O mercado está doidão!



Observação sobre o que significa FOMO: Short for fear of missing out, FOMO is an anxious feeling you get when you feel other people might be having a good time without you.

Como hoje foi decretado um feriado que tudo continua aberto (as bolsas, é o que importa), o comentário será igual aos dias comuns, afinal o que muda para nós nos dias de hoje o fato de ser feriado?

Como eu havia comentado nos últimos posts, diversos comentaristas e investidores estão perplexos coma performance da bolsa americana. Se nem saímos da quarentena e pouco se sabe como será essa a volta, o que justifica a alta das bolsas? Um artigo da Bloomberg trata sobre esse assunto.

Demorou 33 dias para as ações caírem 34% e três semanas para recuperar 2/3 dessa queda. Investidores agradecem essa dose de calma, mas sinais estão surgindo e a calmaria pode não durar.

As pistas são evidentes nos mercados de opções, no aumento do volume negociado de ações e na elevação das oscilações diárias dos preços, entre outros. O posicionamento frenético e as leituras extremas nos internos do mercado mostram que, embora o S&P 500 esteja contido em uma faixa de negociação por quatro semanas, os investidores permanecem tudo, menos resolvidos.

O S&P 500 caiu 1,1% na terça-feira, depois que um relatório questionou resultados promissores em um estudo de vacina contra vírus. O aumento da perspectiva de uma maneira de combater a pandemia provocou uma disparada de 3,2% no dia anterior.

Abaixo estão alguns gráficos que ilustram os pontos de inflamação no mercado.

Pequenos investidores são historicamente otimistas. Na semana passada, o menor dos contratos de opções (aqueles que negociam 10 contratos ou menos por vez) se posicionaram para apostar em uma alta, comprando opções de compra (apostando na alta de alta) e ao mesmo tempo vendendo opções de venda (apostando na baixa) a um ritmo recorde. Essa estratégia se chama risk reversal, aonde normalmente o investidor paga o prêmio das opções de compra através da venda das opções de venda.

"Quando olhamos para um grupo de traders que tendem a estar errados em extremos emocionais, o sinal de alerta é claro", disse Jason Goepfert, presidente da Sundial Capital. "Não há dados que seguimos que sejam mais preocupantes do que isso."


Uma visão mais ampla da negociação de opções mostra todos os tipos de investidores que reconsideram a proteção. O índice Cboe de opções de venda e compra, que acompanha o volume nas apostas de baixa versus alta, caiu na segunda-feira para o nível mais baixo desde 19 de fevereiro - o dia em que o S&P 500 atingiu o recorde pela última vez antes da queda mais rápida de todos os tempos..

Para quem não está familiarizado com esse parâmetro, o seu significado busca mostrar se o mercado está procurando mais opções de compra (acreditam na alta) que opções de venda (acreditam numa queda). No caso atual, existem 10 opções de compra para 3 opções de venda em aberto.


No auge da alta das ações de segunda-feira, após resultados positivos de uma vacina experimental, uma medida de momento a momento, do interesse de compra dos investidores, registrou sua maior leitura de todos os tempos. O número de ações em alta na Bolsa de Nova York excedeu as que caíram em 2.049, elevando o NYSE Tick Index (*) a um recorde.

(*) The tick index compares the number of stocks that are rising to the number of stocks that are falling on the New York Stock Exchange (NYSE). The index measures stocks making an uptick and subtracts stocks making a downtick


No mês de março, foram negociadas uma média de 15,6 bilhões de ações nas bolsas dos EUA, o mês mais ativo em pelo menos 11 anos. Desde então, o volume estava diminuindo - as duas últimas semanas foram as menos ativas desde o final de fevereiro, quando a venda começou. Mas na segunda-feira houve uma recuperação, com 12,8 bilhões de ações mudando de mãos, o máximo desde 30 de abril.

O tamanho das oscilações diárias de preços também tem subido cada vez mais. Ainda longe dos dias de março, quando as ações movimentaram 5% ao dia, no mês mais volátil já registrado, o S&P 500 registrou uma média de 1,7% nas últimas cinco sessões, a maior em quase um mês.



Mas, menos investidores acreditam que a bolsa reconquistou seu movimento de alta depois das expressivas quedas de março, e com as ações dos governos para enfrentar esse período de paralisação, a retomada estaria logo a frente. O setor de tecnologia tem sido o preferido, o índice Nasdaq está a menos de 3% da máxima ocorrida no início deste ano.

Em março havia recebido um gráfico que comparava a queda da bolsa em março ao que ocorreu na bolsa americana em 1929, quando da depressão americana. Agora, recebi outro que indica que, a recuperação recente se assemelha a que ocorreu depois da grande recessão de 2008. E assim, as pessoas tentam “adivinhar” o que vai acontecer com os mercados buscando semelhanças com movimentos passados.


No post sub-produto-da-pandemia, fiz os seguintes comentários sobre o ouro: ... “ o ouro atingiu o preço de U$ 1.690, em concordância as minhas observações acima. Você poderia se perguntar, qual foi a razão de eu não ter sugerido a compra nesse nível? O motivo é que prefiro a confirmação do rompimento superior ao invés de “arriscar” num movimento de correção (triângulo)” ...

Nesta semana o ouro rompeu a marca de U$ 1.750, porém, teve vida curta, pois no mesmo dia acabou recuando para U$ 1.730, caracterizando o clássico false break. O movimento do metal sob a ótica de análise técnica deixa margem a algumas interpretações. Essa falha me coloca numa posição mais defensiva, aonde prefiro aguardar algum tempo para alguma sugestão de trade.

Ontem sugeri a compra do SP500, caso houvesse uma retração, e antes da máxima de 2.968 não ter sido suplantada. Como acabou acontecendo hoje - alta, o trade fica cancelado. Vou aguardar um outro momento para entrar no mercado.

Outro fator que vem acontecendo na bolsa americana são as altas dos setores que tinham ficado para trás, que começam a ganhar folego. Amanhã público alguns gráficos sobre esse assunto.

O SP500 fechou a 2.971, com alta de 1,67%; o USDBRL a R$ 5,6939, com queda de 1,01%; o EURUSD a 1,0979, com alta de 0,52%; e o ouro a U$ 1.744, com alta de 0,15%.

Fique ligado!

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