Surpriiise!
Hoje foram publicados dois dados da economia americana, que
de certa forma, contestam os prognósticos mais sombrios. O primeiro diz
respeito a revisão do PIB do terceiro trimestre, agora em 2,1% contra a inicial
de 1,9%. Embora se refira a dados passados, e a expectativa para o trimestre em
curso (através da projeção do GDPNow calculado pelo Fed de Atlanta), está em
0,3%, não deixa de ser uma boa notícia, e questiona de certa forma a política
de queda dos juros.
Em seguida, após uma queda inesperada em setembro,
esperava-se que os novos pedidos de bens duráveis se contraíssem ainda mais nos
dados preliminares de outubro, mas surpreenderam bastante, aumentando 0,60%,
contra uma expectativa de retração de -0,90%, após uma queda de 1,40% revisada
para baixo em setembro. Entretanto, em bases anuais a queda é de 0,90%.
Além disso, o proxy para despesas de capital, excluindo
itens de Defesa, e embarques de aviões – a forma mais “limpa” para avaliar esse
indicador, subiu 0,80% contra uma expectativa de queda de -0,20% - o maior
salto desde janeiro de 2019, após 4 meses de contração. Essa informação e
bastante animadora, pois era vista como um indicador de indecisão dos
empresários.
Um outro índice – Conference Board - é seguido no intuito de
avaliar possíveis cortes de juros além de indicar o termino de mini ciclos. O
gráfico a seguir, mostra o final do terceiro mini ciclo da atual expansão. Essas
periódicas retrações do índice de confiança permitiram que a expansão se tornasse
a mais longa já registrada, ainda que extraordinariamente lenta.
Seguindo o "roteiro de Greenspan" da década de
1990, o Fed executou uma série de cortes “ preventivos” nas taxas de juros,
que, se a história for um guia, devem nos levar ao quarto mini ciclo.
No curto prazo estão sendo publicados indicadores que
induzem a conclusões ora num sentido, sugerindo queda da atividade, ora o
contrário. Essas situações acontecessem quando ocorrem reversões de tendência,
pois existem defasagem entre eles, alguns alterando mais cedo que os outros. Em
todo caso, a política do Fed em reduzir os juros pode estar sendo feita no
momento errado.
No post qual-o-argumento, fiz os seguintes comentários
sobre o euro: ...
“ Por enquanto, as duas possibilidades se encontram abertas: a do início
de um movimento de alta tão esperado pelo Mosca (azul); ou ainda uma última queda até o nível
de € 1,08 (vermelho) ” ...
Passados praticamente 1 mês desde a última atualização, a moeda
única ainda não se decidiu. Durante esse período houve uma queda de 0,01
centavo, que poderia ser ainda interessante desse que não fosse da forma que
foi, com idas e vindas! Naquele momento a € 1,11 e agora a €1,10.
Na última segunda-feira, junto com a análise do dólar contra
o real, publiquei o DXY – dólar index …” considerando que, o
euro representa quase 70% do índice, um cálculo aproximado levaria a moeda
única para € 1,0775, e o seguinte a € 1,0415” ... No gráfico semanal a seguir aponto esses níveis
considerando a análise técnica.
O primeiro nível é ao redor de € 1,08, pouco mais de 1% de
queda do atual. Caso não contenha esse patamar, o próximo estaria localizado a €
1,05/ €
1,055. Mas o que não pode acontecer e uma negociação abaixo de €
1,0339, nem um centésimo a menos, pois caso isso aconteça, vou ter que refazer
minhas hipóteses, podendo assim, atingir níveis abaixo da paridade. Como isso
ainda é hipotético, não vou gastar fosfato.
Por enquanto, não vou me envolver com nenhum trade na moeda
única, agora se um movimento de queda aparecer no radar, ou uma reversão de
tendência, aí sim, vou propor. Por enquanto, 2019 não foi um ano para operar o
euro.
O SP500 fechou a 3.153, com alta de 0,42%; o USDBRL a R$
4,2630, com alta de 0,71%; o EURUSD a € 1,1000, com queda de 0,15%; e o ouro
a U$ 1.454, com queda de 0,44%.
Amanhã é feriado de Thanksgiving e o mercado americano ficará fechado.
Fique ligado!
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