Moscacoin
Depois da
operação carne fraca deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira, a
mídia detonou as empresas mais conhecidas, principalmente a Friboi. Também, não
teria como ser diferente: com relatos sobre alimentos estragados, conluio com
fiscais para liberação de produtos fora da especificação e até a utilização de
papelão junto da carne; o que se poderia esperar?
Contudo,
tenho que confessar que não fiquei surpreso, não pelo fato em si, mas pela
forma. Atualmente, o Brasil é um país de ética questionável, onde a corrupção
está enraizada nos principais partidos políticos. Desde que a operação lavajato
começou a ganhar força pelo engajamento cada vez maior do público, pessoas que
se vêem envolvidas em situações de corrupção em seu local de trabalho, sentem-se
mais confiantes de denunciar à Polícia Federal, que hoje é o órgão com maior
credibilidade no país.
Tudo isso que
vem acontecendo, encaro de forma muito positiva. Se por um lado causa um choque
nas pessoas, por outro eleva o custo marginal das empresas que se envolvem em
ilícitos. Quanto mais casos, menor a propensão marginal de novos casos. Agora,
podem se preparar para mais inúmeros casos inacreditáveis a serem desvendados;
chamaria de limpeza de estoque.
Queria deixa
registrado que o atual Prefeito de São Paulo caminha a passos largos em sua
batalha de tornar a cidade um lugar melhor para viver. Achei interessante sua
atitude de ajudar a limpar literalmente a cidade, além de tudo é muito
simbólico. Daqui a algum tempo, nós paulistanos vamos recuperar nossa cidadania
e acredito que teremos um lugar melhor para morar.
Os leitores
do Mosca sabem que eu não sou um fã
da moeda eletrônica, o Bitcoin. Diversas vezes publiquei nos posts comentários
sobre essa moeda. Nos últimos tempos, é através desse veículo que os chineses
estão retirando suas poupanças da China, visto as restrições que o governo
impõe. Como suas cotações vem subindo desde a sua criação, os chineses mantém
seu estoque, ao invés de usar somente como uma ponte de saída.
O que eu não
gosto desse instrumento é que seu lastro é baseado no conceito que seus
criadores não irão emitir mais moeda, ou, se o fizerem, existe uma formula para
tanto. Mas, qual é a segurança que isso se manterá no futuro? Afinal, as
pessoas morrem e são substituídas.
Neste final
de semana uma divergência entre seus criadores ocasionou uma queda de mais de
20% na cotação do Bitcoin. Não entendo como essa moeda é transacionada, nem
como funciona sua custodia; se é que existe este conceito nesse caso. Essa
discórdia se deve em função da forma como as transações são transmitidas: um
grupo que manter a forma atual que consiste na transmissão denominado de
“bloco”, que atualmente tem um limite de um megabyte e o outro grupo que tornar
que essa transmissão seja ilimitada.
Como não
conseguiram chegar num acordo, nem tão pouco conquistaram o apoio necessário dos
principais players, um dos grupos ameaçou abandonar o Bitcoin e criar uma nova moeda. Esse foi o motivo da reação de queda dos preços.
E se a moda
pega e surgem outros grupos interessados em criar moedas eletrônicas? Esse é
um risco considerável para quem detêm Bitcoin. A possibilidade levantada na
discussão atual revelou que o Bitcoin pode perder a exclusividade. Naturalmente,
não é tão simples assim, mas se o Google resolvesse lançar uma Googlecoin não
seria tão crível ou até mais que o Bitcoin atual? E assim podemos vislumbrar o
Facebookcoin, Instargramcoin, Snapchatcoin e etc ... vai virar carne de vaca,
ou melhor, aqui no Brasil, carne de papelão! Hahaha ...
Até que surge um startup lançando um aplicativo, dando a
oportunidade para qualquer pessoa crie sua moeda eletrônica, e podem estar
certos, vou criar a Moscacoin. Pronto, meu exercício futurológico já criou uma
super oferta, onde todas virariam pó eletrônico!
Lógico que
vocês não acham que eu acredito nessas divagações, mas meu intuito foi mostrar
que uma moeda, sem a existência de um lastro, não pode prevalecer. Isso não
significa que as moedas em circulação tenham algum lastro real, como o padrão
ouro do passado, mas por enquanto aquela onda de descrédito, ora sobre o dólar,
ora sobre o euro retrocedeu muito. Acredito que em situações dessas o ouro é o
ativo que se mostrou adequado por muitos séculos, e na pior das hipóteses pode
se transformar numa joia.
As grandes trapalhadas que o Trump se meteu desde que
assumiu fez com que sua aprovação atingisse níveis muito baixos. Se continuar
assim, vai discursar para meia dúzia de gatos pingados e seus adversários na
vida política irão dificultar seu governo.
Outro fato
que de certa forma preocupa na economia americana é que os dados considerados hard (dados reais) ainda continuam muito
baixos e em dissonância aos soft (dados
de expectativa). Se o último não virar o primeiro, no curto prazo haverá uma
grande frustração nos mercados.
No post estrategia-chinesa, onde cometei que o dólar
estava contido entre duas retas e que em algum momento haveria o seu rompimento:
...” ou subindo
com maior pujança ou dando meia volta” ...Como se pode verificar a
seguir,
resolver dar meia volta.
Parece que existe uma região magnética ao redor da cotação
de R$ 3,11; quando o dólar tende a subir, uma força empurra-o para
baixo,
e quando tende a cair, uma força tende a fazer subir. Até a hora que uma
força maior vai levar o dólar para fora dessa zona magnética. Parece que essa
força é para baixo, ou seja, uma queda do dólar.
Os objetivos que tracei anteriormente para o dólar, caso a
situação acima se materialize, passa a ser R$ 2,80/2,85. Poderia tentar
novamente um trade na venda de dólar a R$ 3,10, mas o stoploss teria que ser fixado
a R$ 3,18, o que resultaria um resultado salgado caso acontecesse. Fica a seu
critério, mas eu vou esperar mais um pouco.
O SP500 fechou a 2.373, com queda de 0,20%; o USDBRL a R$ 3.0720, com queda de 0,62%; o EURUSD a 1,0737, sem variação; o ouro a US$ 1.233, com alta de 0,39%.
Fique ligado!
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