Cabo de guerra
Antes de iniciar o assunto do post, queria comentar uma
frase pronunciada pela Dilma hoje, no encontro com artistas e intelectuais –
depois é bom verificar essa lista -, ao dizer que: ..."seus antecessores deveriam
ter sofrido impeachment por pedaladas”... Ela provavelmente não percebeu, mas
já assume ser destituída do cargo.
Em todo caso, a frase da Presidente me fez lembrar aquelas
situações que nossos filhos, ao irem mal numa matéria, argumentavam que todos seus colegas também foram! Eu me recordo, que nessas situações dizia que
esse argumento não interessava, pois eles não passariam de ano ao se compararem aos outros.
Para mim, a Dilma já era! O Temer pode se preparar para
assumir, desde que não haja tempo hábil para julgar se houve recursos para a campanha
que não foram declarados, o que sem dúvida existiu.
Vocês já brincaram de cabo de guerra? Claro que sim. Quando
prestei serviço militar eram comuns estas disputas, quem perdia, tinha que pagar em flexões de braços, 20, 30, e etc... Não me recordo bem das disputas, mas ao lembrar
bem do castigo, devo ter pago inúmeras! Hahaha...
Acho que eu descobri o que a Yelen quis dizer essa semana,
quando mencionou estar preocupada com as incertezas globais. Enquanto a maioria dos
analistas foi buscar onde e em que economias poderiam estar suas preocupações, ao
examinar uma série de dados, uma hipótese surgiu.
Amanhã será publicado os dados de emprego, e ao esmiuçar uma
batelada de informações, cheguei a conclusão que essa área vai bem obrigada. Selecionei
alguns itens para justificar minha afirmação.
O gráfico a seguir mostra que a criação de empregos, que inicialmente
estava concentrada nos postos de maiores salários, consequentemente de maior
nível escolar, agora encontram-se distribuídas em todas as camadas.
Mas sem dúvida, essa foi uma recuperação onde os mais educados
foram beneficiados.
O próximo gráfico é uma estatística de quantos candidatos disponíveis
existem para cada posto de trabalho, ou seja, quanto menor, é mais difícil para
as empresas contratarem.
O FED tem um mandato duplo, nível de emprego e inflação.
Considerando que o primeiro não é sua preocupação no momento, o segundo passa a
ser o foco, haja visto que, a inflação encontra-se abaixo do objetivo traçado
de 2% a.a.
Eu já publiquei em alguns posts, ilustrações
que apontam para uma elevação dos níveis inflacionários. Essa foi uma das
razões que fez com que o FED elevasse a taxa de juros em dezembro último.
Mas então onde está o problema? Vejam a seguir os argumentos
que estão influenciando os juros americanos:
- As expectativas do FED, apresentada na probabilidade de seus membros (puxa os juros para cima)
- Injeções de liquidez – QE pelo ECB e BoJ (puxa os juros para baixo)
- Demanda de investidores estrangeiros (puxa os juros para baixo)
- FED subir lentamente (puxa os juros longos para baixo)
Este é o cabo de guerra que se desenvolve
no momento na área de juros, por um lado seria mais prudente elevar, uma vez que, a política monetária tem um efeito retardado, além dos juros
atualmente estarem muito negativos, e por outro lado, a demanda dos investidores deprime
os juros.
O gráfico a seguir mostra como a
venda efetuada pelos bancos centrais vem sendo absorvida por investidores
privados.
No post bipolar, fiz os seguintes comentários sobre o ouro: ..." Vou
continuar com a hipótese que o ouro está consolidando, e fazer um pequeno
ajuste na ordem original, onde o novo preço de compra passa para US$ 1.200,
mantendo o stoploss a US$ 1.140. Por outro lado, não posso garantir que o metal
chegue nesse nível, Pode ser que, o mesmo suba de um nível superior. Mas
prefiro ficar com as evidências técnicas e estatísticas”...
Na última segunda-feira ele quase
chegou lá com a mínima atingindo US$ 1.208, depois disso voltou a subir, e agora
encontra-se no mesmo nível anterior. Eu mantenho o mesmo alerta grifado acima,
mas ainda tenho confiança que compraremos no nível indicado. Se isso
acontecer, evitamos um monte de sofrimento e frustrações destes últimos dias. O
mercado está nitidamente consolidando. Stay Calm!
O dólar negociou hoje abaixo de
R$ 3,57 citado no post alta-tensão. O fechamento de hoje, ao nível de R$ 3,5875, passa a ser
importante na definição do que pode ocorrer daqui em diante, estamos alerta.
O SP500 fechou a 2.059, com queda de 0,20%; o USDBRL a R$ 3,5890, com queda de 0,30%; o EURUSD a 1,1379, com alta de 0,37%, vamos considerar que a sugestão de compra está valendo; e o ouro a US$ 1.213, com alta de 0,56%.
Fique ligado!
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