Temer ou não temer
O novo Presidente da República tem um sobrenome que permite dupla
interpretação, pode ser um verbo cujo significado é
receio. Este trocadilho que eu uso hoje é para enfatizar se devemos temer que, a
implementação das medidas necessárias para estancar a aceleração da dívida
brasileira, será concretizada ou não.
Vou direto ao assunto, a Rosenberg efetuou algumas simulações
das contas públicas seguindo premissas razoáveis. O resultado é desanimador! O
gráfico a seguir mostra que, num cenário realista a dívida pública irá se
estabilizar proximamente a 90% do PIB em 2019.
Eu considero esta simulação mais para o lado otimista, vejam as
razões: O crescimento médio do PIB nos últimos 20 anos foi de 2,7%, e foram
anos muito bons! Juro real em 4,5% é mais factível, agora um superávit de 2,5%
do PIB, é superior a média desde 1995 – 1,9% do PIB.
E o que aconteceria se o PIB crescer 1,5%, o juro real de
5,5%, e o resultado primário de 1,5%? Desastre! Provavelmente, nossos filhos
passariam por algum calote da dívida.
Todos os participantes da reunião sabem que, sem mexer
fortemente, este último cenário passaria a ser considerado. Sabem também, que
esses cortes necessários, precisam de mudanças radicais e que irão mexer no
bolso de muitos brasileiros, além de uma mudança Constitucional.
Não preciso dizer que esse assunto polemizou a reunião,
alguns acreditando que o Temer mostrou competência no processo de impeachment e
na montagem de sua equipe e que, portanto, irá conseguir amplo apoio do
Congresso. Outros mais céticos creem que estamos a caminho de uma ruptura, e
finalmente aqueles que confiam que o governo conseguirá parcialmente seus
objetivos, mas que de longe, estaria melhor que a velha equipe, jogando o
momento final para 2018.
Os outros indicadores não apresentaram muita novidade, a
situação cambial muito confortável, a inflação num processo de desaceleração
fechando 2016 em 7,2%, o desemprego continua piorando chegando a 13 milhões no
final do ano, e uma queda de 1% da SELIC, para 13,25%, ao final de 2016.
Houve uma concordância, que os próximos 30 dias serão
cruciais para projetar se precisamos: Temer ou não temer!
-David, qual a sua
posição?
Vamos esperar os 30 dias, mas como venho repetindo, resolver
o estado caótico em que o Brasil se encontra, é quase uma missão Impossível.
No post ...sem confiança..,fiz os seguintes comentários sobre o SP500: ...” Caso a retração
dos últimos dias continue, até o nível de 2.000, não vejo grandes
preocupações, uma alta poderá ocorrer
logo em seguida”... ...” disse que acima de 2.130 o SP500 deveria subir forte, mas
antes ele tem que fazer sua lição de casa. Por enquanto estamos só observando
quem vai ganhar esta batalha entre os “lógicos” e os “sem juros”! Hahaha... Não
sei quem será o vencedor, por isso, respeito os preços”...
Faz aproximadamente 2 anos que a bolsa americana não tem
tendência nenhuma, ficou num intervalo entre 1.850 – 2.100. Em algum momento ela irá
readquirir um movimento mais direcional, e o fato de ter ficado tanto tempo,
indica que deverá ser forte. Até o nível de 2.000 é aceitável
a retração, porém abaixo desse valor as coisas podem ficar mais delicadas. Eu
anotei no gráfico abaixo uma formação denominada de ombro-cabeça-ombro. Sua ativação começa caso o nível de 1.850 seja rompido. Nesse caso, uma queda mais forte
deverá ocorrer, assim precisamos tomar cuidado.
O SP500 fechou a 2.047, sem variação; o USDBRL a R$ 3,5670, com alta de 2,20%; o EURUSD a 1,1215, com queda de 0,85%; e o ouro a US$ 1.259, com queda de 1,49%.
Fique ligado!
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