Salários estagnados
A Turquia tem gerado extrema volatilidade aos mercados
emergentes sem que se vislumbre um final natural nesses casos. O Presidente
Erdogan, ao invés de seguir a cartilha sugerida pelos economistas, prefere
colocar a culpa nos outros, entenda-se os EUA. Como sua exposição em termos de
montante de dívida é bem superior à da Grécia, ondas de contaminação se
propagam a outros países, com maior ou menor intensidade. O gráfico a seguir,
aponta a disparidade que está ocorrendo entre a volatilidade das moedas
emergentes comparada a dos países desenvolvidos.
Como uma postura populista, o presidente Turco anuncia que
seu país está sofrendo uma conspiração política, e está sendo esfaqueada pelas
costas pelos EUA. Como para a população é melhor acreditar nessas versões que
assumir o erro do governo, alguns movimentos começaram a atear fogo na moeda
americano. Na foto abaixo, se percebe a queima de notas de U$ 1,00. Serão
verdadeiras? Mas essa é a forma que Erdogan pretende enfrentar a crise.
Aparentemente, não se pode ver quais seriam as vantagens,
nem parece que esses países estariam dispostos a comprar mais uma briga com o
Trump. Tudo indica que, A Turquia vai enfrentar sozinha esse grande problema.
Em todo caso, a lira turca, depois de negociar acima de 7,21
contra o dólar, agregando mais 10% de desvalorização em relação à última
sexta-feira, busca algum equilíbrio de preço. Tudo isso, coloca pressão sobre a
cotação do real bem como no Ibovespa, o que corrobora a visão que o Mosca vem externando, aonde o maior
risco para nós, vem do exterior.
Com toda essa tensão nos mercados passou desapercebido a
publicação dos índices de inflação americanos publicados. O CPI subiu 2,9% nos
últimos 12 meses, um nível que superou ao do final de 2011. Extraindo os itens
mais voláteis como combustíveis e alimentos, a inflação ficou em 2,4%, o maior
ganho desde 2008.
O aumento dos alugueis, gasolina e assistência médica é
outro sinal que a economia está entrando em ação, depois de anos de crescimento
mais lento. As empresas aumentam os preços quando sentem que os americanos são
capazes e estão dispostos a gastar mais. Durante grande parte da expansão, a
inflação permaneceu teimosamente baixa, levando a uma campanha de estímulo sem
precedentes do Federal Reserve para neutralizar sua anemia.
Mas os preços em alta estão agora consumindo muito dos
salários dos americanos, restringindo sua capacidade de gastar no futuro. Pela
segunda vez em quatro anos, o salário médio por hora - após a inflação - caiu
nos últimos 12 meses.
Os trabalhadores conseguiram aumentos, mas apenas porque
aumentaram o número de horas trabalhadas. O salário semanal, ajustado pela
inflação, cresceu 0,1% no ano passado.
Muitos economistas esperam que a inflação aumente
lentamente, sem se acelerar, em parte porque o Fed planeja elevar gradualmente
as taxas de juros para evitar o superaquecimento da economia. O relatório de
sexta-feira provavelmente reforça os planos do banco central para mais dois
aumentos de taxa este ano.
O aumento dos custos do consumidor poderia prejudicar
qualquer mensagem política antes das eleições de novembro. A produção interna
bruta cresceu a uma taxa anual de 4,1% no segundo trimestre, o trimestre mais
forte desde 2014, e os economistas projetam crescimento de 3% para 2018 como um
todo.
Mas junto com um crescimento tão forte pode ocorrer uma
inflação mais rápida, que reduz o poder de compra, e os democratas estão
apontando para um crescimento salarial modesto como um sinal de que os ganhos
da economia não estão sendo distribuídos uniformemente.
"Os trabalhadores não estão se beneficiando da economia
Trump", disse o Comitê Nacional Democrata em um comunicado após o
relatório de sexta-feira.
Enquanto isso, as empresas, que aumentaram os salários nos
últimos anos com a queda do desemprego, podem ter que aumentá-las à medida que
os trabalhadores se tornam mais difíceis de encontrar.
Por enquanto, os aumentos de preços parecem modestos.
Esses resultados apontam para um nível de inflação que o Fed
almeja há muito tempo. Entretanto, ao invés da melhora recair sobre a
população, através de aumentos de salários, vem acontecendo de forma mais
abrangente sobre as matérias primas e serviços, deixando a população somente
com a parte ruim de pagar mais caro pelos bens e serviços.
Daqui em diante, duas situações poderão ocorrer, ou os
salários irão espelhar um mercado de trabalho apertado com aumento da
remuneração, ou a demanda irá diminuir no futuro por falta de renda.
No post acabou-brincadeira, fiz os seguintes
comentários obre o dólar: ...” No gráfico acima, aponto duas possibilidades de níveis
para que o dólar volte a subir: a primeira em azul, onde o dólar atingiria R$
3,60 (mais provável); ou então a R$ 3,50” ...
Mas não foi isso que aconteceu.
Então a análise está errada? Não considero desta forma,
vejamos porque: Tenho enfatizado que o movimento de médio prazo é de alta do
dólar, e que o trade proposto era de curto prazo, contra a tendência. Isso
implicava que a moeda estava numa correção, e como os leitores já sabem,
correções são de difícil previsibilidade.
Ao analisar a figura acima, imaginava que poderia ser um
caso denominado de flat (mais
provável), ou zig – zag (menos
provável), tudo de acordo com a teoria de Elliot Wave. Mas parece que a
configuração se alterou.
O traçado em cinza, é uma formação bem aceitável nesta
situação. Neste caso, o dólar voltaria a negociar por volta de R$ 3,80 para
depois subir. Em contrapartida, o movimento traçado em vermelho, teria como
premissa que, a correção já terminou e o dólar caminharia para romper o nível
máximo anterior de R$ 3,97.
Queria ressaltar que essa possibilidade surgida não deve
surpreender ninguém, tanto isso é verdade, que foi por esse motivo a elevação
do stoploss, originado um pequeno ganho. Também, a cautela do Mosca, foi tomada quando sugeriu u trade
com metade da posição.
No momento, não temos nada a fazer. Existirão duas
possibilidades, ou se aguarda para comprar ao redor de R$ 3,80 com um stoploss
a R$ 3,70; ou no rompimento de R$ 3,97.
O SP500 fechou a 2.821, com queda de 0,40%; o USDBRL a R$
3,8820, com alta de 0,50%; o EURUSD a € 1,1407, sem variação; o ouro a U$
1.193, com queda de 1,49%.
Fique ligado!
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