Sem futuro
Todos os leitores do Mosca
devem ter ficado surpreso com o resultado das pesquisas eleitorais publicados
pelo Ibope. Independente do Lula poder ser ou não candidato, na pesquisa
espontânea, ele é a escolha da grande maioria da população, com 37% dos votos.
É muito provável que não lhe seja dado o direito de concorrer, mas esse número
quer dizer muita coisa para mim.
O primeiro recado que o eleitor brasileiro nos dá é que não
está interessado em ter um governante que seja honesto ou qualificado, o que
importa são as benesses que lhe são oferecidas, sem se preocupar como são
obtidos esses recursos. O governo que paga, é o mantra que usam, não é seu
problema se o déficit vai para o espaço.
Se este pré-requisito é garantido, o fato do governante ser
honesto ou não é de pouca importância, afinal todos roubam. Com esse raciocínio
simplista, esse eleitor não deveria reclamar dos assaltos e roubos que estamos
sujeitos todos os dias, ou quando é de sua propriedade deveria ser diferente.
Ao se observar o ponto de vista do ladrão, se todo mundo rouba, porque ele
não? Igualdade para todos!
Para os intelectuais que defendem o Lula e também o PT,
quero dizer que se eleito, não reclamem que suas poupanças vão virar pó no
longo prazo. Tenho certeza que, nenhum acadêmico brilhante, vai gostar se algum
dia a dívida pública que garante boa parte de suas poupanças, passarem por uma
renegociação. Ou será que acreditam que governo não vai fazer isso? Não apostem
nisso.
Tenho muita convicção que, caso o PT ganhe as próximas
eleições, os ativos brasileiros vão despencar. A bolsa, NTN-b, LTN, devem cair
muito. Basta observar o programa de governo do PT, uma volta ao passado, total
delírio econômico.
Por outro lado, se Bolsonaro for eleito, o que também tem
boa chance, a lua de mel será temporária. Acredito que Paulo Guedes, um
economista renomado com uma personalidade muito forte, vai bater de frente com
o seu chefe em algum momento. Não acho uma boa solução para nosso país.
Para dizer a verdade, nenhum da lista de candidatos é uma
boa opção para o momento que vivemos, seria preciso alguém com gutz para fazer uma grande mudança. Pois
é, ainda não será desta vez, o que implica que mais quatro anos serão perdidos,
ou em outras palavras, o sofrimento não atingiu o stoploss.
Fico preocupado com os jovens que estão iniciando sua
carreira num ambiente tão sem perspectivas.
As pessoas se perguntam se o Brasil pode virar uma
Venezuela. Essa pergunta tem uma resposta difícil, mas se o país eleger
presidentes com viés populista a chance aumenta, pois é mais fácil manter o
apoio de quem recebe benefícios do governo, quando esse grupo é ampla maioria.
Eu acreditava que, depois do que vivemos nesses últimos
anos, a população tenderia por uma mudança. Porém, com 37% de intenções de voto
para o Lula, eu estava enganado, a grande maioria prefere deixar o país
escorregar rumo a uma Venezuela.
Mas o problema da dívida pública não é exclusividade
brasileira, vejam a seguir a evolução da dívida americana depois que o Trump
resolveu dar benefícios ao povo com a redução de impostos.
Como dizia Keynes no logo prazo todos estaremos mortos, o
que se pode concluir dessas palavras é que, vale o curto prazo. Essas medidas
do presidente americano acoplado as imposições comercias que vem adotando,
fizeram com que a bolsa americana tivesse uma performance melhor. Notem a
seguir, essa comparação em relação a bolsa europeia.
O bitcoin continua empacado próximo dos U$ 6.000, nível que
venho alertando como muito importante. No gráfico a seguir, se nota a
configuração de um triângulo descendente que, em 2/3 das vezes, rompe para
baixo.
Os negócios com essa crypto moeda vem perdendo ímpeto a cada
dia que passa. O seu interesse acaba se elevando quando algum país passa por
uma crise como o caso da Venezuela e mais recentemente a Turquia. O que essas
pessoas se esquecem é que, essa moeda deveria ser usada unicamente como uma
ponte para sair do país. Assim, compra bitcoin em moeda local e imediatamente
vende para receber em dólares ou euros, pois caos contrário, o bitcoin pode
sofrer uma desvalorização superior a de sua moeda, como aconteceu em 2018.
No post não-esqueceram-de-mim, fiz os seguintes comentários
sobre o euro: ...”
A queda do euro, que começou em março, está prestes a terminar, pelo menos este
movimento inicial. Calculo entre € 1,1230 ou € 1,1100, são os níveis onde
deveria zerar esse trade. Depois disso a moeda única poderá subir, atingindo €
1,185 a € 1,20. Sendo assim, de agora em diante é necessário cuidado para administrar
esse percurso final” ... ...” No caso em questão, a operação ficou muito
tranquila, pois vou elevar o stoploss para € 1,15, o que garante um resultado
não negativo. Isso é possível pelas características técnicas desse movimento
especifico, e não porque quero me proteger de um eventual prejuízo” ...
Minhas recomendações dos cuidados nessa posição, foram importantes.
O que eu havia imaginado como possibilidade, acabou ocorrendo, e fomos stopados
sem prejuízo. Mas o que significa isso para o euro? Incialmente devemos passar
por um tempo com valorização da moeda única. No gráfico abaixo apontei dois
possíveis objetivos € 1,195 ou € 1.21
O gráfico acima contempla um período de mais longo prazo.
Com a linha em marrom, apontei uma possibilidade para o movimento daqui em
diante nessa correção. Notem algo importante, no longo prazo trabalho com novas
altas para o euro.
Em termos de Elliot Wave, devemos estar entrando numa onda
B. É sabido que essa onda é terrível, uma destruidora de resultados.
Normalmente, anda 2 passos à frente e 1 a 1,5 para trás. Provavelmente não devo
me envolver nesse movimento, que deve durar poucos meses, vou aguardar a onda
C.
O SP500 fechou a 2.862, com alta de 0,21%; o USDBRL a R$
4,0492, com alta de 2,11%; o EURUSD a € 1,1569, com alta de 0,75%; e o ouro a
U$ 1.195, com alta de 0,42%.
Fique ligado!
Duas coisas que gostaria de comentar:
ResponderExcluirSobre Lula e as eleições eu concordo 200%. Mas não acredito que caso ganhem a eleição serão adotadas medidas populistas. Não há espaço fiscal pra isso. Seria um desastre já no curto prazo. Não tem como pedalar ou empurrar pra frente.
Com relação aos EUA, Trump reduziu corretamente os juros sem reduzir os gastos do governo. Não foi o corte de impostos que foi equivocado mas o fato de não cortar gastos.
Mas é situação completamente diferente. A economia americana é produtiva, o povo é trabalhador e qualificado. O ambiente pró negócios já foi melhor mas ainda é muito melhor que a média. O dólar é a moeda internacional de troca e não há hoje nenhuma moeda que lhe faça sombra. O patrimônio médio da sociedade é alto e há muito espaço pra se aumentar a carga tributária. Diferente da gente que não temos mais como aumentar a arrecadação.