Burro de carga
Desde que o Presidente Trump começou sua investida contra a
China afim de diminuir as importações provenientes daquele país, o mundo
iniciou um processo de desaceleração, vinda de uma base frágil. Essa queda
demorou um pouco para aparecer, haja visto que, os importadores buscaram se
aproveitar das alíquotas que ainda prevalecem.
Os gráficos a seguir apontam os resultados comerciais dos
principais parceiros americanos. Como se pode notar, o déficit com a China é
muito grande e crescente. Mas a culpa é somente dos chineses? Não é a minha
opinião, pois esse modelo existe a muito tempo e foi conveniente a ambos as
partes.
Os efeitos já podem ser sentidos agora. O gráfico elaborado
pelo Deutsche Bank aponta para a desaceleração nos volumes negociados ao redor
do mundo. Entretanto, não só por causa da ameaça direta do governo americano,
mas sim, pelo impacto na economia global.
A Europa que vinha cambaleando, agora nem a própria
Alemanha, motor dessa região, conseguiu se livrar desse vento contra. As vendas
ao varejo apresentam um movimento de desaceleração.
No ano passado, as economias mundiais estavam se recuperando
incentivadas fortemente pela pujança americana, ainda turbinada pela redução
dos impostos. Agora que esse efeito se extinguiu, e com a ameaça do Trump, coloca
os países sob expectativa. Todo o peso do crescimento mundial fica dependente
do desempenho americano.
É esperado algum estimulo dos chineses e muito pouco da
Europa, pois o que mais eles podem fazer? Sendo assim, os EUA é o burro de
carga que empurra o mundo para um crescimento microscópico, quando comparados
aos do passado.
Os mercados reduziram suas expectativas quanto a política
monetária a ser implementada pelo Fed. Agora, além de precificar nenhuma alta
para esse ano, no próximo, esperam uma queda de 0,30%.
Outro dia, recebi um relatório de uma empresa especializada
em assuntos econômicos, que ainda prevê duas altas de juros para 2019. Seus
argumentos são de que o aperto do mercado de trabalho culminaria numa inflação
mais elevada. Se estiverem errados, talvez esse será seu último ano de
previsões!
Um fato curioso ocorreu no mundo das criptomoedas, a
Quadriga, sediada em Vancouver, não conseguiu acessar C $ 190 milhões (US $ 145
milhões) em bitcoin e outras criptomoedas de seus clientes, desde que, seu CEO
Gerald Cotten - que possuía as chaves eletrônicas para acessar -, morreu em
dezembro. Isso deixou 115.000 usuários lutando para descobrir como recuperar
seu dinheiro.
O regulador de valores mobiliários do Canadá. tem alguma
supervisão sobre o dono da bolsa, a Quadriga, que é uma empresa pública.
Aqueles que procuram recurso não podem recorrer aos tribunais ainda. A Quadriga
recebeu proteção do credor, esta semana, na Suprema Corte da Nova Escócia,
essencialmente suspendendo todas as ações judiciais contra ela, enquanto até a
empresa ficar com sua posição financeira mais firme.
O processo de armazenamento das criptomoedas é tão seguro
que, uma situação inesperada como a morte de quem possui o código de acesso, e
suficiente para que todo esse patrimônio fique perdido nas nuvens. Isso sim é
segurança máxima, passar pela perda dos valores depositados sem que ninguém
consiga ter acesso, é sem dúvida um teste e tanto. Agora, como todos iremos
morrer algum dia, desse jeito, daqui algumas décadas não vai sobrar nenhum
bitcoin para gastar!
No post recessão-aonde? fiz os seguintes comentários
obre o dólar: ...”
No gráfico a seguir, com uma visão de mais curto prazo, aponto os objetivos
traçados acima. AS implicações são bem distintas, caso o dólar atinja o
primeiro nível e ultrapasse” ... ...” antes de se “embriagar com o sucesso”
prefiro acompanhar obtendo do mercado maiores insights. No meio tempo, estou
apertando o stoploss para R$ 3,74” ...
Hoje fomos executados no stoploss associado com essa
posição.
- David, Hahahaha ...
o que aconteceu com todo seu otimismo. Jogou a toalha?
Pois é meu amigo, a vida é assim, o futuro é imprevisível!
Mas vou aproveitar esse caso para lembrar de alguns pontos. Como se pode notar
na figura acima, minha ideia era que estávamos entrando numa onda C, que
culminaria com a baixa indicada, ao redor dos níveis identificados anteriormente
– primeiro intervalo R$ 3,55/R$ 3,50, e após R$ 3,30.
Essa hipótese de onda C em curso, ficaria extinguida
caso o dólar atingisse R$ 3,74. A pergunta que se sucede é: a queda foi
eliminada? Ainda não, talvez a correção da onda C não começou. No gráfico a
seguir tracei uma dessas possibilidades, a de um triângulo em formação, ainda dentro
de uma onda B.
Além dessas, existem outras também. Para que os leitores não
fiquem confusos, é preferível apontar em qual nível, a minha visão se mostra
incorreta. Esse patamar corresponde ao intervalo entre R$ 3,97 – R$ 4,00.
Isso não significa que a R$ 4,0001, devemos jogar a
toalha? É verdade que acima, a
probabilidade se eleva consideravelmente, porém, para jogar a toalha mesmo, só
acima de R$ 4,25.
O SP500 fechou a 2.709, sem variação; o USDBRL a R$ 3,7569,
com alta de 0,75%; o EURUSD a € 1,1277, com queda de 0,46%; e o ouro
a U$ 1.308, com queda de 0,45%.
Fique ligado!
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