Pistas de um tombo

 

A GE, empresa americana que atua em diversos segmentos industriais, era conhecida como o modelo de gestão. Quando Jack Welch era o CEO da companhia, entre 1981 a 2001, as receitas subiram de U$ 20 bilhões para U$ 26,8 bilhões, naquela época essa ascensão era fantástica. O lema da GE era ser a primeira ou segunda dentro do setor que atuava, caso contrário era vendida.

Mas desde a sua saída suas ações e negócios começaram um movimento de queda, atingindo atualmente mais de 90%.

Li alguns anos atrás, um livro muito interessante é instrutivo, Fora de série, Malcom Gladwell, que cita 3 fatores de sucesso numa carreira: competência específica; repetição e sorte. Seria fácil apontar que o motivo da queda que ocorreu na GE, foi a ausência de Jack Welch, provavelmente é uma boa razão. Como eu acredito que ninguém é insubstituível, tanto faz a razão do debacle.

Um artigo publicado por Bem Carlson em seu post chamou minha atenção, vejamos seus principais argumentos.

Comprar quando há sangue nas ruas faz sentido em teoria, mas depende de qual empresa. Para o mercado de ações como um todo, comprar durante um pânico é provavelmente uma das melhores estratégias que existe. O problema ao tentar peneirar a bagunça é que algumas ações não voltam.

Ge é uma dessas ações.

A General Electric foi a maior empresas no S&P 500 durante a maior parte dos anos 1990 até meados dos anos 2000. Recentemente, em 2010, foi a 5ª maior empresa do mercado de ações dos EUA.

No auge da potência da GE, a empresa ostentava uma capitalização de mercado de quase US$ 600 bilhões, agora é uma empresa que vale um pouco mais de U$ 50 bilhões.


A empresa que levou o bastão da GE, para se tornar a maior dos Estados Unidos, foi a Exxon, considerada a maior empresa do mercado de ações americano em 2010. É possível que a Exxon esteja no meio de sua própria queda espetacular.

Esta estatística do SentimenTrader é muito impressionante:


Desde que atingiu o pico em 2010, a Exxon foi cortada pela metade.

Desde o seu pico em 2007, a capitalização de mercado da Exxon caiu mais de 70%. Só desde 2014, os investidores perderam quase 60% e isso inclui dividendos.

Com cerca de US$ 150 bilhões, a Exxon ainda é o 40º maior nome do S&P 500 por capitalização de mercado. Mas isso está longe dos US$ 519 bilhões que a empresa valia em 2007, quando os mercados de energia estavam veementes.


Não se sabe ao certo se a Exxon é a próxima GE. Talvez o setor de energia veja um ressurgimento. Talvez o preço do petróleo suba. Talvez os veículos elétricos levem mais tempo para dominar o mercado de carros do que as pessoas pensam.

Mas a história está repleta de grandes corporações que chegam ao topo da montanha e depois nunca chegam perto de alcançar esses níveis novamente.

Citigroup, Bank of America e AIG estavam no top 10 em 2005. Essas ações caíram 90%, 42% e 97%, respectivamente, desde o final daquele ano.

A Sears foi uma das 10 maiores ações durante a maior parte da década de 1980. Eles pediram falência em 2018.

De fato, desde 1980, a taxa de rotatividade para as 10 maiores empresas do SP500 é de 50%, se você olhar para essa lista a cada 5 anos. Então, a cada 5 anos, metade dos nomes no top 10 são novos.

É sempre mais divertido falar sobre os maiores vencedores ao longo do tempo, mas vale a pena lembrar que muitos desses vencedores, eventualmente, se tornam os maiores perdedores.

Algumas ações não voltam!

Porque esse artigo despertou minha atenção: Se a história se repetir, daqui a 5 anos metade das 10 maiores ações, será substituída. Seguindo nesse raciocínio quem seriam as candidatas a perder o posto: Micorsoft, Apple, Amazon, Alphabet (Google), Alphabet (GOOGL); Facebook, Berkshire Hathaway, Jonhson & Jonhson; Visa; Procter & Gamble. Notem a semelhança entre os gráficos da GE e Exxon. Um movimento parabólico antecede seguido de uma queda por etapas.

Façam suas apostas de quais seriam as empresas a perder esse status. Veja que isso não significa passar pelo mesmo processo que a GE, podem só perder valor, mas não virarem pó!

No post o-diabo-esta-nos-detalhes, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ... “ o dólar pode seguir dois caminhos: em laranja indica que ainda é possível atingir os níveis indicados anteriormente, desde que, o dólar não ultrapasse R$ 5,6784 antes disso; ou já estamos no movimento de alta que levará o dólar rumo a novas máximas”...

Como eu estava suspeitando, o dólar acabou ultrapassando o limite superior e encontra-se agora em nova conjuntura. Eu antevejo 2 possibilidades para o dólar: a primeira seria uma correção mais dilatada dessa alta, onde poderia ocorrer a reversão entre R$ 5,66/R$ 5,77, ou se suplantado, ao redor de R$ 5,96. Depois disso um movimento de queda levaria o dólar novamente a R$ 4,80. Vejam gráfico a seguir as flechas em amarelo.

No outro cenário, o dólar atingiria novas máximas cujo objetivo seria ao redor de R$ 6,18/ R$ 6,24, que se ultrapassado, levaria o real a R$ 6,98.

Tenho que frisar que na opção acima, depois de atingir os picos, o dólar voltaria a cair, a não ser que, continue subindo acima de R$ 7,00. Não vou me ater a essa situação agora, mas posso dizer que não será nada agradável.

- David, já que você virou de posição em um espaço tão curto de tempo, por que não compra o dólar agora?

Tirando seu sarcasmo, eu na verdade não mudei de posição. Acredito que fui claro acima, que mesmo nas 2 hipóteses, continuo acreditando numa queda do dólar, a não ser que ultrapasse R$ 7,00. Gostaria de lembrar o amigo, que meu call sempre foi de alta do dólar no prazo mais longo, o que estávamos buscando era aproveitar de uma queda dentro da correção. Essa alta (de longo prazo) pode estar acontecendo agora no segundo cenário, ou mais tarde no primeiro - depois da queda a R$ 4,80.

Em relação a posição, não acredito que seja um bom momento agora, prefiro que fique mais claro, em quais das opções nos encontramos, não teria um nível adequado de stoploss. Enfatizo uma tendência nossa, minha e provavelmente dos leitores, de atuar em mercados onde temos mais experiencia e informações. Gostaria de lembrar que em análise técnica isso é de pouca valia, e várias vezes atrapalha mais que ajuda. Em algum outro momento vou comentar minha experiencia num período em que eu operava diversos pares de FX com frequência.

O SP500 fechou a 3.335, com queda de 0,48%; o USDBRL a R$ 5,6433, com queda de 0,36%; o EURUSD a 1,1742, com alta de 0,68%; e o ouro a U$ 1.897, com alta de 0,87%.

Fique ligado!

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