Papo de corredor #usdbrl
Nos últimos meses, se você encontra um amigo o comentário é
o mesmo: “esse ano está f*da!” Com perdas indiscriminadas nos portfólios de
ativos mais arriscados (ou mesmo os mais conservadores) ninguém se salva. Esse situação
me lembra o dia em que o plano Collor foi anunciado, e a jornalista Lilian Witte
Fibe, ao ler as resoluções ao vivo se deparou com o congelamento das cadernetas
de poupança. Sua expressão é indignação não me deixou dúvida que tinha seu
dinheiro nessa aplicação. Fazendo um paralelo nos dias de hoje, os investidores
têm a mesma reação quando comentam as perdas na renda fixa: “até a renda fixa
deu prejuízo!” Algo que imaginavam nunca pudesse acontecer.
Mas como tudo na vida é cíclico em algum momento está situação
irá reverter. Será que esse momento chegou ou mesmo está próximo? Do ponto de
vista técnico - que será analisado amanhã - as bolsas americanas se encontram em
situação bivalente, os dois caminhos são possíveis. Embora o assunto mais
comentado do momento seja a recessão que estaria por acontecer, como diz a famosa
frase ninguém morre na véspera. Se não acontecer a recessão as bolsas deveriam
subir consideravelmente.
No post de hoje vou buscar pontos sobre esse tema expresso
através de opiniões e informações. Alguns estrategistas de ações consideram que
a bolsa americana ainda precisa encontrar um ponto mínimo como relata Sagarika
Jaisinghani na Bloomberg.
Um rali nos mercados de ações pode ser de curta duração,
uma vez que as pressões de inflação permanecem altas e uma recessão parece cada
vez mais provável, de acordo com estrategistas do Morgan Stanley e do Goldman
Sachs Group Inc.
Embora a queda das ações desde o início do ano reflita as
expectativas dos investidores de uma contração no crescimento, "não acho
que uma recessão profunda esteja sendo precificada ainda", disse Peter
Oppenheimer, estrategista-chefe global de ações do Goldman Sachs. "É
prematuro acreditar que a inflação vai cair rapidamente ou a pressão diminuiu
para que o Federal Reserve e outros bancos centrais relaxem", disse ele na
Bloomberg TV.
Para Michael J. Wilson, do Morgan Stanley, as chances de
uma recessão nos EUA continuam a aumentar, com o modelo da corretora mostrando
uma probabilidade de 36% nos próximos 12 meses, enquanto outros sinais de
preocupação incluem o aumento das reivindicações de desemprego e a queda das
vagas de emprego. "O rali contratendência pode continuar, mas não se
engane, não acreditamos que este mercado de baixa tenha acabado, mesmo que
evitemos uma recessão", escreveu ele em uma nota na segunda-feira.
Os principais estrategistas de Wall Street estão pedindo
cautela à medida que os mercados de ações dos EUA e da Europa subiram em meio a apostas de que o Fed não
vai entregar um aumento de taxa superdimensionado em sua reunião na
próxima semana, como dados recentes mostraram, um declínio maior do que o
esperado nas expectativas de inflação de longo prazo dos consumidores americanos.
Mas Oppenheimer alertou que, mesmo que o número de inflação comece a cair, é muito cedo para esperar que os preços ao consumidor sigam o exemplo rapidamente.
Com as perspectivas macroeconômicas permanecendo sombrias, os investidores estão recorrendo à temporada de ganhos corporativos para ver se as margens têm sido resilientes ao aumento dos preços e ao sentimento de desânimo.
Os estrategistas do JPMorgan Chase & Co. dizem que os
mercados podem olhar para um fluxo de notícias mais desafiador relacionado aos
lucros durante o verão. As ações geralmente tendem a atingir o auge de queda à
frente do aumento dos ganhos, estrategistas liderados por Mislav Matejka
escreveram em uma nota na segunda-feira, acrescentando que o mercado pode estar
chegando a um ponto onde dados ruins começam a ser visto
como boa notícia.
Mas Wilson, do Morgan Stanley, que esse ano foi um dos primeiros
a prever corretamente a queda das ações, disse estar "cético" sobre
as expectativas de que as pressões de margem iriam aliviar além do segundo
trimestre.
"A combinação de pressões contínuas de trabalho,
matéria-prima, estoque e custo de transporte, juntamente com a desaceleração da
demanda, representa um risco para margens que não se refletem em estimativas de
consenso", disse Wilson, acrescentando que, mesmo que as estimativas para
o crescimento da receita permaneçam estáticas, um retorno aos níveis de margem
líquida pré-Covid implicava um impacto de 10% no lucro por ação.
O estrategista do Goldman Sachs David J. Kostin disse em
nota que espera que a fraca perspectiva macroeconômica ameace a rentabilidade
das empresas, que já recuou de recordes. As margens e os custos de empréstimos
são agora dois riscos fundamentais para o retorno sobre o patrimônio líquido
das ações, que se manteve no ano passado, apesar do aumento dos custos de
insumos, do omicron e das interrupções da cadeia de suprimentos, disse ele.
Mas, enquanto isso, o Oppenheimer do Goldman está mais
otimista sobre os próximos 12 meses para os mercados acionários. "Tenha em
mente que os mercados quase sempre revertem quando estão em recessão, com os
dados ainda ruins e os ganhos sendo revisados para baixo", disse ele na
Bloomberg TV, acrescentando que ações cíclicas e tecnologia provavelmente
liderarão o rali uma vez que essas ações mostram uma recuperação
significativa.
Diversos indicadores apontam para um cenário econômico mais desafiador no futuro. Optei por escolher um gráfico que associa a confiança do consumidor a evolução do resultados por ação. Embora o primeiro ainda não se encontra em níveis extremos parece razoável supor que mesmo assim o resultado das empresas seria afetado com implicações nos preços das ações.
Em março, investidores individuais compraram US$ 28 bilhões em ações listadas nos EUA e fundos negociados em bolsa numa base líquida — a maior quantia mensal já registrada pela Vanda Research desde que começou a rastrear dados em 2014. Entre abril e junho, isso caiu para cerca de US $ 25 bilhões por mês em média, embora ainda seja muito maior do que os níveis pré-pandêmicos. De abril a junho de 2019, por exemplo, esse número foi de US$ 3 bilhões por mês.
Essa tendência parece particularmente contraria, quando os investidores institucionais estão fazendo o oposto. O JPMorgan Chase & Co. estima que eles tiraram US$ 258 bilhões do mercado de ações este ano, de acordo com uma análise dos dados de fluxo de ordem pública até 5 de julho.
A BlackRock Inc., maior gestora de ativos do mundo, alertou recentemente os investidores contra tentar "comprar na queda", ou cronometrar suas compras para comprar ações que estão à venda. Taxas de juros extraordinariamente baixas e um grande estímulo fiscal — parte dos esforços do governo para evitar uma crise pandêmica — impulsionaram a alta do mercado em 2020 e 2021.
Muitos desses investidores tolerantes a riscos têm algo em comum: eles não precisam do dinheiro em breve.
Nitidamente esse investidores menores consideram uma
oportunidade a compra de ações nesse momento pois tem enraizado na sua história
que investir em companhias é o melhor a fazer com dinheiro numa perspectiva de
longo prazo.
Fico imaginado se eu não tivesse conhecimento técnico e
experiencia no assunto, como orientaria os leitores numa situação como a atual.
Provavelmente seria inclinado a ter uma postura conservadora e sugerir não ter
ativos de risco. Nesse momento essa postura não diferiria entre as duas formas
– técnica e fundamentalista, mas em algum momento isso irá se alterar e tenho
convicção que o sinal emanado através dos gráficos será antecipado dos fatos,
pois o mercado reage com antecedência.
Uma das piores sensações que se pode ter é sentir-se um “trouxa”,
como por exemplo comprar ações e imediatamente começar a cair. Quando acontecem
essas ocasiões não contamos para ninguém, mas a dor é sentida. Por conta disso,
quando estamos inseguros permanecemos estáticos.
Eu continuo com uma visão otimista para as bolsas americanas
num prazo mais longo, e essa afirmação é baseada exclusivamente r, função da
minha visão técnica, embora pudesse elencar argumentos fundamentalistas para
tanto. Desta forma, é imperativo escolher um momento de retornar. Observando o
que foi relatado nesse post parece que a ocasião ainda não chegou, mas vou
deixar para os gráficos essa função de me orientar. No momento que isso ocorrer
minha convicção será dada pelo movimento e o stop loss garante nossa
permanecia no jogo.
A música do Zeca pagodinho adaptado as finanças ficaria
assim ... deixa o gráfico me levar (gráfico leva eu) ...
No post brincando-de-empresário, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ... “ O dólar foi exatamente até onde deveria ir, aonde a máxima R$ 5,4622 ficou dentro do intervalo descrito acima. A partir daí sofreu uma queda até R$ 5,25, reagindo de forma expressiva hoje. Como ficamos daqui em diante? Ainda com a mesma dúvida, embora numa janela menor de 1 hora, a queda se deu em 3 ondas indicando que a queda é uma correção” ...
Fique ligado!
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