A teimosia é pior que a ignorância
No mundo dos investimentos e mesmo na economia, sua postura
poderá definir seu sucesso ou insucesso, quando situações que diferem do
passado, ocorrem.
O gráfico a seguir produzido pelo Our World data em dados apresentado pela Invictus. Conta uma história incrível da evolução da tecnologia no mundo.
O ritmo de adoção apenas acelerou com o tempo. Cada nova
tecnologia inovadora que atinge um apelo de mercado de massa simplesmente
desaparece em segundo plano em nossas vidas.
É fácil esquecer que cada uma dessas coisas, ao mesmo tempo
são maneiras totalmente novas de fazer algo que foi feito de maneira diferente,
por incontáveis milênios. Eles alteram a forma como vivemos e trabalhamos,
modificam nossas rotinas diárias, mudam o tecido de nossas vidas.
E então, eles se tornam invisíveis.
Eles se tornam comuns, tomados como certos, parte do pano de
fundo ignorado - simplesmente ali.
A menos que estejam quebrados, você já pensou em
eletricidade, água corrente, encanamento interno? Quando foi a última vez que
você pensou em seu aquecedor ou aquecedor de água? Antibióticos? Ar
condicionado? Streaming de vídeo, planilhas, publicação pessoal? Para não falar
dos supercomputadores no seu bolso? A câmera na qual você nem pensa duas vezes,
é melhor do que, a mais bem fabricada em unidades profissionais de alta
tecnologia, produzida há uma década. Isso para não falar da qualidade do
estúdio de televisão portátil com o qual você anda.
Nós nem mesmo pensamos sobre essas coisas ou como viveríamos
sem elas. Assista a qualquer filme da década de 1990 ou início de 2000 e você
não poderá deixar de notar a falta de smartphones. Sem mapas do Google, sem
mensagens de texto, sem mídia social. Linhas inteiras da trama se desfazem:
preso em algum lugar? Basta ligar para um Uber.
Essas novas tecnologias representam não um pequeno avanço
incremental, mas uma debandada total para um admirável mundo novo e diferente.
Normalmente melhor, às vezes não, mas ainda um mundo que seria irreconhecível
para alguém de apenas 30 anos atrás.
Conforme observado anteriormente, a pandemia pegou as
tendências de adaptação existentes e as sobrecarregou. A Covid-19 pode até ter
antecipado o futuro em 3-5 anos.
É de se admirar que, nos últimos 6 meses, o Nasdaq 100 tenha
subido como um foguete?
Porque hoje em dia, eufemismos como “Sem precedentes”
e “Incerteza” são tão usados que perdem o sentido. Essas palavras às vezes
permitem evitar inconscientemente verdades duras, e contar a nós mesmos,
narrativas reconfortantes.
A palavra “Incerteza” é frequentemente usada por
especialistas do mercado para justificar situações que não se consegue explicar
seus motivos, aí ele se torna incerto; mas o trabalho que é fascinante
ultimamente, é como se intensificou situações “Sem precedentes”.
Não porque nada hoje em dia é sem precedentes; mas sim,
porque coisas sem precedentes ocorrem o tempo todo. Se o inédito fosse
realmente raro, estaríamos vivendo em um mundo que operaria dentro da gama de
ocorrências anteriores, e sabemos que isso não é totalmente verdade. Pense na
frequência com que os registros são definidos para os mais rápidos / maiores /
mais fortes / mais caros / mais longos, e você verá que o sem precedentes
ocorre com uma regularidade alarmante.
O risco de usarmos erroneamente palavras como essa é que,
quando algo é verdadeiramente, excepcionalmente fora das cartas, sem
precedentes, podemos perder o quão poderoso isso é.
O que leva ao gráfico a seguir mostrando a falta total de correlação entre os mercados e a economia.
Como se poderia explicar tamanha aberração? Uma primeira
postura seria negar a realidade e assumir que o mercado está errado e daqui a
pouco vai despencar, afinal o livro texto de economia ensina que se a economia
vai mal, a bolsa deve cair. Outra forma e assumir que o que está ocorrendo é
sem precedentes e merece uma análise, uma pesquisa mais aprofundada.
Indo pelo segundo caminho, percebemos que a revolução
digital, nome usado pelo Mosca, se acelerou de forma expressiva depois
da Covid-19, e, portanto, algumas empresas foram muito beneficiadas, enquanto
outras irão desaparecer.
Aliado a isso, os governos para evitar uma disruptura na
sociedade, agiu injetando quantias enormes de recursos, através dos seus bancos
centrais e políticas fiscais expansionistas.
Seguindo esse raciocínio, o índice SP500 tem uma metade
composta por essas empresas muito beneficiadas, reforçadas por uma participação
global de 50%, porque então não poderia subir, mesmo com uma queda gigante do
PIB?
Ficar teimando que a bolsa deve cair é buscar não aceitar as mudanças que estamos vivendo e que ela terá impacto, que de certa forma, não tem muita previsão. O que ontem parecia impossível, hoje é menos impossível e como será amanhã? Não estou advogando que o céu é o limite para as bolsas, pois elas estão performando de forma diferente, em função da sua composição. Veja a seguir, o retorno das bolsas latinas em relação aos mercados emergentes (assunto do post de ontem mudanças-despercebidas). Não é só o Ibovespa que busca se recuperar, são todas as bolsas dessa região. É um problema brasileiro, ou porque os índices dessa região têm as ações “erradas”?
A bolsa de tecnologia não está dando nenhum refresco, com alta após alta, vai quebrando recordes diário, que nem fazem mais parte do noticiário. Na teoria de Elliot Wave, uma clássica onda 3. Hoje está ultrapassando uma das marcas estabelecidas pelo modelo de 12.246, que se confirmada, ruma para 13.000. Se esse movimento não denota um Bull Market, não sei o que seria então!
Se não fosse a análise técnica, dificilmente estaríamos
posicionados, pois que fundamento estaria dando suporte.? Talvez esse seja um
exemplo prático de como esses dois modelos podem diferir em suas decisões.
Por outro lado, reconheço que, para quem não conhece as
regras da técnica, ou sem experiencia, seria difícil de seguir de forma cega.
Neste momento em que, existe em abundância de capital, e muito, tudo deve ficar
caro, uma regra simples da economia sobre oferta e demanda. Como um
fundamentalista poderá sugerir comprar alguma coisa? A tendência é ficar
imobilizado, pois o momento de ficar vendido já passou, pelo menos esse
analista que assim fez, entendeu de forma custosa que não é recomendado nessa
situação.
Uma outra tendência nesse momento é buscar ativos baratos, e
existem, por exemplo: Companhias áreas, setor de bancos, setor de energia,
estão largados. Na figura acima, que identifica o tipo de recuperação em K, e dependendo
do futuro, pode ser uma boa, mas até lá, o setor de tecnologia, que é mais
obvio, está na dianteira.
O SP500 fechou a 3.526, com alta de 0,75%; o USDBRL a R$
5,3665, com queda de 2,27%; o EURUSD a € 1,1915, com queda de 0,18%; e o ouro
a U$ 1.968, sem variação.
Fique ligado!
A humanidade persegue objetivos nem sempre visíveis mas reais inexoráveis! A frase Ou futuro a Deus pertence é exemplo de falta de reconhecimento desse destino progressista dos humanos! Não se trata aqui de otimismo ou pessimismo, mas de puro realismo! A pandemia trouxe males, as guerras também mas a inventividade humana agrega benefícios advindos de eventos extremamente danosos que resultam em progressos inegáveis. A tecnologia avança em progressão geométrica e vai se projetar no tempo! O futuro pertence aos homens de boa vontade e são eles filhos de Deus! As empresas de alta tecnologia vão prosperar por longos anos! Não há nada de irracional nos índices da Nasdaq , simplesmente a adaptabilidade humana insuperável!
ResponderExcluirNo momento de euforia, tudo se explica...O mercado do mundo inteiro só está comprando essas 5 empresas. Lei da oferta e da procura, fica obvio que os ativos ficam caros. Minha questão é se essas empresas terão capacidade de gerar valor ao longo dos próximos 50 anos como estão indicando os principais indicadores? Elas estão SUPER esticadas. Considero a tese posta no blog excelente para surfar essa onda e identificar o momento de saída. Abraços
ResponderExcluirMuito pertinente seu ponto de vista.
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