Carros elétricos: O presente



Frequentemente são apresentados novos carros elétricos produzidos pelas empresas automobilísticas conhecidas ou a Tesla, especializada nesse tipo de automóvel. Diversos países já anunciaram um cronograma com a morte anunciada dos veículos a combustão.

Essa mudança já é uma realidade e dificilmente será alterado. A população mundial está muito preocupada com a poluição, exigindo de seus governantes que tomem posições no sentido de diminuir a emissão de gases.

A bateria é um elemento crítico nesse processo, tanto em termos de sua dimensão, custo e reposição de energia. Um estudo elaborado pelo FMI, aponta as principais matérias primas usadas nas baterias em conjunto com suas evoluções de preço.

O aumento na demanda por carros elétricos foi impulsionado em parte pela queda dos custos das baterias de íons de lítio - impulsionadas pelo progresso tecnológico - que alimentam tudo, desde carros elétricos até smartphones.

Lítio e cobalto são componentes críticos em baterias para carros elétricos. O rápido crescimento da demanda por baterias recarregáveis elevou os preços dessas matérias-primas e gerou preocupações sobre potenciais escassez de cobalto e lítio que poderiam retardar o lançamento de veículos elétricos.

O preço do carbonato de lítio aumentou mais de 30% em 2017 (veja comentários adiante, sobre essa commoditie). Ainda mais surpreendente é o aumento do preço do cobalto, que aumentou 150% entre setembro de 2016 e julho de 2018. Os booms de preços de cobalto não são sem precedente histórico.

Ao contrário do lítio, o preço do cobalto deve permanecer alto devido à oferta limitada e à crescente demanda. Em 2016, mais de 50% da oferta global de cobalto veio da República Democrática do Congo.

Os preços do cobalto também foram voláteis devido a cadeias de fornecimento inseguras. O gráfico também mostra que desde 1915 houve quatro episódios de boom de preços. Aqueles durante 1978-81 e 1995-96 provocaram respostas nítidas: a produção mundial cresceu 54,1 e 36,1% em 1983 e 1995, respectivamente, significativamente maior do que a média de 50 anos de 4,8%. O aumento dos preços desde 2016 e os preços futuros de 2018-19 sugerem que a história pode estar se repetindo e que a produção pode acelerar novamente, pelo menos temporariamente. De fato, os preços do cobalto caíram um pouco nos últimos meses, após fortes aumentos de produção na República Democrática do Congo e redução da demanda da China.

Diversos desenvolvimentos poderiam, no entanto, limitar essa volatilidade de preço. Estes incluem maior reciclagem de cobalto e novas técnicas de mineração de produção primária.

Talvez o mais importante, a tecnologia de baterias continua a melhorar e pode interromper o aumento dos preços do cobalto. Uma das principais alternativas ao conceito de bateria de íons de lítio - a bateria de estado sólido - significaria baterias menores e mais densas em energia que não precisam de cobalto.

A pesquisa e a inovação contínuas nessa área podem estimular ainda mais o progresso no desenvolvimento de veículos elétricos e eletrônicos portáteis.

Uma matéria publicada no Wall Street Journal, aponta como a especulação sobre o lítio acabou derrubando os preços em 2018.

Um dos investimentos mais quentes de 2017 é agora um grande problema.

O lítio subiu no ano passado com as expectativas de que o crescimento da demanda levaria a uma escassez de oferta. Mas até agora, em 2018, os estoques de empresas de lítio caíram depois que o Morgan Stanley levantou preocupações de que os produtores aumentarão a produção muito rapidamente.

Projeções de alta para o consumo fizeram do lítio e do cobalto, dois dos queridinhos do mercado no ano passado. Mas o sentimento rapidamente mudou depois que o Morgan Stanley observou excesso de oferta de lítio em fevereiro. Agora, analistas dizem que os preços de materiais para baterias caíram na China, que domina o mercado de baterias. As Preocupações intensificaram que, as mudanças nas políticas de subsídios para veículos elétricos da China, levarão a uma demanda menor.


Alguns dos maiores produtores do mundo, incluindo a empresa chilena Sociedad Química Y Minera De Chile S.A. e a empresa norte-americana Albemarle Corp, caíram quase 25%. Pequenas empresas de lítio têm se saído ainda pior - em alguns casos, perdendo até 70%.

Algumas empresas e investidores continuam otimistas no mercado de lítio. O SoftBank e a Tesla estão entre as grandes empresas de tecnologia e automóveis que recentemente fizeram acordos para garantir o suprimento de lítio.

Mas isso não afetou a perspectiva de baixa de alguns investidores e traders. Eles estão apostando que as perdas no mercado de lítio continuarão.

Se isso é uma má notícia para os investidores que estavam especulando que essas commodities iriam explodir, por outro lado, os preços dos veículos elétricos se tornarão mais acessíveis.

O mundo possui mais de 1 bilhão de automóveis rodando, e regiões como a China e Índia passam por crescimento expressivo de sua frota. Desta forma, não se pode deslumbrar uma eliminação desse meio de transporte de um dia para o outro. Porém, a velocidade de substituição pode ser mais rápida que a projetada, e para tanto, basta que o preço dos carros elétricos seja reduzido, e isso passa por uma redução nos preços das baterias.

Essa seria uma boa noticia num mundo recheado de más notícias. Imaginem que maravilha seria percorrer a cidade sem o incomodo da fumaça. Mas talvez isso não esteja tão distante, pois daqui algum tempo, carro a combustão vai ser o maior mico, e pode entrar num ciclo vicioso de queda de preço.

No post os-velhinhos-na-ativa, fiz os seguintes comentários sobre o ouro:  ....” Conforme exposto no gráfico acima, o primeiro intervalo entre U$ 1.180 – U$ 1.200, uma reversão poderia acontecer. Caso o ouro continue em queda, e principalmente abaixo de U$ 1.130, aumentam consideravelmente as chances de o metal testar novamente o mínimo que ocorreu no final de 2016 em U$ 1.050” ...


No primeiro intervalo o ouro passou batido, e rápido. Aumentaram muito as chances do intervalo apontado abaixo em cinza, que corresponde ao preço de U$ 1.130, ser atingido em breve.  


Como apontei acima, existem 2 possibilidades: a primeira é que essa onda vendedora termine nesse nível e o metal comece a subir a partir daí; ou continua caindo, onde o próximo nível seria a U$ 1.050.

Qualquer penetração abaixo desse preço, o meu cenário predileto comentado no post para 2018, passa a valer o-ouro-perde-o-brilho...” O intervalo entre U$ 1.050 e U$ 1.400 são delimitadores. O que quero dizer com isso é que, precisam ser rompidos para que uma nova sequência seja estabelecida. No meu cenário predileto (1), o ouro incialmente romperia a parte inferior para atingir uma nova mínima ao redor de U$ 900, para só depois voltar a subir” ... ...” Quero ressaltar ser é possível que, o rompimento inferior não aconteça, por exemplo, parando próximo de U$ 1.050, e começando a alta a partir daí” ... ...” Um cenário alternativo contemplaria uma queda limitada ... ... para em seguida, o ouro romper o limite superior (2)” ...


Como se pode notar, não aconteceu nem o cenário predileto (1), nem o cenário (2). Na verdade, parece que foi um mix. Começou dando pinta que o cenário (2) iria prevalecer para em seguida reverter – razão de nossas apostas cautelosas nesses meses.

Para resumir, pois existem várias outras hipóteses, vamos observar o que acontece, se e quando, o ouro atingir ~ U$ 1.130, sem posições!

O SP500 fechou a 2.818, com queda de 0,76%; o USDBRL a 3,8982, com alta de 0,83%; o EURUSD a 1,1351, sem variação; e o ouro a U$ 1.175, com queda de 1,52%.

Fique ligado!

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