologia Ocado Group PLC. Dentro de três anos, a Kroger poderá usar os robôs da Ocado para operar 20 armazéns automatizados.

Os dados mostram que as empresas mais produtivas são geralmente as maiores. A globalização permitiu que eles crescessem, dando a algumas empresas especializadas de nicho um mercado grande o suficiente para ter sucesso.

Para titãs digitais como Amazon, Google e Facebook, os benefícios da escala são substanciais. Seus clientes não apenas não são limitados pela geografia, mas sempre que mais vendedores se inscrevem na plataforma da Amazon, ou mais usuários participam da rede social do Facebook, o serviço que eles oferecem é mais valioso para todos os outros.

Outra vantagem: os pesquisadores descobriram que as empresas maiores são melhores em proteger suas vantagens tecnológicas ao patentear. Apenas 25 empresas responderam por metade de todas as patentes relacionadas à tecnologia registradas no Escritório Europeu de Patentes entre 2011 e 2016.

A escala possibilita a experimentação de tecnologia avançada que está fora do alcance de muitas empresas. Um relatório separado da McKinsey, publicado em abril, revelou que os primeiros adeptos da inteligência artificial podem já ter ganho "uma vantagem insuperável" nos lucros sobre os concorrentes que ainda não deram o salto.

Os ganhos no topo têm sido o principal motor da produtividade desde os dias da revolução industrial, e toda a economia se beneficiou. O que é diferente agora?

Alguns economistas dizem que pode ser que os bons gerentes estão empregados em empresas de primeira linha - atraídas pela remuneração maior oferecido por multinacionais - e os retardatários precisam se recuperar. De acordo com a World Management Survey, as empresas menores são consistentemente piores e são responsáveis ​​pela maioria das diferenças de gestão entre os países.

Há uma "falta de autoconsciência entre muitas empresas", diz John Van Reenen, professor de economia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. “Alguns acham que são incríveis. Mas eles estão realmente indo muito mal ”.

Alguns esforços públicos e privados para reverter isso estão ocorrendo na Grã-Bretanha, onde a produtividade se tornou uma batata quente política depois de uma década de fraco crescimento. A produção por hora trabalhada é 23% e 26% menor do que nos EUA e na Alemanha, respectivamente.

Uma grande fatia do crescimento da produtividade vem da automação, mas alguns economistas alertam que é uma faca de dois gumes. Enquanto algumas empresas se tornam mais produtivas substituindo máquinas por trabalhadores, não há garantia de que os trabalhadores deslocados encontrem um trabalho igualmente produtivo.

A globalização facilitou a automação de setores que produzem bens e serviços que podem ser comercializados em todo o mundo, mas isso significa que esses setores agora empregam bem menos pessoas do que há 40 anos. Uma pesquisa recente descobriu que o resultado pode ser uma mudança no emprego para empregos de baixa produtividade, como entrega de fast food de bicicleta ou limpar escritórios - tarefas muito mais difíceis de automatizar.

Este artigo parece ser esclarecedor do porque não se observa o aumento de produtividade nas estatísticas. Na verdade, segundo essa evidencias, o desvio padrão se elevou, quando se compara as empresas grandes com as médias e pequenas. De uma maneira simplificada está ocorrendo uma “macro monopolização” da economia, onde na margem as empresas grandes estão em situação de concorrência, de certo modo, até desleal. Mas isso é subproduto do capitalismo.

Talvez essas constatações justificam as insatisfações das pessoas que ocorre hoje em todo mundo.

No post aniversário-de-10-anos-sem-comemoração, fiz os seguintes comentários sobre o euro: ...” eu propus dois trades do qual um exclui o outro se atingindo.1) vender euro a € 1,185 com stoploss € 1,1980, desde que, não negocie antes disso abaixo de € 1, 1505. 2)  vender euro a € 1,1500 com stoploss a € 1,1650” ... ...” Como o intervalo para execução do trade é bastante curto, em situações como essa, se deve acompanhar o mercado com uma visão de mais curto prazo” ...


Como se pode notar nenhuma dos dois limites foi atingido. Ao observar o gráfico, eu poderia fazer inúmeras hipóteses que justificariam uma ação antes desses limites serem atingidos. Mas não se pode ter certeza de nada em correções, e a única conclusão que posso assumir, é que é uma correção.

Atualmente estamos restritos a apenas uma trade em curso e a essa proposta do euro. No primeiro semestre ficamos mais ativos com posições em diversos mercados. Se vocês lembrarem, eu comentei que os mercados permanecem 30% do tempo em movimentos direcionais e 70% em correções, e parece que estamos agora nesse último. Operar nesses períodos, somente em condições muito favoráveis de risco x retorno.

O SP500 fechou a 2.809, com alta de 0,40%; o USDBRL a R$ 3,8371, com queda de 0,67%; o EURUSD a 1,1660, com queda de 0,40%; e o ouro a U$ 1.227, com queda de 1,05%.

Fique ligado!

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