Empregos



Além de todas as dúvidas que existem no horizonte, uma bastante importante é como os empresários iram reagir em relação a seus funcionários. É esperado que o desemprego se eleve, pois alguns negócios ficaram bastante comprometidos mesmo que se volte ao trabalho em breve. Na ilustração abaixo se têm uma ideia de dois setores fortemente atingidos: o tráfego de vendas e restaurantes.


As empresas podem ter 3 posturas: manter os funcionários sem nenhum impedimento eventualmente dando férias, diminuição dos salários e demissões. Sem equívoco essa última é a que mais preocupa.

Amanhã será publicado os dados de emprego nos EUA, relativos ao mês de março. Acredito que não irá mostrar a figura toda, pois o lockdown começou mais no final do mês. O mercado ficará atento a esse dado a partir de agora, muito diferente de alguns meses onde se encontrava em velocidade cruzeiro e até um pouco apertado.

Ontem foi publicado o ADP que é um indicador do dado oficial. Como vocês podem ver a seguir, não foi tão ruim assim, esperava-se a queda de 150 mil e foi realizado 17 mil.


Um recorde de 6,6 milhões de americanos solicitou benefícios de desemprego na semana passada, quando o novo coronavírus atingiu a economia dos EUA e enviou o mercado de trabalho recentemente em expansão para a queda livre. O grande número de pedidos foi o dobro dos 3,3 milhões que buscaram benefícios duas semanas atrás. Reivindicações de desemprego, um substituto para demissões, fornecem assistência financeira temporária aos trabalhadores que perdem seus empregos.


Cerca de 6% da força de trabalho dos EUA solicitou benefícios sem emprego nas últimas duas semanas, acima dos 0,3% no final de fevereiro, mostrando que o pedágio do coronavírus está conquistando uma parcela cada vez maior da economia dos EUA. Os estados indicaram que pessoas de uma série de indústrias - incluindo restaurantes, varejo, comércio e construção - procuraram benefícios de desemprego na semana passada.

"A velocidade e magnitude do declínio do mercado de trabalho são sem precedentes", disse Constance Hunter, economista-chefe da KPMG LLP. Hunter disse que espera que mais milhões de benefícios sejam registradas nas próximas semanas e que 20 milhões de empregos serão perdidos.

A pesquisa com famílias que determina a taxa de desemprego, foi realizada durante a semana de 8 a 14 de março. Muitos desligamentos relacionados ao coronavírus ocorreram na semana seguinte, o que significa que o relatório provavelmente perderá demissões em massa anunciadas porque ocorreram na segunda quinzena de março.

Da mesma forma, uma pesquisa com os empregadores, que determina os números da folha de pagamento, solicita a contagem de funcionários durante o período de pagamento, incluindo 12 de março. Se um trabalhador foi pago por qualquer parte desse período, ele estava em uma folha de pagamento.

Com todas essas considerações, os analistas estimam que haverá uma dispensa de 163 mil com a taxa de desemprego subindo para 3,8%. Quando da publicação, acredito que só haja motivos negativos pois: se o resultado for melhor que essas previsões, o mercado vai inferir que não capturou os dados por inteiro, se forem ruins, irão concluir que a situação é bem pior que o imaginado.

No post atuações-extremas, fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: ... “Para aproveitar um trade de venda a 86.000 com stoploss a 91.000 parece atrativo. A mesma observação feita para o SP500 é válida aqui, a posição deve ser ¼ do tamanho” ...

A bolsa brasileira se encontra praticamente no mesmo nível que da última postagem. Fiz alguns ajustes técnicos no gráfico, que entretanto, não altera as condições colocadas anteriormente em termo de níveis. Vou manter o trade como anunciado acima.

Embora o Ibovespa esteja longe do nível estabelecido no trade, eu imagino que nos próximos dias um movimento de alta poderia surgir, dando esperanças aos investidores posicionados bem como, levaria junto o pessoal que está vendido. Essa premissa vale se a bolsa não cair antes abaixo de 62 mil. “Deixe o mercado falar!”

O SP500 fechou a 2.526, com alta de 2,28%; o USDBRL a R$ 5,2563, sem variação; o EURUSD a 1,0857, com queda de 0,96%; e o ouro a U$ 1.612, com alta de 1,37%.

Fique ligado!

Comentários

  1. ANM, tava pensando aqui...

    Lembra quando o Brasil tinha uma inflação fudida? Tipo 1 dólar = 1000 cruzeiros?

    Aí o governo ia lá e pra salvar a Pátria cortava 3 zeros da moeda. Logo, volta a ser 1 dólar = 1 cruzeiro.

    Pq agora não fazemos isso de novo? Tudo bem que ainda o Real tá longe de ser 1000 reais pra 1 dólar, mas se agirmos agora, já ficamos bem na frente dos EUA. Observem:

    Hoje 1 dólar = R$ 5,20

    Se cortamos três zeros da moeda:

    1 dólar será igual a = 0,0052

    Ou seja, o real vai virar PIKA das moedas internacionais, todo mundo vai ficar de joelhos pro Brasil nessa bagaça!

    Imagina 1 dólar valer MEIO CENTAVO DE REAL? Pq ainda ninguém pensou nisso? Se cortavam os zeros 30 anos atrás quando o cruzeiro, cruzado eram moedas extremamente fudidas, imagina agora que o real só tá desvalorizado um pouco (5,20).

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