Acabou a brincadeira
Na última sexta-feira foi publicado os dados de emprego nos
EUA. A criação do número de vagas ficou em 157 mil um pouco aquém do esperado
de 193 mil. Os economistas contavam que, as contratações diminuíssem em 2018,
tendo em vista o mercado de trabalho apertado, o que é consistente com uma taxa
de desemprego de 4%.
Até julho, a média de empregos agregados foi de 215 mil.
Isso é uma aceleração quando comparado a média de 184 mil, dos primeiros sete
meses do ano anterior. E muito superior aos 165 mil projetados pelos
economistas no início de 2018.
A mudança repentina no varejo pode ser uma evidência de que
grande parte da retração do setor, em resposta às compras online, ocorreu no
ano passado, disse Martha Gimbel, economista do site de busca de emprego “todos
os empregos das cadeias de vendas não desaparecerão”.
Mas esse não é ocaso das lojas de brinquedos Toys are Us,
que fecharam suas portas no mês passado. Essa cadeia era muito antiga, sua
primeira loja foi aberta em 1948. Com mais 80 lojas e milhares de funcionários,
fechou definitivamente no final de junho.
A dispensa dos funcionários gerou uma distorção importante
nas contrações do mês de julho, pois o impacto dessas demissões, pode ser
notado no gráfico a seguir, no setor de distribuição. Isso explica a publicação
do emprego ter sido inferior ao que era previsto.
Com taxa de desemprego de 3,9%, nível de pleno emprego, o
que não sobe são os salários, cuja alta se encontra estagnada nos últimos
tempos.
Notadamente houve uma mudança a partir de 2007, pouco antes
da grande recessão. Até então, as intenções de aumentos de salariais guardavam
forte correlação com o realizado. A partir dessa data, tanto no período mais
crítico, aonde havia intenção de redução, como no período posterior, aonde as
empresas intencionavam aumentar os salários, nada disso se concretizou. O
aumento de salários tem mantido estabilidade há dez anos, com reajustes ao
redor de 2,5% a.a.
No post semana-dos-bancos-centrais, fiz os seguintes
comentários sobre o dólar: ...” O nível para sair dessa posição é R$ 3,66. Como apontei
no gráfico abaixo, o dólar poderá recuar até o nível aproximado de R$ 3,60, que
em nada compromete minhas premissas. Abaixo disso, aumenta a chance que a alta
terminou em R$ 3,97. Entretanto, essa confirmação só acontece, caso o dólar
negocie abaixo de R$ 3,31, muito distante dos níveis atuais” ...
Na última semana, o dólar ameaçou atingir nosso stoploss,
negociando na máxima a R$ 3,78. Mas, após Alkmin ter anunciado seu acordo com o
Centrão, o mercado entendeu que as chances desse candidato aumentariam,
afastando o fantasma do Ciro Gomes.
Nesse final de semana, o presidiário Lula tentou sua última
cartada para sair da cadeia, pois esse é seu principal objetivo, a de se lançar
candidato. O PT, para não ficar a ver navios, o que é mais provável, tem um
plano B com Haddad assumindo a candidatura e a Manuela como vice.
No gráfico acima, aponto duas possibilidades de níveis para
que o dólar volte a subir: a primeira em azul, onde o dólar atingiria R$ 3,60 (mais
provável); ou então a R$ 3,50. Abaixo de R$ 3,50 e principalmente R$ 3,31, é
provável que o dólar caia abaixo de R$ 3,00.
- Ha,ha,ha, dólar abaixo
de R$ 3,00? Você está louco!!!!
Parece impossível olhando de hoje imaginar um cenário que
levaria o dólar nesses níveis. Tudo parece indicar ao contrário, que é como
está traçado pelas minhas expectativas. Mas em análise técnica, tudo é
possível. A mesma não leva em consideração FED, Lula, o seja lá o que for. O
que interessa mesmo são os preços, eles definem o que é mais provável que
aconteça com um ativo. Assim, não tenho acanhamento de colocar essas hipóteses,
mesmo sendo bem improváveis.
Como não houve publicação na sexta-feira, estou anexando a
seguir a tabela com os resultados de trade em relação ao fechamento de hoje.
Tabela
O SP500 fechou a 2.850, com alta de 0,35%; o USDBRL a R$
3,7355, com alta de 0,77%; o EURUSD a € 1,1553, com queda de 0,12%; e o ouro
a U$ 1.206, com queda de 0,57%.
Fique ligado!
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