Furo nos números
Quem de vocês gostaria de
assumir a Presidência da República? Posso dizer por mim, que nem por todo o
dinheiro do mundo, aceitaria esse cargo. Como a condição, absolutamente
necessária, é de negociar com o Congresso para que sejam feitas as
mudanças necessárias para estancar o déficit público, em quem você poderia
confiar naquela casa? Além disso, é inegável que o país está muito dividido,
basta ver o estrago que a eliminação do Ministério da Cultura causou. Sem falar
em manifestações espalhadas por aí, com demandas das mais diversas.
Obrigado Temer, por assumir
este cargo bomba!
A revelação da conversa
telefônica de Jucá hoje pela imprensa, será o primeiro teste do
governo. Ao verificar os detalhes da mesma, me parece inequívoco que esse
Senador tenha cometido um grande deslize ao dizer a Sérgio Machado: ...” “não pode
ficar na mão desse [Moro]”... Parece não restarem dúvidas que esse caso deve
ter repercussões importantes. No Brasil atual e parafraseando o que Cesar disse
para sua mulher, mas que no caso brasileiro merece uma adaptação: ...“precisa parecer honesto por que ser
honesto aqui é impossível! ... Hahaha....
Não vai ser nada fácil, no
mínimo para colocar o país na rota certa, pois qual quer que seja o governante,
sempre haverá uma boa parcela da população remando contra. Diz a história que
em situações como esta é necessário um governante “louco”, de certa forma, o
que Collor foi. O grande perigo é que normalmente trata-se de um radical de
esquerda ou de direita. Será que vamos passar por isso?
Parece que ao observar os
dados de manufatura dos países, os resultados apontam resultados semelhantes. Hoje foi
publicado o PMI elaborado pela empresa Markit no Japão, e lá não foi diferente,
uma queda abaixo de 50, indicando contração. Além do mais, essa fraqueza é
observada na produção, exportação e novos pedidos. E de forma surpreendente, o
único componente que mostra estabilidade é o emprego.
O relatório também aponta a
contração na demanda externa, onde se observou a maior queda dos últimos três
anos. A publicação dos dados da balança comercial japonesa aponta uma queda
ainda maior das importações, atingindo a marca de -25% em bases anuais.
Como consequência, o superávit
comercial deu um salto para o terreno positivo.
Se tantos países estão
acumulando superávits maiores em sua balança de comércio – Japão, Alemanha,
países emergentes, e dado que a americana teve pequena elevação, quem está
sofrendo? Só sobra a China! Mas não é o que os números apontam por lá. Hummm...
Eu venho alertando os leitores
que o dólar em relação ao real, vem se comportando de maneira perigosa. O
perigoso aqui seria uma reversão no movimento de queda que se iniciou à partir
de outubro de 2015. Essas reversões não acontecem instantaneamente, de um dia
para o outro, o mercado vai dando alguns “avisos”.
Fiquei surpreso ao saber que
grandes fundos e investidores estrangeiros que apostavam firmemente contra o
real, mudaram de ponta. No post um-dia-apos-o-outro, comentei que o Fundo Verde,
um dos maiores do país, está agora vendido no dólar. Além disso, o Banco
Central vem firmemente reduzindo os contratos de swap, que agora já se
encontram abaixo de US$ 60 bilhões. Se isso não bastasse, e o ‘dólar –dólar’
resolver subir, acredito que esse ciclo de baixa do dólar poderá estar
terminando.
No post mencionado acima, fiz
as seguintes observações sobre o dólar:...” O jogo está ficando mais claro, marquei dois pontos
importantes para se posicionar em relação ao dólar. Num cenário de alta, o
nível de R$ 3,68 teria que ser rompido para ser um indicador inicial da
reversão de queda. Por outro lado, abaixo de R$ 3,43, o movimento de baixa
teria continuidade e o próximo patamar seria o nível de R$ 3,25. No nível atual
de R$ 3,50 nada pode ser afirmado, mas a direção de menor “resistência” é a
queda”...
Do ponto de vista técnico, o
dólar está buscando romper a região que denominei de “perigo”, e caso isso
aconteça, vou sugerir um trade de compra de dólar acima de R$ 3,63 no fechamento.
Caso aconteça, o stoploss será ao redor de R$ 3,50 - melhor
calculado posteriormente.
Pode ser que eu esteja antecipando
o fim do movimento, e esse não irá acontecer agora, mas prefiro ser cauteloso, pois
sei que boa parte dos leitores tem interesse nesse ativo. Como citei no post
da última sexta-feira: ...“Além de entender de jeans, temos que entender de
dólar”... Hahaha! Mas atentem bem que, o dólar terá que fechar acima de
R$ 3,63.
O SP500 fechou a 2.048, com queda de 0,21%; o USDBRL a R$ 3,5727, com alta de 1,51%; o EURUSD a 1,1213, sem variação; e o ouro a US$ 1.249, com queda de 0,22%.
Fique ligado!
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