Novos critérios de escolha



Aqui no Brasil, tem se visto de forma discreta, menção sobre investimentos em empresas que seguem o critério ESG – Environmental, Social and Governance. Segundo definição da Investopidia, são aquelas que atendem um conjunto de padrões para as operações de uma companhia que, os investidores conscientes socialmente, usam para rastrear investimentos potenciais. Critérios ambientais consideram como uma empresa que atua como gestora da natureza. Os critérios sociais examinam como gerencia as relações com funcionários, fornecedores, clientes e as comunidades onde opera. Governança lida com a liderança de uma empresa, remuneração de executivos, auditorias, controles internos e direitos dos acionistas.

Nos últimos anos, os investidores mais jovens, em particular, mostram interesse em colocar seu dinheiro onde estão seus valores. As companhias que fazem a gestão de fundos ofertam veículos que seguem esse conceito ESG. Mas talvez não seja somente esse segmento que vem adotando essa postura, o gráfico a seguir mostra o fluxo crescente neste segmento.


O FMI realizou um estudo apresentando a queda dos custos na geração de energia limpa. Aproveitar a energia eólica e solar para geração de energia elétrica com baixo teor de carbono já foi considerado antieconômico. Agora, a queda rápida dos custos dessas tecnologias está aumentando a capacidade de energia renovável global. As fontes renováveis de energia podem ajudar a reduzir substancialmente as emissões de carbono e os efeitos do aquecimento global.

Como mostra o Gráfico a seguir, turbinas eólicas solares e onshore registraram os maiores declínios de preços entre fontes de energia de baixo carbono entre 2009 e 2017. Os preços caíram 76% para painéis solares e 34% para turbinas durante esse período, tornando-os alternativas competitivas aos combustíveis fósseis e fontes de energia de baixo carbono mais tradicionais, como energia hidrelétrica e nuclear.

Os números são baseados no chamado custo nivelado da eletricidade, um método de calcular o custo por unidade de energia que seria necessário para recuperar o investimento na construção e operação de diferentes tecnologias de geração.

O investimento global em capacidade de energia renovável acelerou na última década, à medida que a energia eólica e solar surgiu como fonte de energia com boa relação custo-benefício. Enquanto a energia hídrica atraiu o maior investimento em energia renovável até 2008, as turbinas eólicas assumiram a liderança em 2009, e os painéis solares se tornaram a opção de investimento dominante até 2016. Em 2017, mais foi investido em energia solar do que em todas as outras tecnologias de baixo carbono combinadas.

Enquanto o custo da geração de energia eólica e solar diminuiu, os custos da energia nuclear e hidrelétrica subiram 21% e 9%, respectivamente, durante o mesmo período. Ao contrário da energia eólica e solar, nuclear e hidrelétrica são tecnologias maduras que exigem grandes investimentos em estruturas com baixa padronização, semelhantes a outros projetos de engenharia civil de grande escala, como pontes e ferrovias. Esses fatores tendem a limitar o potencial de redução de custos para esses tipos de projetos.

Em contraste, a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias solares e eólicas, sua padronização e economias de escala na fabricação resultaram em painéis solares cada vez mais eficientes e turbinas eólicas maiores.

Embora as previsões sejam difíceis, a experiência com as tecnologias eólica e solar pode sugerir um caminho semelhante para o custo de produção de baterias elétricas, cuja produção pode se tornar significativamente mais eficiente com a padronização e economias de escala.

Acredito que esse assunto deve ganha importância nos próximos anos pois a população começa a entender os estragos causados no meio ambiente pelo excesso de poluição. Enquanto não existia alternativa de substituição viável, ficava difícil enxergar como poderia acontecer essa mudança. Com a pressão vinda dos dois lados, tanto dos cidadãos que querem uma mudança na postura perante o meio ambiente, aliado a nova geração que coloca sua preferência através de seus investimentos, acredito que novas soluções também de forma disruptiva devem acontecer, colocando em risco empresas mais tradicionais como as petrolíferas.

No post otimismo-questionável, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ... “pouco importa o que ocasionou um movimento, e sim o movimento per si, e esse movimento destacado no gráfico a seguir, me deixa confortável em considera-lo como uma correção” ... ... “Mas eu posso estar errado e um alta poderia estar iniciando, razão pela qual estabelecemos o stoploss em R$ 4,05. Para ficar claro, mesmo que esse nível seja atingindo, não necessariamente significa que o dólar vai continuar subindo, a queda ainda poderá acontecer. Como já havia mencionando anteriormente, somente acima de R$ 4,22, essa afirmação se concretiza (dólar subir) ” ...


Na semana passada o dólar beirou os R$ 4,00, o que deixou alguns leitores aflitos. Recebi algumas mensagens como “ estou preocupado”, “ ferrou”. Insistia que, mantinha a mesma previsão, pois o dólar não tinha atingido meu stoploss, e mesmo que isso acontecesse, ainda não seria comprador de dólares.

Consigo entender a angustia para aqueles que estão precisando comprar a moeda americana, já separaram os reais para tanto, e de repente ao invés do dólar cair começa a subir. Fica a impressão que perdeu o barco. Esse é um momento para quem não opera complicado, pois é necessário uma postura fria e calculista da seguinte forma: vou aguardar a queda porem se não acontecer terei que pagar mais caro na minha compra. E como ninguém quer pagar mais caro, cria-se uma tendência de fechar o câmbio rápido. Minha sugestão é que cada um escolha o melhor caminho, ou compra no preço que está e esquece, ou aguarda um melhor momento consciente que pode ser pior.

Hoje estamos praticamente no mesmo nível do último post, sendo assim, mantenho as mesmas condições estabelecidas. Talvez o que possa mudar é o nível da compra para aqueles que estão mais preocupados, esse patamar seria ao redor de R$ 3,81/3,82. Isso não significa que o dólar não possa atingir níveis abaixo de R$ 3,60, mas sim, que pode demorar mais tempo.

O SP500 fechou a 2.943, com alta de 0,11%; o USDBRL a R$ 3,9395, com alta de 0,27%; o EURUSD a 1,1181, com alta de 0,30%; e o ouro a U$ 1.279, com queda de 0,50%.

Fique ligado!

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