Inflexão a vista? #nasdaq100
Minha
terapeuta dizia que 80% das vezes que você fica bravo com alguém na verdade
está bravo com você mesmo. O motivo é que conhecendo essa pessoa acreditava que
agora seria diferente, mas não é, as pessoas não mudam, e aí você fica irritado.
Tudo isso para comentar sobre nosso presidente que resolveu palpitar sobre
comercio exterior – me deixou extremamente irritado! Sou capaz de apostar que
ele nunca viu um contrato de câmbio, nem sabe ler um balanço, mas mesmo assim
se acha competente para palpitar sobre comércio exterior.
Já que está
viajando com um grupo de empresários por que não se dispôs a perguntar o que
eles acham da ideia? Caro presidente, o yuan não é nem uma moeda conversível e
o exportador que receber essa moeda nem tem o que fazer, ou melhor, vai ter que
fazer uma série de transações financeiras a fim de transformar em dólares,
afinal, 88% do comércio é nessa moeda e menos de 2% no yuan.
Se na volta da
viagem não estiver dormindo leia os posts Mosca o-dolar-vai-se-render-ao-renminbi e aeroporto-errado ou ainda um artigo publicado
pela Bloomberg hoje What De-Dolarization? The dollar rule the World.
Realmente, economia também não é o seu forte!
Um relatório
publicado pela Goldman Sachs projeta que estamos chegando ao final do ciclo de
aperto monetário nos países desenvolvidos, será que estamos num ponto de
inflexão?
Economia Global
- O recuo dos riscos bancários e o
arrefecimento da inflação mantêm a maior parte do mundo no caminho certo para um pouso suave:
- A fuga de depósitos diminuiu e os
empréstimos de emergência a bancos em dificuldades diminuíram nos EUA.
- Ainda esperamos que condições de
empréstimo mais apertadas representem um vento contrário moderado ao
crescimento nos EUA (-0,4pp) e na Europa (-0,3pp), mas dado o resto de
nossa previsão, mantemos apenas um risco de 35% de uma recessão nos EUA
nos próximos 12 meses.
- A inflação e o crescimento dos
salários estão a arrefecer na maioria das grandes economias (com exceção
parcial da área do euro, onde esperamos uma redução mais significativa
ainda este ano), o que significa que estamos a aproximar-nos do fim do
ciclo de aperto global.
- Abandonamos nossa previsão para um aumento
do Fed em junho e agora esperamos um aumento final de 25bp na reunião de
maio.
- Esperamos mais dois aumentos de
25 pb do BCE em maio e junho.
- Achamos que a campanha de
caminhadas do BoE já está feita.
- Apesar da recente turbulência, as notícias de crescimento resiliente e o progresso desinflacionário nos últimos meses reforçam nossa visão de que esse ciclo é diferente dos episódios anteriores de alta inflação e que vários fatores pós-pandemia únicos melhoraram as perspectivas para os bancos centrais domar a inflação sem recessão.
Alguns desafios podem surgir a frente:
- Primeiro se a
inflação não se mostrar tão benigna como aparenta as últimas quedas, e pior, se
realmente retroceder para mais adiante voltar a subir como ocorreu na década de
70. O gráfico a seguir não sai da minha cabeça embora não sei qual a razão da
retomada naquela época, acredito que foi o petróleo, também não me parece
razoável manter uma política monetária restritiva por conta desse receio;
- O mercado de trabalho acabar não afrouxando como desejado. Essa é uma área onde diversas características contribuíram: um elevado número de trabalhadores se aposentou depois da Covid, uma rigidez nas fronteiras diminuiu a quantidade de imigrantes, e outros. Notem na ilustração a seguir a influência da mão de obra no preço dos produtos.
Ainda existe muito pessimismo no ar como o apontando nessa pesquisa do Global Investment Manager onde os investidores institucionais não estão comprando as últimas altas. Não está fácil navegar nesses mares, mas a indicação dos gráficos ainda é de alta. Vamos ver!
O SP500 fechou a 4.137, com queda de 0,21%; o USDBRL a R#$ 4,9096, com queda de 0,33%; o EURUSD a € 1,1000, com queda de 0,45%; e o ouro a U$ 2.003, com queda de 1,80%.
Fique ligado!
Comentários
Postar um comentário